31 de janeiro de 2011

Colocando o lixo pra fora...

E se foram todas as forças, só me resta uma decisão, isso me deixa tropeçar bem devagar, com alteração de humor, de esperança a fé, de angustia a feridas. Vejo-me em uma mesa redonda, o cheiro de café  é aromatizante, cheiro de vida, que me angustia em minhas páginas. No embolorado das cortinas não tem cheiro de perfume, do limpo. O perfume que me deixará.
"Eu fui o que não queria ser, coloquei máscaras em meu ser, na gaveta com chaves perdidas, na numeração, na agenda do ano passado. Procura-me nas trancas de ferro do teu corpo, eu estarei lá, sou tua mordaça. Não te deixarei por um pedaço de pão, tenho te gravado sobre a pele, com tinta, com água."
Tô escutando música agora, me dizeram que a música é a melhor das saídas, acredito que sim, aliás, acredito no novo, no sabor, no aroma. Muitas vezes acreditei no falso, no religioso, no veneno da víbora, eu era inocente, por isso caí em alguns laços, ainda bem que sempre aparece uma tesoura para cortá-los. Hoje em dia mordo minha maça, fecho os meu olhos e me direciono ao meu lugar secreto. Tinha me esquecido de como é bom ficar por lá de vez enquando. Aprendo por lá que decisão é como se eu derramasse um copo de água num oceano, é tão incerto! É problemático! somos agarrados pela corrente da espera, pelo peito rasgado, pelo espírito conectado, pelos fardos. E de tanto penar me desfaço, no baralho, no respaldo.

30 de janeiro de 2011

Anda escrevendo muito?

"Tô colocando a bagunça pra fora..."
Sentir,
Saber que irá bem de alguma forma.
Tocar,
Neutralizar as palavras erradas do vocabulário da angustia.
Salpicar,
O desejo da língua, que na ponta revela sua sutileza.
Explorar,
O caminho sob o qual me conecto sempre.
Reverberar,
Os barulhos dos pés que querem ficar.
Respirar,
E ter a sensação que a qualquer hora, o incrível explodirá.
Remediar,
A dor crucial do interior com os pensamentos vãos.
Absorver,
Como guardanapos, a tua voz, teu sorriso, teu calor.

28 de janeiro de 2011

Enchente

Uma mulher
Sofrida mulher
Corajosa mulher
Trabalha muito, é diarista
Precisa sustentar seus 4 filhos pequenos, em idade escolar
Não teve muitas chances na vida
Tudo que ela possui foi com muito esforça e perseverança
Sem ajuda de marido, de homem
Sobre um terreno invadido construiu sua grande casa, seu palácio
Para a sociedade seu lar é um nada. mas pra ela é uma riqueza só
Todos os dias ela luta
Todos os dias ela mata um leão
Sobe morro e desce morro e de lá pra cá se vai
Próximo de sua casa, há um corrego
Nesse verão eles não esperavam
Uma chuva no céu se formava...
Mas pra que se preocupar né governantes, é apenas uma chuva de verão, logo passará
e o toró cai, o céu desaba, a água sobe, os trovões soam
em menos de uma hora tudo que foi construído em uma vida se vai
Se perde
A água cobre, água barrenta, água contaminada, água da morte!
As crianças não conseguem fazer nada, salvar nada
São levadas por moradores
A mãe estava desesperada
, atormentada... ela perdeu tudo
Roupa, comida, suas conquistas, sua vida, seu suor



Cadê o Cara que pede voto? cadê o cara que toma cafezinho nas eleições?


Maria Clara.

