30 de novembro de 2010

*****
"Eu apenas escrevo, pois há vida em mim e por mais que eu esteja debilitado,
continuo a subir a escada à minha frente, a escada do seguir em frente.
Escrevo, pois é saída, é cola que liga minha essência com o invisível, com Deus.
Escrevo, pois há muita coisa dentro de mim,
e esse tudo em mim precisa ser compartilhado com o hoje,
 com o agora. 
No amanhã não existirá mais,
o que permanecerá serão grãos de um passado escrito,
confessado sinceramente.
Escrevo, simplesmente escrevo, pois há vida em mim, e há força em meus ossos. "

*****

Mais selos...

Como é bom começar a semana bem...
E essa semana eu ganhei mais selos, e sem sombra de dúvidas eles estão "Eternizados". A Carla do Blog - Tempestades e calmarias me presenteou e confesso que adoreiiii...

São estes dignissímos  selos:







Dedico estes selos pra aqueles sob o qual eu sou fã, e que eles possuem o alimento certo para o meu ser.


1. Ébrio por franco - "O cara é fera na escrita"
2."Enttreaspas" por Bibiana Benites - "Ela possui uma sensibilidade incrível"
3.O Universo de Nebadon por A. Luiz .D - "Ele é genial na escrita"

29 de novembro de 2010

Casting Crowns - If We've Ever Needed You (live)

No vagão.

Não sinto falta do teu cheiro, sinto falta de você
Na estação, na ligação
O trem me levou
Deixando a experiência de  lado
Descalço, com a mochila, os farrapos do meu ser, sem agulha, sem linha cortados estão e assim ficarão
Os bordados estão desbotados, só na fotografia lembro-me das cores que um dia existiram
Você um dia existiu
Nas mensagens instantâneas, na valsa da vida, na batida acelerada do coração
Eras, apenas eras, desligado em teu leito o meu sono no teu, anestesiado sem causa
Eu ainda velo por ti
na mesma estação, na ligação, esperando você desembarcar do vagão
e me surpreender com teu abraço e eu com meu cansaço
De te esperar, esperar e esperar, Talvez eu corra pra dentro de ti
e neutralize teus medos, e a felicidade será nossa guardiã

As rosas


---Eu te trouxe rosas hoje
Elas estavam pedindo para serem compradas pra ti
São vermelhas, escrevi com meu carinho no cartão
não foi por querer, e sim a insistência do coração
que ama e ama com exatidão
que em prantos implora pelo teu perdão


---Rosas são rosas?
Eu sei que elas mucham e caem ao chão
Mas não foi por precipitação, foi por querer está novamente contigo, minha canção
sabes que lembras uma melodia que compus
O teu olhar tem um brilho, tem luz
Pleno e limpo que amor traduz

Pena que você não aceitou minhas rosas
As rosas que eu comprei, agora pisadas no chão estão
você pisou no meu coração
É ele que está no chão
esmagado, insolado, rachado
Eu não sei se essa ferida se cura sozinha

Ah! bem presente que se foi
Pétalas e pétalas deixam teu rastro, teu perfume
O tempo se encarregará de consumi-las
E o sol de secá-las
Nem o bilhete você leu
Nem o meu coração se acendeu.

Rosas são rosas...
E suas pétalas dizem muito sobre você



O estômago da ação.

Há uma trava no estômago. O meu alimento não é mais levado à boca, e sem alimento a estrutura humana não permanece em pé, e logo cai, falece no terreno do querer. A solidez é o que me mantém pensativo e olhando para o futuro incerto.
O estômago de minhas ações necessita de:
Abrir as janelas da memória e curtir o resplendor do sol da felicidade permanente, aquela que nos segue no decorrer da vida, quando encontramos o sentido de viver!
Tomar uma xícara de café com um amigo distante, e se alegrar... rir, rir até chorar, são nesses momentos que descobrimos que o ouro e a prata não compram tudo, nem uma boa gargalhada, nem uma boa xícara de café.
Preciso da conversa desejosa, que não usamos as palavras, e sim os olhares atentos, esperando o clímax do diálogo contínuo na dosagem correta para o ser triste e de espírito nobre.
O meu estômago é exigente. Não quer o lixo da malícia, nem da paixão interesseira, muito menos o amor comprado pelo dinheiro do salteador, aquele que acha que nossos valores são negociados.
Meu estômago não aceita a gordura da altivez silenciosa e prepotente. Ele rejeita. Ele põe pra fora. Ele não ingere.

