28 de fevereiro de 2011

Quando não houver mais folhas em uma árvore.
Quando  não tiver mas dias tem teu calendário.
Quando o grafite do lápis quebrar.
Quando não houver espaço no papel.
Quando não houver mas argumentos na mente.
Quando o ultimo vento sobrar.

Vire a esquina da tua memória - eu estarei na mesma praça, no mesmo banco... a te esperar!

26 de fevereiro de 2011

Ladrilhos - alguns fragmentos...

Identidade – já tive várias

Amores – ainda posso escolher

Dividas – pagarei em longo prazo

Substâncias – o teu eu na seringa

Algozes – tua renuncia, tua carta de liberdade

Alimento- tuas fotos, o teu álbum guardado em mim

Já possuo – O tempo, cada grão, a tua mão

Liberdade – Nos teus braços, no teu viver

Mascaras – já rasguei todas elas

Esperança – a espera não pode matá-la

Já tenho tudo – meus livros, meus CDs, minha melodia

Lápis – Na ponta da língua

Destino – Os céus guiam os meus passos

Não vejo – tua altivez, teu domínio, tua rouquidão

Almejo- O teu querer, a valsa, eu e você

Sair – sem rumo, com trouxa nas costa, o nada

Chegar- no espaço de tempo, onde me perdi de ti

Paixão- água na boca gosto de quero mais

Saudades- um dia acabo com ela

Superficial – à distância, o medo

Sonho – em te ter, em tocar a tua face

Continuo – sonhado, de pé no chão pra não cair

Zelo- as cartas, os e-mails, nossa vida a dois

...Beijar não é somente encostar os lábios e transferir saliva.
Existe um envolvimento
Existe uma entrega.
Uma sagrada entrega!

24 de fevereiro de 2011

Vício de amar!

Os encontros não nos deixarão unidos, e posso dizer que serão nossas escolhas que farão a diferença em tudo isso, no existir, nos faciclos do cotidiano, nas divisórias do dia -a-dia.
Tomar a decisão de amar uma pessoa é uma cruz pra mim, pois se amá-la terei que abrir "aspas" sobre ela e enxergar somente ela.
Na verdade amo demais, respiro demais as pessoas que eu amo e isso explica meu interesse de está perto o bastante desse vício.  
O vício de amar acaba comigo, é como se eu não pudesse desligar uma ligação, embora eu saiba que a conta chegará alta.
O vício é um problema, é uma questão de urgência pra mim, que não passa, que não consigo deixar de sentir.
O vício de amar é calabouço e ao mesmo tempo é liberdade, minha cabeça se confunde com o sim, com o não, acabo não sabendo jogar baralho.
Eu sei, mas se o vício fosse bom não aprisionava, mas falando de amor, essa prisão é a melhor que existe, pois o amor é sublime, é benéfico, é chocolate na boca, insaciável no paladar do querer.
 Aí está um dos motivos pra mim está nesse ciclo impiedoso do saborear.
E que fique bem claro, eu não quero apenas chocolate - quero Você!
Quero o vício que corre em suas veias. Quero ser aprendiz de amar, e conjugar todos os dias esse verbo, verbalizar nosso ser em um, está no teu travesseiro e ser sono tranquilo pra ti, sentir tua respiração, e amanhecer, no vício, na vivência...


"Não vejo razão, apenas sentimentos presos em uma garrafa jogada ao mar. Atitudes, o pensamento que não para de girar, e já que é pra girar prefiro não está no ar, e sim preso no chão, sem escuridão, envolto em luz para poder respirar."

23 de fevereiro de 2011

Antes de dormir... Abri teu álbum e vi tuas fotos, para eu me encontrar um tantão assim em ti... pra mim sorrir, pra mim dormir feliz...