Em uma quarto qualquer, um quarto comum dormia Maria Clara, uma adolescente de 17 anos que sonhava em se tornar uma grande musicista. Seus sonhos eram os mais agradáveis possíveis. Do lado de sua cama de madeira existia o seu tesouro, era onde habitava seu coração – um violão artesanal, um presente entregue de bom grado por seu falecido pai. Toda a noite antes de dormir ela fazia suas preces. Ela não sabia que estava fazendo suas orações à pessoa certa. E que em tempo oportuno seu desejo ia se tornar realidade.
E se passou essa noite, o dia seguinte amanheceu sem reservas, sem pedir licença e os raios de sol que entravam pela janela, clareavam o meigo rosto da jovem, da preciosa. Era como se o novo dia que nascia sorrisse pra ela, estava nela. Levantando-se da cama seguiu sua rotina normalmente. Enquanto ela arrumava sua cama sentiu uma gigante necessidade de compor, parou tudo que estava fazendo, pegou seu violão, seu tesouro. E começou dedilhar, notas harmônicas encheram o pequeno quarto. Pingos de Luz. Uma mistura de paz com uma incandescente tocha de amor. Foi como se os céus tivessem cercado o dormitório. A menina caiu em um êxtase profundo, não parava de tocar, naquele exato momento aquela melodia era sua mais sincera oração, uma oração com um efeito transformador, curador.
Ana Clara não fazia idéia, mas sua melodia chegou do outro lado da rua, na casa da Sra. Filomena que sofria de um terrível Câncer. No exato momento em que se tocava a melodia, as notas geraram cura a Senhora de 94 anos, ela sentiu seu corpo tremer, suas magrelas pernas começaram a “formigar”. O milagre se estabeleceu garantindo a ela saúde o bastante para continuar sua vida.
E a melodia soou por 1 hora, enquanto Maria Clara canta e dedilhava sua nova canção, o bairro em volta foi tocado. A música invisível entrava em cada casa, e os ambientes começaram a mudar. A jovem era um canal de paz para todos e em sabia. Ela era diferente das outras musicistas, ela possuía um dom, sua voz tinha um ingrediente do céu, ela era agraciada.O seu sonho te ser tonar uma grande cantora tinha acontecido. Ela não precisava de multidões gritando seu nome, nem mega "Shows". Ela tinha tudo que precisava, um contato com o que tudo vê. O seu simples coração era servo.



Como tudo isso pode acontecer? Como esses fatos podem ocorrer? Você acredita nos céus?
Tenho a plena certeza que essa história falou com o teu ser. É hora de acreditar nos céus, e descobrir seus dons doados de bom grado a pessoas comuns como nós. É hora de se conectar.


27 de janeiro de 2011

Fragmentos de uma mente confusa.

Piscar, namorar, sair pra passear
Curtir, saudar, focalizar
Atender, dar atenção precisa
Chutar pra cima, não errar o gol
Ter a torcida na palma da mão
freneticamente num puxão
Acordar pra vida, e anestesiado permanecer
Sacudir, patentear e se alegrar
Criança, pião, esconde-esconde e rouba ladrão
Barra manteiga, na geladeira, na mesa
Um tapa na boca, na atmosfera da espera, do talvez
Escalar, mover, saber tudo e escrever
Iludir-se menos, na paixão, sem compaixão, na trave, no banco de reserva
Na saúde, nos ossos, na origem do conhecer, do passatempo, do jogo de damas
Xícara de café, no estômago, na barriga, sem alergia
No claro, pingos de sentimentos no pote da satisfação, tudo levado em consideração
Pelo pão, no jornal o mal, o fato de ontem que não agradou, deixou a dor, na flor, no botão
E era pra ser sem ser, já acostumou pingou
Era tudo lençol
                                                                         No amanhã     

26 de janeiro de 2011

Abismo.

E de lá pra cá caímos em abismos. É como se alguém cortasse com tesoura nosso desenho recém criado, tomar banho de chuva e permanecer molhado, e nessa rede de pensamentos é que escorregamos e o coração se rala todo, e o machucado que insiste em ficar - arde- sangra. Minha dúvida é? E o remédio? Quem irá tratar meus ferimentos?
Não tenho ninguém, sinceramente!
Pensei que eras minha ponte. No silêncio. No abismo.
Na verdade você se resumiu em nada. No choro. no poço.
A porta não abrirá novamente, o rio secará, o entusiasmo se evaporará. Com a angustia. Com o abraço.
Coloquei minhas cadeiras em cima da mesa para  ninguém sentar, ninguém se aproveitar da minha vulnerabilidade, da minha preguiça.
Piso e assino em baixo, corro e subo na árvore do bem e do mal. Não desligo o ventilador, ele leva consigo as folhas de papel de carta, as juras de amor eterno, e depois de muito girar, seca minha respiração, minha vida, minha roupa molhada.
Olhando bem... esse abismo é mesmo profundo, e nem sinal de uma ponte, de um escape. Tenho medo de olhar pra baixo. De cair. De me ralar todo. De pedir socorro. E ninguém suprir minha real necessidade. Eu não plantei sementes, eu plantei areia, e o pior é que eu sabia que areia não frutificava, porém insisti, e caí de bunda no chão limpo. A árvore que eu pensei que estivesse ali não estava. Nunca existiu!
levo comigo a experiência adquirida, a roupa lavada, a comida feita, o olhar observador e tento construir uma ponte sobre o abismo. Uma ponte de lágrimas e despedidas.