A ação que envolve o estômago, não é fácil de se enganar, pode ser boba, porém é esperta e tem astucia como antídoto contra o engano.
Um dia desses o estômago não estava bem, um alimento mal intencionado veio prejudicar, veio julgar, culpar, pelos erros já executado pelo órgão, Mas o erro já é passado, faz parte do que já se foi. Tanto o já usado como o executável são passados.
O estômago anseia na doce companhia inesperada. Na hora da visita ao que precisa. Do lenço que absorve as lágrimas de pavor do rosto da afeição carente e amável.
O estômago não é bobo, é nobre ao extremo para saber o que ingerir e permanecer nutrindo o corpo que caminha pelo caminho estreito.

Pensamentos

Eras um entre a grande multidão de pingos de luz – meu pensamentos bons. Em um espaço onde meu tudo era a tua escolha, teu destino, tua aliança. Mas a menina dos teus olhos não conseguia notar meu vazio por ti, então cai em minhas mágoas profundas, me despi de meu sonhos, e decidi viver em meus pesadelos.
Tudo em nada.
Nada na escada dos sentimentos contínuos.
Contínuo, pois a sensação de abandono é permanente, é um caixa forte, sem codificação, a punição é não ser notado por você entre os pingos de luz, no meu universo.
Não punistes meu coração o bastante?
Preciso ouvir, desesperadamente ouvir tua voz no meu celular. Tua voz me enche de esperança, não me canso do teu timbre, num tom social agradável, com modéstia.
Venhas antes que não sobre espaço mais para ti, para tua face, tuas lembranças, para tuas mãos. Somente uma imagem sem forma, sem traços, sem sentir, poderá tomar conta do espaço que era teu ou melhor era nosso. Por isso eu insisto em escutar a melodia do “até um dia” eu voltarei.
Estou em cadeias.
Entre em meu espaço e liberta-me, das ataduras do passado, do longe, do talvez.
Notei que eras um entre a multidão, que não existe mais, só o fracasso, de lado, com fragmentos da saudade permanente.

26 de novembro de 2010

Ela nunca deveria existir - Saudades.

No peito um sentimento, e a saudade estacionada aqui causa revolta, deixando a gente com a cara de quem acordou agora.
A saudade não deveria existir, causa dor interna e aprisiona o órgão que bate forte.
A saudade do amor perdido ou daquele que ainda nem aconteceu é algema, forte corrente da distância que marca nosso pulso. Deixando em nós sintomas de nunca mais vamos nos vê.
Sabe de uma coisa a saudade tinha que ser banida da estrutura humana. você não concorda? Eu prefiro assim.
Ela vem da perda, da distância, do longe, do nunca mais, da partida, do talvez, do arrogante coração que não se entrega de vez a uma paixão, mesmo que escondida, prefere nunca tentar.
Procurei no dicionário o teu significado  e achei :
"Tu és a ausência do amor, a distância já perdida e a solidão bem presente."
Pra mim és a madrasta da companhia arrojada, sempre calma, sempre amada. Que nunca saberá o valor das mãos unidas com o tempo.
Ela me pegou de jeito agora...
"Saudades, doce saudades de ti. Minha amada, meu jardim."
"Tudo estava em ti, e eu perdi."
Apenas sinto saudades do que já se foi, e não volta mais, como as águas. Como o primeiro voo de um pássaro. Como a primeira volta de bicicleta. Como o primeiro relacionamento.
Tudo se vai, como o vento sem o teu alento, e o que permanece é a dor, o pavor e novamente o coração está sozinho do lado do frio, lembrando com saudades do arrepio, do primeiro beijo que dei em ti.

.::. Run To You.::.

25 de novembro de 2010

Voltando a cantar na chuva.

Em nossa jornada nobre é muito bom andarmos em uma explosão de alegria, e quem dera que fosse sempre assim, porém somos bombardeados pelo inevitável. Pelo choro incontrolável. Pela vontade de Sumir e calar a voz...

Então passando por esses momentos aprendi quê:

"Em cavernas é que sonhamos mais alto, e sonos solitários é onde habita a verdadeira paz.
Nos vendavais é que as ideias voam e atingem a criatividade.
Nas  escadas do sentimento, o melhor é não olhar para trás, porque  no próximo passo podemos dá de cara com o amor!
São nas tempestades que somos convidados a andar sobre as águas.
É na arena que nascem os grandes Gladiadores, e que se mata um leão por dia.
Quando temos o antídoto da mão estendida ao próximo, nenhum veneno da víbora orgulho nos mortifica.
Quando a camiseta do êxito está molhada de suor é sinal que deixamos a preguiça de lado.
Na hora em que os ponteiros do relógio do solitário marca a palavra "Sozinho", o amigo bem presente oferece um abraço - poderoso abraço que nos liberta.
Que voltando a cantar na chuva, percebemos que a rouquidão é apenas um detalhe entre os sons dos pingos da garoa.
Na mesa do insensato pode não ter o pão, mas no coração do necessitado há multiplicação.
São nos caminhos espinhosos que aprendemos a usar a sandália da superação.
Dando valor ao pequeno, e quando tivermos o muito dividiremos sem preocupação."