22 de fevereiro de 2011

E nós pensávamos em todos os Verões que íamos passar juntos, em cada fotografia tirada, em cada copo de água. 
Fazíamos os melhores planos, as maiores tempestades, os gestos mais sublimes. 
E em cada mensagem um aviso: " Eu realmente te amo"
Na porção diária do afeto construíamos nossa morada, lá, bem acima dos pingos de luz. Eu percebi quê:
"A eternidade estava entre nós dois"

21 de fevereiro de 2011

...Um dia teremos muitas coisas, todas as explicações possíveis, todos os ventos dos céus e a saudade será apenas um detalhe...

O diagnóstico do presente.

E diagnosticaram como uma leve mudança de comportamento, uma falta de estrelismo, falta mesmo de caráter, de compreender e ser censurado, tirando de nós o último prato de sopa que nos resta, pobre solidão.
Já que insistiram tanto pra que corrêssemos na São Silvestre do ironismo, para que nossas mentes tivesse ocupadas o bastante para não questionar a falta de comunicação com a parede.
__Mas paredes não ouvem? - dizia os lábios ressecados com o tempo, molhados pela bebida.
Então iludidos permanecíamos como cotonetes no ouvido, tentando acreditar no que não existia na realidade totalizada com medo do escuro.
Nossas vidas precisam de um cochilo apenas, uma valsa apenas, uma taça de vinho apenas, fora da geladeira, dentro do túnel do tempo. Rodopiando. O “aerosol” de veneno de barata, para tua falta de companheirismo.
Não merecemos o divino sono do repouso completo, merecemos apenas os cochilos das piscadas de olhos na noite serena e do luar fadigado, em uma rede, em uma casa de barro do nordeste, no ar seco, na paisagem amarela do sol que castiga nosso legado incomum, que implora por chuva para as pastagens do gado magrelo que transpira fome.
__Mas paredes não ouvem? -Dizia os dedos ossudos, que apontavam para a memória escorregadia do presente, da morte com a foice bem afiada tentando levar nossos bens, nossos filhos desnutridos, feridos.
E diagnosticaram como peste tudo o que não tinha como se curar, a falta de linha para costurar, o suco sem açúcar, o amargo na lcorre do ventre, da inexistente fraqueza adversária. Diagnostigaram que o capacete na cabeça é fundamental para a proteção de quedas futuras, de colapsos nervosos, de aplausos inesperados, de íngua.
Fizeram de tudo para que o vento não trouxesse nossos sonhos de um amanhã de chuva, de pássaros, de saúde nos ossos.
E diagnosticaram...
Diagnosticaram que a tatuagem no ser pode revelar sutilezas, fixar nas paredes do ser que carater não se modifica com desenhos, se modifica com atitudes com o peito cheio de ar, de ousadia.
E diagnosticaram a falta de folhagem nas árvores, a falta de conversa, a ausencia de ideias, o fluxo de sangue que se vai nos
olhares audaciosos.
Diagnosticaram pra mim quer dizer que tentaram explicar o porque de tudo, porém perceberam que a explicação é morada de cada um, e que cada um de nós tem suas próprias explicações, na realidade existente hoje, muita coisa não se explica, e sim se empurra com a barriga, deixando-se levar pela parede que não ouve, pelo prato de sopa comestível e pela paisagem amarela que castiga nossa sobrevivência.
E tentaram diagnosticar...

18 de fevereiro de 2011

Pegue o violão e toque assim:

- para os dias tristes, de solidão, de pó, de lágrimas,
- para os dias sem graça, de folhagem no chão, sem ação,
Mi – para os dias de estresse, de conflitos, de olhares,
- para os dias surpreendentes, dias de aniversários, de abraços, de
parabéns pra você, de data querida!
Sol- para os dias quentes, de sede, de sombra, de água, de brisa,
Lá- lá para os dias de canto, de voz, de sussurro, de criatividade,
Si- para os dias de possibilidades, de chuvas, de ventos, de amores! ”
...Eu prometo ser assim, o sempre, o
eterno
, o sem ponto final, o contínuo, o arrepio!
Amigos são presentes
deixados ao pé da cama do sono tranquilo, com toda certeza são
presentes deixados pelo carinho, ganhados no amor, na união, na voz.
São pessoas feitas com um propósito de estender as mãos e de
abraçar, usar as palavras certas para aconselhar, ouvir durante uma
hora sem interromper e acalmar.
O amigo tem o poder de transformar uma lágrima
em um sorriso, acalmar mares, cessar dilúvios, construir palácios.
Levantar pontes é a especialidade do amigo.