25 de janeiro de 2011

... Digo-vos que procuro o alívio, e minhas respostas são silenciadas por tua mão.  Não se assuste por encontrar letras perdidas no chão da sala, depois eu as recolho... uma à uma, e escreverei o que realmente eu quero de você...

Mais um desabafo - lado solitário.

Subitamente anseio pelo beijo, pelo momento, pelas frases de correção que animam meu coração.
O telefone toca não quero atender, pois posso me surpreender, meu ouvido poderá arder, e não terei respostas, os argumentos passarão longe, não se sentarão em meu sofá antigo herdado da vovó, das rugas do passado. Devo estar ficando louco, falo sozinho comigo mesmo e tento animar os meu lábios que a muito tempo não sente o calor dos teus beijos, já a saudade, esculpe em minhas mãos o teu nome que é sagrado pra mim, que é fundamental em mim, para minha existência se eternizar nas páginas do amanhã. 
Dá-me asas pra voar.
Dá-me ouvidos para ouvir os teus cantos.
Dá-me teu corpo como sacrifício de entrega novamente.
Absolutamente procuro, não tenho. Eu corro, percebo que tudo está longe demais. Eu escrevo e não consigo terminar, concluir é uma tarefa difícil, é atormentador!
Coloco o fone no ouvido, só assim pra não ouvir tua opinião, pra não voltar a trás. A casa ainda está de pé, é um barraco, de papel, de retalhos, de restos não digeridos com o tempo, com a lembrança.
Calo-me, isso é mais um tom de dor que acelera minha respiração, é mais um acorde na melodia do dia seguinte, do deitar melhor, do tormento sem ideias. E as janelas continuam abertas no meu lado direito, o lado que você apareceu, o lado que você fugiu, deixou de lado, zombou de mim, do meu eu...
Eu me reconstruo diariamente, exatamente no extrordinário, no cenário do escondido, do camuflado, do extasiado, do inesperado, do convicto, do altar de veneração falida. Já que o dia não terminou vou continuar no sofá, assistindo o conteúdo exaltivo da TV, do ver e não poder ter, das risadas sem proveito algum, dos choros que só alimentam a angustia, a depressão. 
Eu estou vivo ainda, meu coração ainda bate. respiro fundo e continuo. 
Eu vou esperar pelo teu beijo novamente. pela tua frase novamente, pelo teu respirar em mim.

24 de janeiro de 2011

E mais Selos eternizados em 2011...

Eu ganhei esse presentão... cofesso tô feliz...
A Andressa da Mata do Blog Palavras não ditas, sentimentos escritos. me alegrou a alma, o meu ser... vc é linda Andressa...


Algumas Regras:

1ª Duas coisas que a fazem sorrir.
   Meus amores... minha canção.

2ª Uma coisa que a faz sorrir sobre o blog que a presenteou. 
   O ambiente de paz que ele transmite...

3ª Indicar o selo de 5 à 20 blogs e avisa-los. 

















...o primeiro beijo...

Lembro-me perfeitamente da escada, das mãos tremulas, da voz embargada.
Do meu olhar inseguro que cobria tua visão apaixonante...
E naquele espaço de tempo, o mundo lá fora parou de girar, as cenas foram congeladas no agora, eu apenas ouvia as batidas do meu coração, eu conseguia ouvir tua necessidade, tua ansiedade.
E aconteceu o primeiro beijo, o roteiro perfeito, a cena correta. Naqueles nonos segundos eu viveria com você pra sempre, na eternidade. É engraçado, mas consigo lembrar de todas as cenas, do carinho, da tua atenção, do chiclete de menta, da caneta que escrevia nosso destino.
Lembro-me dos pingos de luz, eles... uma à um caíam sobre nossas cabeças, sobre nosso ser inocente, porém convicto da satisfação necessária que meu interior precisava.
O teu nome é carinho.
O seu ser é saudade.
A tua cruz é ter me deixado, deveria ter ariscado, deixado de lado o medo, a insegurança.
E ter se lançado nas águas, nos meus braços...
E ter escalado, explorado o meu afeto, resto à resto, no teto da alma. Da noite escura. Do peito que se apaixonou um dia, da boca que beijou pela primeira vez.