Se estás passando por tormentas - cante!
É nas chuvas que encontramos a sonoridade perfeita. Em quanto você canta  a chuva lava sua alma!
Aprenda com os momentos de terror.
Caminhe sem temor, exale confiança e vença... como todos os indesistiveis vencem!

O segredo?
Volte a cantar na chuva... e me conte depois...

I'll Wait For You - Michael W. Smith

24 de novembro de 2010

A criança e seu castelo.

Sentado nas areias do pensamento, uma criança admira as ondas que vem e vão. Ela é muito pequena para saber o porquê das coisas, mesmo assim não se reserva a admirar o vai e vem das grandes ondas. Ela chega mais perto das águas. Começa a construir uma pequeno castelo, ela gostaria de morar sozinha em sua obra de engenharia, mesmo sozinha ela insiste. Pega seu balde, sua pazinha e começa a edificar uma morada para si. E assim o vez, levantou um grande castelo de areia – que aos olhos do adulto era pequeno.
Após algumas horas, a criança adormece. Como o dia estava com muitas nuvens no céu, ela adormeceu. Estava protegido em seu sonhos, o pequeno ser se contentava com o pouco. De repente uma brisa soprou sobre o corpo da criança, que despertou. Percebeu que algo não estava no mesmo lugar, a seus olhos o grande castelo não estava em pé. As ondas haviam levado os sonhos da criança. Haviam destruído horas de criatividade, de zelo, de carinho. Sentado na areia com os braços cruzados uma lágrima rolou na pequena face, na rechonchuda face do ser pequeno. Na quela hora dava uma dor imensa no peito ao ver a criança desamparada, sozinha.
Ela não tinha mamãe,
Ela não tinha um lar,
Ela só possuía uma peça de roupa,
Tudo que ela tinha era as areias da praia dos pensamentos, e agora aquele imenso mar que a divertia nas tardes de Outono, agora tinha levado sua habitação, sua casa, seu tudo.
Algo não está mais no mesmo lugar, o coração da criança.
Sem ninguém para ajudá-la ela chora, soluça e chora, com fome chora, pois percebeu que não tem afeto, que o mesmo céu azul de todas as manhãs é o mesmo que chove sobre ela. Que o mesmo sol que faz seu dia mais luminoso, é o que queima sua frágil pele de criança. Sendo assim ela chora. Esperançosa chora, sem o papai, sem a mamãe, sem você.

Será que você leitor pode abraçar a criança?
Doar seu lenço à ela?
Repartir teu pão diário por ela?

Algo não está no mesmo lugar, não é?
Podes amar o pequeno ser?
E ajudá-lo a construir seu grande castelo longe das ondas que vem e vão?

Algo não está no mesmo lugar, não é?
Eu te amo!
Espero por ti, preciso te encontrar,
Tua sombra ainda habita aqui...
Na catedral, no meu santuário, no meu vitral
Tua imagem em cores, nos sabores, na entrega
Tua sombra eu sei que está!

23 de novembro de 2010

Jay Vaquer _ Tal do Amor (com legenda)

Mudarei por ti.

Preciso mudar, pra valer mudar,  ironias me afastam do que verdadeiramente amo, do que procuro e não consigo encontrar, já procurei nas gavetas, nos armários do meu subconsciente. Já perdi. Já era. Não existe mais.
agarrado as diretrizes do que é falho, não consigo me reconstruir, por isso clamo por restituição, clamo como se a casa pegasse fogo, e eu estivesse cercado pelas chamas, pelos problemas, pelos olhares.
Preciso mudar, sem reservas amar. Caminhar na praia do teu ser, e correr, me perder em tuas areias, e agarrar, sentir o cheiro dos teus cabelos encaracolados.
Menina morena, meu coração manda recados pra ti todas as noite... e não tem retorno, não tem respostas.
Até quando machucará meu tolo coração? Ah, Morena! deixa eu te amar. sei que sou básico pra ti, e que é o excesso pra mim.
Mudarei, te amarei, renunciarei o mundo por ti, minha arrogância,  meu orgulho, sem apuros... tudo, tudo por que preciso que me ajude a manter meu caminho, sem espinhos, mas com arrepio que só teus beijos podem trazer ao meu corpo desprotegido, com suspiro.
Morena... és flor, as águas te querem, não fujas de mim...
o coração pede pra te amar...