"Mãos suadas ao extremo, a dimensão do olhar é infinita, Eu tenho a plena certeza que o coração irá saltar pra fora. Não diga nada apenas beije-me…"

Greyson Chance - Waiting Outside The Lines

17 de fevereiro de 2011

Meu Amor,

“Tirei uma cópia das chaves , se caso,
Você chegar cedo… a cópia está debaixo do tapete.
Pode entrar …T em bolo no forno  - aquele Você gosta tanto!
Tem Coca-cola na geladeira – mas não esquece
de beber água!
Chego às 19hs…
Te amo…”
Talvez eu coloque a fatia do pão no prato, seria meu corpo fatiado, compartilhado entre si, ingerido pela vontade de se alimentar, ficando pra traz as migalhas. Restos de incentivos, momentos dilacerados pelos dentes, logo após esquecido pela arrogância predestinada em fatos. A mão vive de ilusão. A Coitada pensa que pode mandar nas pessoas! Ela não manda em nada… Nunca mandou. A mão tem que ser mais humilde para alcançar seus objetivos, subindo degrau após degrau, chegando então ao êxito.
…Se tu és sol, então aqueça-me,

se tu és luz, ilumina-me,

se tu és ternura, olhe pra mim e sorria,

se é presença, abraça-me. E certamente me esconderei em Ti…”

16 de fevereiro de 2011

...E quando eu tiver 100kg, mesmo assim você irá me amar?

Pensamentos de uma varanda envelhecida.

[A velhinha bordava e pensava ao mesmo tempo em tudo o que tinha vivido. em sua longa colcha de linho fino ela bordava, ela escrevia com a linha cor da vivência e cantarolava...]





"O adeus é para finais tristes.
A porta fechada é para que ninguém entre.
O celular desligado é para não ouvir mais a tua voz.
As roupas no varal do hoje é sinal que está tudo limpinho
A chaleira vazia é para você não saborear o chá da vida plena.
O choque na tomada é para te acordar para a realidade.
O aquário sem água, revela que não teremos peixe.
Na prosa do vamos vê não saberemos quem será realmente feliz, teremos que esperar.
Na corrida se perde líquido, se faz cansado, é preciso repor.
Não se entrega a chave de casa a qualquer um.
Não se esconde na claridade.
Turbina-se a vida com coisas boas, fatos explicáveis.
joga-se o que não necessitamos mais, e seguimos em frente, na conquista, no alvo.
Só escreve poesia quem acredita em um novo mundo, no amor!
No placar da vida, é notado quem se torna servo.
Só é digno de escrever um livro quem tem história.
Começo, meio e fim do entusiasmo presente.
Cair de um prédio de aquisições mal elaboradas e saltar na cama elástica do " Até que fim Livre".
Sem medo de ser feliz ainda se escreve cartas.
Ainda anulamos e-mails.
Tomamos o trabalho do Haker, e modificamos sem autorização o  software do coração alheio, e nem se importamos com a reação em cadeia que isso pode gerar. Caímos num erro absurdo. Viramos máquinas.
Só colocamos um chaveiro para não perder um objeto que abre possibilidades.
Só juramos quando realmente queremos.
Escalamos quando queremos chegar lá em cima.
E fechamos os olhos, pois no escuro conseguimos nos conectar com o invisível.
Apenas acreditamos, e isso é o que nos motiva a prosseguir.
Estar do lado de lá e vibrar com as palmas, com a vida circulando em nossas veias.
Apenas tentamos ser felizes de alguma forma. Um molde perdido no amanhã vindouro, coberto de incertezas. Probabilidades erras. Mas, no coração a certeza que o Sol querendo ou não vai brilhar novamente."