Pequena prece...

Repito as mesmas palavras aos céus:


___ Papai do céu! Olhe para o meu amor, meu amorzinho, a minha pérola. Sei que tem coisas que só você pode fazer... Papai enxugue cada lágrima com o teu lenço de nuvens, e escrevas na imensidão a tua vontade sobre mim... 
Amém!


Todavia Ele já sabe de cada palavra que sairá de minha boca e do meu  pequeno coração.

23 de janeiro de 2011

FRESNO - Deixa o tempo (HD)

O fazer.

O fazer sem pensar, é divertidissímo! pode se dar mal, porém na maioria dos casos tudo acaba em experiência, em risos. Admiro o presente, ele é magnífico. Observo o hoje, ele é esplêndido. O amanhã será melhor ainda. Sabe de uma coisa? O fazer me persegue, o fazer não me deixa descansar como devia, o fazer é resultado da ação acelerada do cotidiano maluco de tarefas. O fazer é  cerrar o punho. O fazer é acompanhante do serviço bem prestado. O fazer é auxiliar do servo prudente e da mente sábia. Fazer bem certo pra não se arrepender depois. Fazer com carinho pra não magoar. Fazer e subir a ladeira do entusiasmo. Tem gente que quer  fazer tudo, e acaba não fazendo nada, por isso pego uma coisa de cada vez, uma à uma. Não ando por fazer atoa, não conto sem fazer números, não observo sem olhar o coração. Eu nem sei fazer. Colher o que eu fiz, é colher frutos invisíveis, ou seja nada, em vão. Prefiro o fazer on line... tudo on line. Faço chuva em copo de plástico. Faço turbulência em guardanapos, a minha fala não tem atalhos, é véu rasgado. No chuvisco é onde trabalho. No estalo. No estrelado, e os meus fardos sei onde devo deixá-los, no repouso dos braços da eternidade, que é pai de todos, do ser imortal. Então faça bem feito pra não se arrepender, pra não enfraquecer, não escorregar, pra ir devagar, na teia do absurdo, do surdo, do sem telhado de vidro, do apertado , do que se envolve com a insônia. Faça o que achar melhor, procure ruas e não atalhos. Ache tesouros no solo do vizinho autêntico, e construa muros para se proteger da soberba da vida, dos olhares da raiva e do véu da intriga. Seja você o fazer diário. O aplauso perfeito.

Vitas - Kiss As Long As Eternity

"Não possuo mais vontade,
tudo é envelhecido, é papiro.
É cotidiano angustiante.
Sufoco-me!
Deito-me!
Respiro... 
ainda me resta a vida... 
De certa forma olho para as Estrelas. "

21 de janeiro de 2011

Ela

Ela eternizou os meus sonhos, soprou em minhas narinas.
Doce Manuela
Canela...
Uma flor de muleca, nos jardins de outono ela era quem nos alegrava com sua beleza.
Agora no vento, na folhagem, em cada pétala.
O teu cheiro, teu frescor, tua boca...
Teu calor!

Por em quanto as coisas vão seguindo...

Não temos como mudar muita coisa na vida, não temos o molde para melhorar as coisas, os gestos, os erros. O jeito é continuar seguindo, subindo, andando, trilhando as incertezas da vida, do ser , da alma.
Seguir é não olhar pra trás.
Seguir não é ficar parado.
Seguir não é estacionar no tempo.
Seguir é ir em frente.
Seguir é pisar em cada pedra.
Seguir é se erguer de cada açoite.
Seguir é tomar o fel, e sorrir como se tomasse mel.
Seguir não é tão fácil assim.
Seguir não é sempre sorrindo, é lágrimas e mais lágrimas.
Seguir as vezes é dor dilacerante, é combate entre o Eu e a alma aborrecida.
Seguir é a derrota do passado, e o triunfo do futuro!
Seguir é fé sobre o impossível.
Seguir é pão com margarina, e leite com café.
Seguir é salgado demais, é pesado demais, é seguir demais.
Seguir é nobre o bastante para jamais desistir.
Seguir é contagem regressiva.
Seguir é código correto.
Seguir é sol no horizonte, e chuva na vertical.
Seguir é cessar de buscar o ontem, é virar a página, é mudar a leitura.
Seguir é humano, desistir é fracasso, é animal.
Seguir é leal, é real, é trono.
Seguir é conexão perfeita, é elo, é aliança.
Seguir é amigo, é presente, é bonança, é alívio.
Seguir é resposta da superação bem vinda.
Seguir é corrida, é chegada, é recompensa, é coroa.
Seguir é escrita, é contínuo, é história.
Seguir é gravação, é a melodia da alma com o coração que mora ao lado.
Seguir é a agulha da vitrola do peito.
Seguir é dança de salão com a amada, com o corpo quente.
Seguir é maduro, constante, é firme, é eficaz.
Seguir é despertar, é paixão, é amor.
Seguir é banho de piscina, com amigos, com a família.
Seguir é barco na tempestade, no rio, nos riachos da memória.
Seguir é poeira.
Seguir é ladeira.
Seguir é seguir! é virgula, é tudo isso e tudo mais... 
Tiro um pouco os olhos das coisas que não consigo modificar, bebo um copo de água e continuo.