Segundo Selo do Eternizado! - Muita Festa...Pessoal

É muito bom quando as pessoas investem na gente, gente como eu muito simples, porém indesistível. E hoje fui generosamente reconhecido pelo blog Ébrio, ele me indicou um super selo " Blog Amigável. Fica marcado aqui minha gratidão e meu zelo, e um abraço fraternal, pois amigos são tesouros da eternidade.


Olha o selo Etenizado:


"Este selo é o reconhecimento dos ideais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc... que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e suas palavras."

Agora é hora de honrar alguns blogs sob o qual eu me alimento diáriamente, o certo seria eu indicar 10 blogs, porém apenas 05 tem preenchido meu vazio. Sendo assim indico:

1. Molhe-se por Anna Agarriberri -" Menina que escreve num tom que toca"
2. Preciso me expressar por Carla - "Linda Carla"
3.More Than Words por Guilherme - " Ele tem um ponto de vista direrenciado"
4.Nara por Nara Cabral - "Quando posto, ela sempre chega primeiro e comenta"
5.Gadê por Gadê - "há todo instante tem um novo post dela, amo lê-los"


Desta forma, fica aqui eternizado em pingos de luz minha gratidão por vcs virem sempre ler meus textos, minhas loucuras, que muita s vezes só eu entendo... rsrs

Um abraço fraternal,
Rafah!




22 de novembro de 2010

Meu querer sem ação.

Na imensidão de perguntas, minha cabeça está devagar, com preguiça de pensar. Apenas tenho uma meta, aproveitar a oportunidade e te amar, te massagear e te amar, te beijar e te amar. Ziguezagueando na planície do bem estar, e do querer em particular.
Minha garganta não produz as palavras certas, quando estou com você.
Minha mente está concentrada na tua imagem, rosto do quero ficar com a dose do abrigo perfeito.
Não tenho palavras quando estou dialogando com a tua voz, não tenho ação quando vejo tua foto. A estação insiste em nos separar, em deixar você ai, e eu ficar com saudades aqui, minha forma de presentear teu coração é depositando meu carinho na urna a tua afeição, com resultado sem opinião, camuflado no desejo escondido nas entranhas do amor perdido que só gera em nós um arrependimento tolo que carrega as ideias de lâmpadas apagadas. Tiro o chapéu para tua felicidade, ela faz com que a vida flua como riacho na memória do continuo. que faz com que o peito sofra sem a causa exata, nem o porquê respondido.
O meu querer não quer outra pessoa, não quer comparar com sua ausência com minha infelicidade, não quer comprar briga sem razão aparente, não quer neutralizar teu sentimento de amar.
Quer amar com carinho, e o carinho quer amar com o querer. Faça-me um convite, tenho certeza que a alma que te ama dirá sim, e se renderá.
Junte a tua mão a minha, segue firme sem reservas, minha alma te quer, com toda força contida nela, sem restrições, sem reservas.
Não posso dizer que não te amo, pois por menor que essa partícula seja, faz parte do amar, do corpo quente e do ser em chamar. Do lugar perfeito e da simples entrega, que os lábios deixam, que o gosto penetra.
Eu te quero, com pão ou sem o não, um sim por ação. Não troco teu beijo por nada. Mesmo num tom desafinado eu te amo, os meus ouvidos já se acostumaram com timbre no celular, nas mensagens instantâneas, do dia que virá, em que eu poderei te encontrar... e reconhecer tua face na multidão, na estação. 
Consigo ainda sentir os meus pés - continuo correndo, rumo ao alvo escolhido.
Com olhos bem abertos - enxergo focos de Luz, meus pensamentos, meus sonhos, meus ideais.
Com mãos levantadas - entrego-me, rendo-me ao feliz, ao improvável.

Histórias para dormir - A ovelha Graça.

“Cuidado, não faça aliança com teu inimigo”