[A velhinha era a vida e em sua varanda envelhecida ela escrevia... com a mesma linda, com o mesmo entusiasmo.]
"E já se passaram as horas, os ponteiros já cruzaram todo o espaço do meu eu."

15 de fevereiro de 2011

...Nem sempre consigo escrever tudo que preciso, tento ter no coração uma continuação, um significado de existir e por lá eu me conecto com o hoje. Sabe-se lá que título terei, me compreenda quem quizer, sou papel, sou caneta. Tentar me apagar será em vão, pois quando menos perceber estarei em você, o bastante para existir!

O menino do gorrinho vermelho.

Vermelho. Essa  era a cor do seu gorrinho.
Amável. Essa era a cor do seu coraçãozinho. O seu brasão estava escrito "Coragem". Em sua insígnia " Amigo de Todos", e nessa longa estrada chamada codidiano existente, seu gorrinho fazia toda diferença, era sua vida.

O dono do gorrinho vermelho era um menino, um menininho. A sua arte era conquistar amigos, plantar desejos e esculpir vontades! Sua meta era ser amado.
Amável era a cor do seu pequeno coração, a pele branca era o que o destacava dos outros seres. Ele era original. O único.
Pensativo caia em seu ser, rumo a porta azul do lado esquerdo da alma, lá ele ouvia os acorde de piano, e se reconstruia, ouvia, logo em seguida voltava, e dava gargalhada das angustia, e enfrentava, a navalha da culpa que inutilmente castiga a carne, a pele. O menino merecia o céu. Olho pra ele e medito em mim, no meu pretexto, na única fantasia que me resta, a de acordar pela manhã e vingir que está tudo bem. Pelo menos o menino não mentia nesse aspecto. Quero um gorrinho pra salvar a minha vida, pudera eu ter um vermelho, um carmezim, e fugir dessa liturgia, dessa tradição, cuspir no rosto do judas e me redimir o bastante. Fora da arrogância, dentro do longânimo.
O gorrinho do menino é meu salvamento, por onde será que ele anda?
Já sei, na estrada dos pensamentos perfeitos é lá onde ele habita, logo se reconstroe. Menininho mostra pra mim como posso permanecer puro, como coseguirei corrir meu erros?
Posso ficar com seu gorrinho? Eu preciso me aquecer do frio existente dentro de mim, pois muitas vezes eu não consigo encontrar a localização da porta azul, e me perco nos neurônios alucinantes que não param.
Menino, quero voltar a ser menino, correr como um menino, brincar como um menino e me perder em mim mesmo. longe da impureza.
Menino do gorrinho vermelho, um dia tentarei ser parecido com você.

Meme Literário! - Mais Presente...


Eu sempre fico contente quando recebo presente, fico de coração ardente. A Bibiana do Blog " Entreaspas" sempre me deixa assim. No momento ando meio ocupado, por isso não indicarei as solicitações conforme mencionados no meme, mas não fiquem tristes, embreve colocarei e indicarei blogs.


"Um abraço gigantesco do Rafah!"

14 de fevereiro de 2011

...Passa sobre mim rápido e veloz, 08 e 80.
Desço a escada. Subo a avenida, não percebo, nem noto se á carros vindo em minha direção, atravesso mesmo assim. Corro o risco, encaro a pista. Ninguém me vê. Ninguém.
Faço a diferença do meu jeito, devagar, porém com propósito. Planto uma árvore, colho maçãs. O fruto do bem ou do mal. A escolha é minha!

13 de fevereiro de 2011

Kari Jobe -You Are For Me

...E poderás me encontrar na esquina dos pensamentos, na estante empoeirada, ao lado dos livros de romance.
Lá você terá paz, entre o tudo. 
E entre as folhas de papel te olharei, te observarei de longe, cuidarei de ti.

12 de fevereiro de 2011

"E somos as respostas das interrogações, a soma de um código numérico infinito, levado pela escrita dos céus. Somos a casa de muita gente, repouso para o cansado, a luva que se encaixa perfeitamente com o próximo.
A aliança no dedo do noivado, a certeza e convicção do que  não se espera. A esperança viva, limpa na peito. O alicerce do existente!"