19 de janeiro de 2011

Um pouco sobre a solidão

Já tenho tudo guardado no meu ser, na história, no compasso aleatório que não me deixa parado por um minuto. Sabendo disso ligo minha câmera e começo a gravar o hoje em minha memória de longo prazo para que no futuro eu venha me lembrar da tua face, do mesmo sorriso que perdeu em algemas a minha atenção. Pego-me distraído com dor no peito, com uma saudade danada de te ter por perto e caminho no vale da decisão, entre querer compartilhar uma vida ou renunciá-la como se não houvesse amanhã. Neste fantástico ritmo sem pausa minha vida se vai, em completa sede do ainda não provei.
É um turbilhão de cenas e ações que não me deixam em paz, que não me deixam tomar um decisão convicta, eu então me aproximo do talvez e com ele piso no terreno da insegurança que me deixa cair em trevas, em um lugar onde só tenho tua imagem isolada de tudo e de todos. As vezes penso que estou ficando louco, porém firmo meus pés no chão sem chinelos e sinto que o frio é uma opção que me deixa lúcido. 
Já não possuo vontade própria. É corte, é veneno, é tudo em folhas de sulfite, apenas grafite.

"Mesmo sem argumentos procuro as palavras certas e faço minhas orações ao Papai do céu. Todas as noite antes de dormir, fecho os meu olhos e penso em você e pesso para que Ele te abençoe. Sou criança e não aprendi o valor de amar ainda, por isso sofro calado, querendo te ter... querendo te ver."

17 de janeiro de 2011


...O que eu posso fazer se o espírito clama? 
Se os ossos doem?
Se a boca é deserto?
Se o coração virou enchente?

Papéis.

Hoje sou eu quem escrevo em minhas linhas tortas, e com a água da chuva lavo minha sujeira emocional, criando em mim o alicerce do recomeçar de novo com as mesmas roupas que usei nos meus momentos de triunfo, limpo o suor da cara e subo a escada da renuncia espontânea e me distraio.
Tenho quase tudo sob controle,só não tenho tua atenção, tua vida, teu ser, então não tenho nada.

Os meus papéis estão amarelados, há mofo em minha escrita. E tudo que sei é te amar, é escrever e te amar! 
Papéis são a soma de tudo já vivido antes, limpos ou não , serão alvos da escrita da vida, do temperamento tolo e metódico que aprisiona a alma em um cárcere explosivo e duradouro. Papéis são inrevogáveis. Papéis são indecifráveis. Uma pedra no sapato, uma queda de salto alto, um escorregão na escada da soberba. PAPÉIS NASCEM IMPERFEITOS. Eles possuem vários tamanhos, varias alturas, varias paixões. Os papéis são frágeis, acreditam em milagres, em preces, em respostas dos céus.
Costumo dizer que tudo na vida são pequenos grãos de areia, e nesse amontoado de grãos milhares de expectativas se vão, na roupa, nas ondas e a chance de te reencontrar cala minha voz, minha vontade, minha ação. Hoje quem apaga minha vivência é o medo de arriscar, é o medo se ser feliz, é o medo de tropeçar, e esperar por uma ajuda que nunca virá, por isso rasgo meus papéis, rasgo minha vida como se ela não valesse nada, absolutamente nada e recomeço tudo de novo, na mesma sala, na mesma mesa com meus papéis pelo chão, na imaginação, fora do coração.

15 de janeiro de 2011

The Brooklyn Tabernacle Choir - I´m Amazed

"O silêncio em tuas páginas, se tormam um vento impetuoso sobre mim, sobre minha carne!"