Em um vale de verde esplêndido, onde os lírios nascem em sua plenitude habita uma pequenina ovelha. Seu nome traduz favor, seu nome é Graça. Ela era a única do vale, a única de sua espécie, ela era preciosa. Branca como a neve era a sua suprema qualidade, era seu diferencial, e ao mesmo tempo era sua simplicidade. Sozinha. Sem abrigo. Sonhava em escalar e subir as altas montanhas do “Futuro vindouro”, pois ouvira nas histórias antigas do “vale da decisão”, que atrás das montanhas havia um aprisco, e neste imenso aprisco as ovelhas não corriam perigo, tinham boa alimentação e proteção do “Grande Pastor” de nome Aba*. Graça sonhava com esse dia. Graça tinha medo de se sujar. Graça não conhecia as dificuldades, por isso habitava entre os juncos de lírios, a beira do rio do descanso oportuno, ela tinha tudo para ficar acomodada, e assim o fez. Ela tinha um sonho como qualquer animal do vale da decisão, mas achava em seu coração dificultoso e fadonho lutar por eles.
Graça era muito vaidosa, e de fato era agradável aos olhos, o Velho Tempo com toda a sua sabedoria a chamava de resplendor, por que dizia ele, que quando via Graça caminhado por entre os lírios, era como um pedaço de algodão com luz, e o Velho Tempo amava o resplendor. E já tinha feito um pedido de casamento para a pequenina ovelha. Ele disse certa vez: -Casa-se comigo Graça, te farei imortal e habitarás no vale para sempre, porém a ovelhinha recusou o pedido do velho. E disse em voz alta: - Tu és velho demais para mim. Graça era acomodada, pensava apenas no tempo presente, como era ingênua sempre ia pedir conselhos a astuta serpente, de nome Altivez. A serpente queria devorar a Graça, mas a boba ovelha não percebia as artimanhas da víbora. Não
sabia que tudo o que a serpente queria era provar sua carne. Em um dia desces, a ovelha acordou como de costume e saiu para ruminar uma deliciosa porção de capim com orvalho, ela não sabia que seu dia seria marcado pelo coração astuto, porém mal da víbora. A serpente que não dormiu a noite, fez um buraco no solo macio, que caberia uma ovelha, a Graça. Seguindo seu caminho tranquilamente, Graça foi surpreendida pela emboscada bem arquitetada da serpente que já estava à espera da tonta. Ela caiu como planejado, pensou a astuta serpente, que não quis diálogo com a ovelha, sendo assim Graça foi devorada pela amiga-da-onça, na verdade Graça foi devorada pela sua tolice, fez aliança com o inimigo e não sabia. E junto com ela foram seu sonhos de escalar as montanhas e de conhecer O Pastor, de conhecer Aba.



ABA: em grego significa Pai*

Texto retirado com permissão do Livro - Crônicas Eternais - capítulo12 - pág 1.769
Ed. Fragmentos 

19 de novembro de 2010

Antes de dormir...

Ainda penso em tudo antes de dormir.
Faço minhas orações e pesso a papai do céu que te guarde do mal, do ruim.
Acredito que uma simples prece noturna, trás calmaria no dia seguinte, fazendo com que a dor do peito passe depressa, ligeiramente.
Ainda deixo a janela do meu quarto aberta, acredito que a brisa da noite refresca o quente, levando consigo o perdido, o ontem.
Ainda olho para o céu negro com estrelas pontilhando tua imagem, teu sorriso... faço preces ao céu.
Lembro-me de tudo antes de dormir, do ardor, do espinho, do tapa na face, do desprezo, do inesperado.
Recordo-me antes de dormir do dia que passou, do tempo que findou, das palavras que foram proferidas e não voltam mais, ficam no esquecimento do ser machucado, do maltratado, do beijo molhado na partida rápida, sem espaço, sempre descalço.
Repito as mesmas frases antes de dormir, falo sozinho com meu pensamento adormecido, ele me deixa falando sozinho; de vez em quando ele desperta, sem forma, vazio.
Alta madrugada... os ponteiros se estacionaram, na garganta, na voz, no fôlego.
Vejo você antes de dormir, do mesmo jeito que sonhei na noite passada,

18 de novembro de 2010

Uma estação - Meu interior.

Meu coração estava acelerado naquele dia, não sabia o que se movia, se era o trem ou meu interior aguardando o nosso encontro, o nosso olhar. Eu confesso que meu coração dizia pra mim que era você, mas como não sei ler o coração alheio, não sei dizer o que dizia teu coração.
Perdido estava em minhas emoções mais profundas, por isso não conseguia me expressar da melhor forma, estava anestesiado, alegre. Tinha encontrado uma possibilidade. Tinha encontrado um motivo para forçar meu coração á sorrir de mim. Há pulsar dentro de mim.
Dessa vez a trilha sonora foi diferente, havia acordes de flautas oitavados com suspense, com mãos tremulas e suor excessivo. Ingredientes do tal do amor. Eu estava parado em mim, você em movimento pra si, de lá pra cá a sonoridade aumentava. Na estação do meu interior. Naquele momento tudo parou. Você era real o suficiente, o que era lenda ganhou vida, saiu do ouvir falar e se materializou no prazer da companhia bem esperada.
Estava com medo do escuro, porém estavas ao meu lado, tocou em meus ombros.
Naquele encontro eu não precisava da voz, do toque, nem das risadas, somente precisava olhar pra ti, saber que estava ali.
O encontro do perto com o longe. Da estação norte com a estação leste. Da mochila com o óculos escuro na mão. Do pouco e do tudo. Do normal com o belo. Naquele encontro eu tinha encontrado uma das melhores flores do jardineiro, sua essência, suas pétalas, sua fragrância eram diferentes. Eram de uma boa colheita.
Eu descobrir então...
Que o teu colchão é o melhor colchão que existe. Que o teu edredom é o mais macio, e que não precisava de mais nada, somente daquela noite que passamos juntos.