11 de fevereiro de 2011

Elis Regina - Como Nossos Pais

Flores.

Vai ver pra onde quiser, suspiros. As pétalas ainda circulam pelo chão, e a ansiedade de ter por perto seca por dentro a respiração, embargando ainda mais a voz que soou um dia. Pego meu fone, seleciono uma música predileta no celular, eu simplismente viajo. Eu quero que saiba que cresci bastante, não sou mas menino. Já sei beijar, já sei o que é o amor. Me deixa ficar novamente, pra relembrar que as pétalas são a única coisa que me restou. Pra saborear no paladar do passado, nos quadros, nos porta-retratos, ao lado da vivência.
As flores que te comprei continuam sobre a mesma mesa de antes. E olho todos os dias no calendário, e você não vem mais. Flores não duram pra sempre, água não permanece parada, evapora-se, se some. e vejo isso agora, quando acordo e não te tenho, quando desperto, logo adormeço, na esperança de um dia poder te tocar novamente, e te oferecer flores.

Paula Lima - Só tinha de ser com você.

Ondas... meu barco em alto mar, dentro do peito uma certeza, em breve vou te encontrar. 
Sozinho... temporariamente, pois tua presença me acompanha, no pensamento, no alento, na brisa do mar.
Oceano... tão imenso assim, você é pra mim, cada gota, cada metro, cada profundidade.

10 de fevereiro de 2011

Tentando falar sobre felicidade...

A felicidade é um conjunto de sentimentos mais prazerosos que existem. É um sol de demonstrações. Uma chuva de emoções. E o mais fantástico de tudo isso é que ninguém pode tampá-la com a peneira, nem ofuscá-la de nós, blindado assim de tal afeto, considero-me privilegiado, absolutamente bem servido, do tudo, de todos. E com o passar dos ventos, a mente do desprovido de felicidade não se contenta em ver ninguém feliz, e assume seu papel de medíocre, achando que jogando areia poderá enterrar tal sentimento nobre de dentro de nós. Aí levanto bem alto minhas mãos e digo: Sou bem mais que a tua inveja! E quase de apto me renovo. Renovo tudo ao meu redor, renovo cada letra, cada sílaba, cada palavra, descubro dentro de mim que sou frase, que sou livro. Sou romance a ser vivido!

Alma: Mas de onde saem os momentos de plena felicidade?


O ser responde: Eles são gerados nos momentos do esquecimento da dor, quando trancamos as lágrimas, quando colocamos as mãos nos ouvidos e não ouvimos os gritos das circunstâncias. Quando nem notamos as migalhas da indiferença. Quando encerramos o capítulo fúnebre, e sorrimos.

Alma: A felicidade já vem pronta?
O ser responde: Não, ela e formada e buscada por nós mesmos, é quando você minha alma aprende que nem tudo está perdido. Se sabe bem sabendo que as mãos aprendem a receber do que não tem mais jeito, os presentes da voz próxima, da compreensão. Temos que buscá-la, temos que agarrá-la, temos que abraçá-la, como se a casa estivesse pegando fogo, pois, ela existe, é preciosa!

Alma: Em que episódio do cotidiano ela de manifesta?
O ser responde: É preciso está atento, levantar os olhos e enxergar. É quando as mãos se unem, os lábios dos apaixonados  se tocam. Quando dividimos pão de mel, quando viramos criança, quando crescemos, quando abraçamos o próximo, quando esperamos um galera chegar, e nem se preocupamos com o horário. Quando risadas alcançam o peito do angustiado, escalando nele uma montanha de insegurança, fazemos a diferença lá. E como Picasso desenhamos formas retangulares, no coração do amigo. É como uma mãe. É como um pai. É como todo fragmento de acontecimentos que deixam aquela sensação de quero mais, sabe... Tudo isso e muito mais.