Códigos

Nas sílabas a gramática bem acentuada,
o código do amor cada um tem,
São milhares de milhares de acessos, códigos, vidas.
Basta o pronunciar de uma frase - Eu te amo - e cofres são abertos!
É impressionante, mas contas são roubas.
É preciso ter cuidado e manter o coração seguro,
Pois a qualquer momento a ilusão vem
Como um ladrão ela vem!
Anulando, matando, tirando a cor.
Nos lábios a faca para o ser, o golpe certeiro,
e mas mãos a flecha de índio que não erra seu alvo, sua presa.
Assim são os que amam inganosamente, sem vida!
De olhos bem abertos, não caio em ciladas, não piso no terreno do blá-blá-blá.
O meu ser precisa de vida, do código da pessoa certa,
Que consiga abrir meu cofre, sem rompe-lo com violência, sem destrui-lo.
Se você que estiver lendo esse texto tiver um código alfa, um código sem fraude,
Tente abrir meu coração, amolece-lo talvez.
Preciso de vida, preciso do código da palavra do coração.

13 de janeiro de 2011

E eu continuo a crescer, no interior, no amor!
E a busca de te ter é freio pro coração

Que te espera, que sangra!

A via crúcis da alma!

A dor que deixa enfermo o corpo é dilacerante
O caminho aos meus olhos é eternizante
Em cada passo uma lembrança, um espinho na testa
E o sangue escorrendo – A tua vida que se vai – deixando meu corpo
Deixando sua marca
A minha cruz é pessadissíma, é fadolha demais, é música barulhenta
É areia na ampulheta
Na gaveta
No papel em branco.

As ruas do temperamento são estreitas, sempre esbarro minha cruz nas paredes
Você é as chicotadas no meu corpo, na alma
Você é a bagunça no meu coração confuso e angustiado
Preciso me sentar um pouco
Preciso de água
Eu chamo e ninguém me esculta
tenho que chegar ao fim na minha via dolorosa
Sangue, gota de vida que se vai
fragmentos dos meus relacionamentos frustados, rasgados sobre minha pele
sobre meu Eu!

Mesmo assim permaneço descalço, sem aplausos, eu continuo assim
o suor é excessivo
As lágrimas são salgadas demais, eu já chorei demais
A cruz é pesada, porém continuo, o coração continua, os açoites continuam
Não consigo voltar atrás, sou impulsionado à ir além
Existe uma força que deixa de pé
Se não, eu já teria caído, já teria morrido
“Oh! Corpo de dores, Oh! Corpo sofredor, Oh! Alma abatida
Continue pois o teu dia vai raiar!”

Estou no Gólgota da vida, dos pensamentos, da renúncia, do EU constante
O perturbador quer que eu desista, quer que eu pare, quer que eu perca os sentidos e largue minha cruz, minha missão, meus objetivos e ceda
Eu não posso parar, eu não posso deixar de amar
Tenho que chegar até o fim
Estou no monte da caveira, da tortuda, da agonia, do medo, do tudo ou nada
“Percebo então que já estou crucificado”
Contigo,
com a gente
com você
em você!

10 de janeiro de 2011

O cotidiano do ser



Meu voto nulo
Meu erro certeiro
Minha bala pedida
Minha intenção incensata
Meu escuro, nem tão escuro assim
Meu pedaço
Minha vontade
Meu pecado
Meu desejo marcado
Meu pijama
Minha cama
Meu descanço
Minha torneira, gota após gota
Meu cubo de gelo, no copo, na garganta
Meu fôlego
Meu bloqueio
Minha satisfação
Minha escada
Meu escoregão
Meu farol
Meu vale
Minha montanha alta
A facada na carne
A dor dilacerante
O remédio que arde
A ferida aberta
O coração o que pulsa
A fala mansa e suave
a risada bem presente
O beijo na memória
Minha intercessão
Prece
Minha oração
O afeto perfeito
a Interrogação?
A menina dos meus olhos
O banco da praça
A lágrima
A travessia do sentimento passageiro
Minha mala, sem rodinhas
Meu trabalho
Meu filho rebelde
Meu baú de pensamentos abstratos
Mão intocável
Pé descalço
O medo colocado na caixa dos sonhos esquecidos
O beco, a espera, o trauma
A solução
meu sono, minha cadeira de balanço
Meu livro, minha literatura
Minha varanda, doce Luana
Minha saudade
Meu amor sincero!