Obrigado por tudo...ainda há possibilidades...?

Esquecimento.

Tenho que confessar algo à respeito de mim, ou melhor um detalhe sobre minha personalidade que é particular e só minha. “Eu me esqueço muito rápido das coisas”.
Eu me apego muito aos pequenos detalhes, até aí normal, porém em determinados momentos eu me esqueço das faces, dos sorrisos, dos gestos que mexem com o coração, e deixam na mente a gravação de um longa metragem. Eu luto com toda força em mim para não esquecer, tento não esquecer. Já esqueci, é tarde demais.

Esqueço-me do velho, do desgastado.
Esqueço-me do grave, do inaudito, baseado na frese: “Esqueço para sobreviver em um mundo
desigual e desumano!”
Esqueço-me das ideias, das frases elaboradas de ultima hora.
Esqueço-me da fábula que contaram pra mim quando ela inocente, quando era gente.
Esqueço-me da rua, da avenida, da estrada estreita que me conduzia rumo a duas madeiras cruzadas, que fazia-me chorar em soluções imediatas, em respostas demoradas.
Esqueço-me do farrapo, da escrita simples, dos bilhetes que recebi de Manoela, quando o amor bateu em minha porta pela primeira vez. Era verão.
Esqueço-me da Sala de Porta Azul, aquela onde ouço os belos acordes de piano, Apenas meu Eu.
Esqueço-me do carente, do que dorme na rua em dias de inverno, do que sente fome, do que ronca a barriga.
Esqueço-me da trilha na floresta, das pisadas fortes entre as folhagens, naquele imenso jardim, onde você me visitava na viração do dia, tenho saudades.
Esqueço-me da tua voz, da tua canção, da tua respiração.
Esqueço-me do passageiro, do ultimo lugar, dos primeiros aplausos, quando conclui minha obra prima, quando soprastes em minhas narinas o teu alivio com aroma de vegetação nativa, de campos verdejantes.

Já é tarde demais... já esqueci.
Choro porque esqueço.

16 de novembro de 2010

O abraço,
A mão estendida,
O fôlego,
Os pregos,
Dois pedaços de madeira cruzada.
Um monte, uma colina,
A voz está rouca, mesmo assim clama por seu pai.
O desenho da vontade.
O esboço da dor!

13 de novembro de 2010

Hillsong UNITED - The Time Has Come ft. Joel Houston

Caminhado...

E tudo passará...
O dia passa muito depressa,
Há muitas mudanças.
não tem espera, tem o precioso tempo,
Como areia em uma ampulheta se vai, devagar, logo se acaba.
Sigo meu caminho,
com um par de havaiana na mão, simples desse jeito mesmo, sem violação,
protegido assim, com uma trouxa de roupas nas costas, tento fugir, tento me esconder, tento de todas as formas curar minhas feridas, admito não sou médico, não tenho remédios,
sigo meu caminho...
Se eu olhar para à direita eu tropeço, na esquerda me perco, o que devo fazer?
seguir meu caminho.
com tudo que eu tenho, uma trouxa de roupas, minha vida que levo guardando, toda amassada, toda esfarrapada. continuo,
os dias passam,
a noite vem, o frio cai sobre o corpo, a pele geme, o coração acelera, nem tudo dá certo. A casa cai.
O tempo na verdade é o vilão, é o que me aprisiona nessa estação, não sei se pego este trem ou o próximo é melhor?
Fiquei com a dúvida pra mim...
O tempo está acabando, tenho que ser feliz, tenho que virar a ampulheta...
Como o tempo passa, parece que foi ontem quando o céu era "novinho em folha", o cheiro de criatividade carregava o ar, o sentimento de que fizeram um excelente trabalho deixava o coração do Ser Eterno com uma satisfação tamanha. Os belos riachos, um grande jardim se erguia, bons frutos a terra produzia, tudo certinho, tudo em harmonia, tudo num brilho só. O primeiro verde era vivo, as primeiras árvores eram tão generosas com nossos filhos que doava gratuitamente sua madeira para construirmos nossas casas, nossa proteção.


Trecho retirado da eternidade - capítulo 1 das crônicas eternais.

11 de novembro de 2010

Canção do consolo.