Por isso minha alma, tu és privilegiada ao extremo, e cativa-me, e excita -me em verdades. Decifrando-me em contagem regressiva, uma a uma, dizias de um vez ao pé do ouvido que anseia por tudo isso e muito mais. Enxerga em mim a real necessidade. A felicidade criada em mim é melodia fraternal, é pedaços de papel bem escrito, algodão doce do céu. O atrito dos olhares, combustível. Felicidade é o que tua personalidade pode me oferecer, é óleo sobre meu corpo. Felicidade na viagem, na ida de um lugar para outro, no desejo de alguém, da estação que se foi, nos vagões, no turbilhão de ideias para saltar de avião, quem sabe se voando alto eu esqueço de tudo, esqueço do medo, e me agarro ao feliz, ao sorriso. 
Há você novamente!

Yolanda Adams - Lets us Worship Him

9 de fevereiro de 2011

Momento íntimo

Os lábios insistem, o beijo acontece. Mesmo a boca dizendo não, o peito acelera, e busca no ar um interesse para se conectar com o apaixonado, aquela pessoa que vem embrulhada com laço. Dessa forma não há pele que resista, logo se arepia. E na mente do apaixonado uma metamorfose flui, teias são retiradas, é como se o sol do meio dia nascesse. Nesse cenário o que prevalece é a loucura total, e seja lá o que for; tudo coopera para o ingrediente do amor.
E se ama tanto pra valer, se perde no sentido do querer, o cuidado passa longe, as mãos agarram como se a vida dependece disso, como se faltace o fôledo. Lençóis se tornam armadura. O colchão o campo de batalha dos corpos que se entregam, que se unem. No céus do  quarto uma frase - "O apaixomante, o elo e a virtude, se derramam como copo cheio, água limpa, semente em terra fértil" - E as horas passam, os minutos num estalar de dedos. Os dois seres estão saciados, da paixão, do carinho. Os dois. O sono vem. Os olhos de ambos se fecham. O sonho começa novamente.

8 de fevereiro de 2011

"Eleja sobre seu carater uma história de verdades e não fábulas..."
"Reservo-me a admirar certos fatos, e quanto mais eu me admiro nessas escadas escorregadias. Noto atentamente que estou preso em uma espécie de crachá, sendo manipulado pelas mãos, ou pendurado no pescoso. Apenas uma imagem, uma figura de linguagem, no verbo prender, no sentido de não possuir vontade própria... Na verdade todos somos um crachá".

7 de fevereiro de 2011

O meu ser que clama, e precisa ser molhado por tuas lágrimas, tua saudade. E me encontrará a medida que me buscares em teus braços, no teu seio, nas tuas entranhas. No escuro do teu intimo. E colherás um punhado de sonhos adormecidos, ou esperando ser inaugurados, no tempo oportuno, em tua vida. Serei em breve, as palavras levadas pelo vento, chegarei no longe, no epsódio adormecido do ontem, correrei veloz, alcançarei teus gestos, e me enfraquecerei de mim mesmo. Longe de mim, atracado em plenos pulmões em ti.
...Sobe da terra seca um clamor, e na tradução dos ventos uma canção. Nos desenhos do vale a escrita aparece, meu ser se revela. É natural se aproximar do que não tem nada haver, da síndrome do saber, do latejante que discorda do outro, do fracasso esculpido nos traços dos argumentos improvisados, já relatados em pauta da reunião extinta, nunca aplicada.
...Torradas com café, minha vida em tuas mãos, no sentido próprio, nas convicções perdidas...