9 de janeiro de 2011

Espera incessante!

Eu não perdi tua imagem em minha mente, nem tão pouco consegui contê minha necessidade de ti ter por perto.

Tenho a nossa melodia gravada no peito como nunca antes, arrepiando minha pele, trazendo frescor, sabor de novidades e saudades.

Tu és minha corrente, meu pulso, meu pescoço.

Minha água, minha praia, meu mergulho, minha salvação!

Diga pra mim como poderei esquecer de ti?

Como fugirei dessa droga que vícia meu ser cansado?

Estou fissurado em ti, cercado em ti, anexado em ti, tua força é tamanha em mim, com causa em mim!

Eu não perdi você de mim, tua presença apenas está distante, em um verso, em uma leitura de final de tarde na varanda da espera contínua que cansa a alma. Eu ainda lhe espero com anseio, e olho para o ponteiro do meu relógio, e me engano, e me decepciono; pois você nunca vem, então caio em mim e choro!

Como a chuva que cai do céu, eu choro... Lendo nossa leitura predileta.

Eu ainda não perdi a esperança de te ter... então permaneço com o livro na mão, minha vivência e minhas rugas e te espero todos os dias.
  • Por esses dias visitei meu passado,que havia deixado de lado.
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  • E em cada cena que eu olhava, era a mesma sala.
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  • No chão os mesmos livros empoeirados, os cds espalhados,
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  • A poeira dos desertos que cruzei eram o que trazia a realidade a tona.
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  • Tentei concertar, arrumar, limpar a bagunça, mas que tolice a minha,
 
Não tem como arrumar o passado, ele já aconteceu, já se realizou, já passou!

 

Sobre amigos...

O meu ser se alegra com uma ligação de um amigo.

Assistir um filme com uma pessoa especial.

Se embriagar com Coca-Cola, e deixar a pipoca pela metade.

Andar pra lá e pra cá e conversar, e contar tudo, tudo que sei

E pegar a alegria do amigo e guardar na garrafa da alma, pra relembrar e sorrir no dia seguinte, na eternidade..

Uma peça

Não tenho tudo que eu quero.

Tenho o meu passado e o meu presente.

O futuro está nas mãos do invisível, tenho que conquistá-lo em cada passo que eu der.

É difícil tentar encaixar uma peça de um grande quebra-cabeça quando não se consegue enxergá-la e ao mesmo tempo que se tenta mais complicado o enigma se apresenta.

Confesso que preciso de ajuda.

Preciso de uma mão.

E Tirar meu olhos de minhas aflições sentimentais e me aprofundar no oceano dos olhos abertos e quanto mais eu me envolver nessa onda, mais abertos meu olhos permanecerão, mais cheio de vida estarei, em minhas veias correrão a coragem necessária para os meus ossos continuarem e pé.

8 de janeiro de 2011

É você mesmo?

São tuas mãos?

Ainda tens o mesmo coração?

E essas rugas?

Quem te machucou?



Aprecio em ti, aprecio tua vivência

Vejo que ainda guardas tudo na mesma caixinha

Pensei em mim- como consegue guardar tudo ai?

Quem diria?



Não perdestes a mania de olhar no fundo dos olhos

Usas teu All Star de cano alto, como sempre tens bom gosto

Tens em ti a vivência de uma vida inteira

Que não te ensinou a andar com a roupa passada e insiste em se manter amassada



Sei que ainda és papel, e eu continuo sendo caneta

A vida está dando continuidade a nossa história

As reticencias continuarão, escrevas... escrevas...

Carícia, suor, beijos acessos em noite escura, és minha cura



Mesmo depois de tantas guerras e desertos

Continua sendo pra mim a mesma pessoa, o mesmo amor!

Ao invés de amargura, doçura ao falar

Ao invés de distância, uma ponte – a vida trás você de volta pra mim



Mesmo com rugas, o meu amor por ti é o mesmo

Não quero tuas pérolas, quero teu afeto

Moedas de ouro não quero, quero a riqueza de tua essência

De teu semblante, de teu sorriso simples que contagia

O que vê?

O que trazes?

O que buscas?

O que te saciará?



Eu nunca tive essas respostas

Nunca consegui te decifrar, és uma interrogação pra mim e sempre será

Um mar, um ponto, uma imensidão

A vida te trouxe mais uma vez pra mim, você é o amor!