Por que choras?
Não fique assim, a noite logo passa.
E tudo se completa em um novo dia.
Não chores mais...
O luto é inevitável, eu sei
Mais ainda estarei contigo
A dor que rasga o peito é constante, porém é lição pra vida toda
Mas ainda estarei contigo

Por que choras?
Ainda há vida em ti
Não fique assim, a noite logo passa.
E tudo se completa em um novo dia.
Não chores mais...

Mesmo em silêncio, eu sei o que o teu coração quer dizer
Eu ainda enxugo lágrimas
Sei que tens sede, e a fome insiste em atormentar
Eu suprirei Tuas necessidades, apenas entregue teu caminho a mim
e o mais se transformará

Oooooh! Ooooooh! OOOOOooh!

Não chores...
não chores... pego as nuvens e faço lenço pra ti
estou contigo lembras?
Não chores...
não chores...

Por que choras?
Ainda há vida em ti
Não fique assim, a noite logo passa.
E tudo se completa em um novo dia.
Não chores mais...

Tudo se completa em um novo dia!
Tudo se completa em um novo dia!
Eu estou contigo!

10 de novembro de 2010

Meu Sol.


Abri a cortina pela manhã, observei no céu que as nuvens bloqueavam o Sol, sem Sol não tem graça o dia, as cortinas perdem a cor, o quarto fica escuro e o solitário ganha vida.
Confesso que fico com medo.
Confesso que tenho medo dos meus fantasmas, aqueles que ficam dentro do guarda-roupa da memória, que perturba a gente de vez em quando. Gostaria de alguém me salvasse dessas sombras, me separasse delas, do medo do escuro.
Manhã sem Sol não dá! Não é manhã. A gente precisa da luz. Gente como nós precisa de luz para causar um efeito de criatividade na rotina fadonha que nos prende com arame farpado, impedindo-nos de avançar afetivamente.
Quero você meu Sol, que em meio as minhas trevas és meu farol. És o astro rei de minha constelação, o que faz meu universo ficar mais iluminado, o que me dá um gás danado para prosseguir e guiado-me como bússola neste mar bravio que é meu interior.

Preciso de ti Sol.
Sol, minha alma espera por ti.
Eu não quero somente as estrelas, eu quero você, minha nívea luz,
que trás paz ao meu espírito com tua dança.”

Só suplico uma coisa, quando as nuvens derem espaço à ti, brilhe em mim, para que meu quarto se ilumine, para que eu apareça , volte a existir plenamente. Brilhe em mim, quero me perder em tua luz, o que me deixa mais chateado é que o vento sempre tenta levar teu calor, e as nuvens ofuscar o teu resplendor, até quando isso poderá ocorrer? Sol não deixe que nos separem, juro que prepararei em todas as manhãs a tua xícara de café, o teu pão com manteiga, Juro que me lembrarei de todos os teus aniversários, não me esquecerei de nenhum, prometo! Palavra de quem ama...
juro que seremos um, caminharemos juntos, sonharemos juntos.
Sol, quando o universo se abalar, não temas, eu estarei lá contigo e enxugarei a lágrima que insiste em descer.
Farei tudo isso e mais, tudo isso pois tu é meu Sol, minha luz... e eu um ser que espera a nuvem passar pra poder te ver, e ter a certeza que és tudo o que eu precisava.

O Passaporte.



Passando de ônibus pelas ruas do centro de São Paulo, podemos observar atentamente a desigualdade, os maus tratos de pessoas sem identidade, sem retrato, sem futuro. Na memória desses condenados não existe governo, nem sociedade, apenas a friagem, nos braços das ruas eles dormem , fracos e sem vida.
O veículo para, o sinal fecha.
Mas o olho curioso de dentro de um ônibus, enxerga uma flor em meio as prédios abandonados tombados como patrimônio histórico. É uma flor em meio a desgraça, em meio a diferença. O olho atento vê uma criança sonhando sentada em um caixote de madeira, em suas mãozinhas um passaporte para uma vida melhor, que na verdade, apenas o distrai da confusão e dos barulhos em volta. Um passaporte que o tira da vontade de usar a droga, que o tira da vontade de roubar para suprir sua fome deixada pra depois.
Há se todos os esquecidos e condenados tivessem um passaporte igual a daquele menino. Há se eles compreendessem que através do pedaço de papel na mão do memino sujo à vida. Mas eles encaram o passaporte como o nada, pois o passaporte não mata a fome, não tira a sede, não alimenta o vício como a droga e se perdem rumo a morte.
Mesmo assim o mundo para ao redor do menino, naquele exato momento enquanto a cidade não descansa, o menino se desliga por minutos, mesmo com a barriga roncando ele não larga seu passaporte, ele não larga um precioso gibi da Turma da Mônica.
O olho curioso não sabe o nome da criança que se veste de sujeira, não sabe onde estão seus pais, não sabe se ele teve um café da manhã e nem que horas será sua janta, mas de uma coisa o olho sabe que o passaporte – o gibi – é o que liberta por minutos a criança de sua situação desumana.
Que o faz feliz por segundos, e mesmo sem saber ler, ele sorrir com a historinha, com sua felicidade momentânea.
O veículo se movimenta, o farol abre.
Nunca mais o olho verá a criança com seu passaporte.

9 de novembro de 2010

“Acredite no incapaz, acredite no inconsolável, acredite no sem propósito, acredite naquele que não sonha, acredite no sem metas, acredite incansavelmente naquele que tem medo, acredite fielmente no medíocre. Acredite... Acredite... Acredite. Eu tenho a plena certeza que você será surpreendido...”

Lápis.

O lápis quer companhia, o lápis não pode seguir essa sina, esse destino solitário.
O lápis quer espaço, ficar de lado não é seu legado, sua senteça.
O lápis precisa de linhas, de condições para o rabisco, para a narração obsecada pelo certo, pelo correto.
O lápis teme o apagão, pois tudo que ele escreveu, até mesmo sua redação, seu roteiro pode ser apagado pela vilã borracha. A borracha com sua astucia juntamente com a mão, destroi planos, apagam tudo que o lápis contruiu com as singelas letras da comquista suada em tempos de aridez.
Mesmo se correndo o risco o lápis é valente, já passou por vários conflitos, já caiu no chão e resistiu, já superou as lâminas do apontador. Mesmo sendo um toquinho de gente o lápis escreve, pois sua vida é escrever.
O lápis ama. Trai. Peca. Não é santo. É habilidoso, teimoso ao extremo, quer ser feliz, que namorar com o lápis do estojo alheio, que morar sozinho, que beijar na boca, que aquarelar - Como se pudesse... rsrs.
Insista lápis indesistível, um dia você será feliz de vez.
A nuvem cinza não dura pra sempre...
Se apagarem seu texto bem elaborado, continue... continue... continue.
Afinal todos nós somos lápis em potêncial.

6 de novembro de 2010

Bloco de papel.

A página em branco não representa absolutamente nada.
O bloco de folhas em branco apenas traduz possibilidades.
Analisando essas oportunidades aparentes, minhas mãos não conseguem ficar quietas, elas querem desenhar.
Recordo-me então da tua face, da face genuína, da face que faz o coração sorrir de si mesmo, que faz a poeira das frustrações serem apenas vestígios do que já passou e que não volta mais.
A mão desenha...
Os rabiscos vão se completando, os traços ganham formas, as curvas se unindo. Paro. concluo. O olhar fica alucinado, porém satisfeito. Estou diante de  você agora. E você está na minha frente.
Não tem como te esquecer...
Não tem como te apagar, até meus rabiscos se findam em você.
Até minhas mãos quem você!
Devo está ficando louco... Não sei... preciso me saciar.
Eu posso até te desenhar, mas será apenas um desenho, um retrato irreal. Uma utopia. Uma fantasia, e nada mais.
Eu sou o bloco de folhas em branco!
Eu sou a possibilidade almejada!
Eu serei a alegria da tua alma!
Escrevas em mim pois sou papel, eu sou o céu.
Escrevas em mim pois sou réu, teu fel.
Escrevas em mim o roteiro certo de se decorar, de querer apenas teu cheiro ou ficar do outro lado do sofá.
Escrevas em teus risos de alegria, para que eu faça cócegas na tua tristeza.
Escrevas em mim a mão estendida, e certamente te mostrarei meus segredos mais íntimos.
Escrevas em mim o beijo certo, para que meus lábios se lembrem perpétuamente da tua boca quente.

Vitrola.

Hoje acordei e percebi que tinha em minha memória gotas de saudades,



no retrovisor de minhas lembranças refletia seu cuidado, seu acolhimento, a altura de querer ficar perto e abraçar incessantemente.


Quero te fazer um pedido...


Dança comigo, dança comigo a dança da vida a dois, nem que seja no nosso esconderijo, nem que for no cenário da distância!


Está pronto?


Estou colocando o disco na vitrola... Meus pés se movimentam, minhas mãos acenam pra ti, meus lábios se distraem com o teu sorriso – um sorriso que só você tem.


Não consigo chegar mais perto. As inseguranças e a distância no salão impedem que nossos corpos se unam novamente.


A música antiga não para de trazer melancolia...


A junção da agulha da vitrola com o disco empoeirado é o que me trás esperança de nos encontrarmos e de sentir o toque de alívio que só as pontas dos teus dedos podem provocar.


Vem e dança comigo...