"A eternidade deveria está nos momentos felizes"

Tem dias e dias. Dias de tristeza profunda, de angustia permanente. De céus fechados.Há uma pausa.As páginas dos designíos correm. O dia Feliz chega, sem demora. Abre-se a cortina da surpresa. Abre-se os céus, a alegria penetra na veia, caímos em êxtase. Assim é o dia com as pessoas certas, com  os amigos certos, com as risadas certas. Podemos viajar 2horas, enfrentar metrô, trem, calor, a espera, busão, mas quando estamos com amigos, tudo vira um simples detalhe. Não percebemos a demora. Nem sabemos se ela existe mesmo.
Confesso: Os meus amigos são uma espécie de remédio para a minha alma, é uma dose certa de felicidade, mesmo eu estando quieto e sem palavras para me expressar, caminho observando tudo, cada gesto, cada olhada, cada garrafinha de água comprada, cada gargalhada, cada elogio, em cada foto, percebo que ganhei um pacote de presente, um presente do "momento feliz". É como se Deus me entregasse esse privilegio. Essa graça.
Então por aqui deixo um aviso aos meu amigos de plantão." Sempre vou precisar de momentos de alegria plena com vocês, e se dos meus lábios não saírem nenhuma palavra, saiba que meu coração falará por si mesmo, e gritará, eu quero ficar ao lado de vocês pra sempre."
Levo comigo como adrenalina existente, os fatos, os cliques da fotografia, os abraços, o compartilhar de lanches, os copos de refrigerante, gole após gole, e divirto-me com as frases jogadas no ar. A eternidade deveria está presente nos dias de alegria, nos momentos de constante felicidade para que a tristeza jamais chegasse com sua bagagem. Eterno no sentido do carinho compartilhado, eterno nas gargalhadas presentes nos fatos da alegria, eterno na afeição coagulante nas veias, eterno nos gritos de emoção, eterno pois não existe estresse, eterno pois amigos são os pigmentos das cores da amizade, dos aniversários.
Obrigado por tudo, meus amigos. vocês estão gravados na minha alma. No meu sorriso, na minha voz!

3 de fevereiro de 2011

"Conte-me.

Sílaba por sílaba, e frases preenchem as linhas de um destino, do copo de chá na mesa, da preocupação, do crachá no pescoço e de tantas anotações no braço, na face."

"E seremos direcionados ao querer, a vida a dois, o compartilhamento de ações que adoçam o viver.
E escreveremos cartas no outono, naquela mesma varanda, onde o amor nasceu.
Seremos um."

E seremos um.

Ninguém anda sozinho por muito tempo, não se ver, não se tem, não há. Nunca ficaremos no mesmo lugar. Sempre em constante movimento caminhamos com chinelos velhos, pois quem precisa de sapatos novos em meio ao deserto! O sol que castiga a pele não deixa a matéria parada, faz com que ela procure sombra e água fresca. O ser caminha, o coração acelera. o ser respira, as mãos soam. Os dedos doem, o remédio falta. A pele arrepia, a sensação aparece. Uma atitude liga a outra, uma decisão interfere na outra. Toca-se aqui e ouve-se lá. Uma troca de favor, uma ligação e satisfação, um encontro com o acontecer e motivação bem elaborada. Não se pode correr sozinho, que graça tem em chegar no final e não ter ninguém pra aplaudir? Essa vida é feita de encontros, de elos, de alianças construidas em tempo de guerra, de cordas bem amarradas, de correntes de aço, e punho de ferro. Se permanecermos unidos não nos quebraremos. Ficaremos posicionados no agora, e lá no futuro levantaremos fortalezas.
Ninguém monta quebra-cabeças por muito tempo, por maior que ele seja, em determinado momento terminamos de montá-lo, e se estivermos sozinho pra quem mostraremos? Não terá graça!
Hoje é o um dia de andarmos juntos, de captarmos juntos a sintonia da companhia que liga a alma, que passei na praça do contentamento. E seremos um. E seremos eu e você, amigo. Não construa pontes sem objetivos, não crie alianças se não será fiel em tempo presente. Não faça ligações se não for falar tim-tim por tim-tim. E seremos um à medida que andarmos um do lado do outro, no romance, na voz, na canção da vida. Seremos um quando enxergares a dimensão da minha fome, da minha necessidade. seremos um quando nossas mãos estiverem bem aquecidas, no jardim, nas estrelas. E com certeza seremos um, quando o teu cheiro encontrar minha fragrância, e em uma dança permanecerem ligados, durante um instante, uma noite, uma eternidade.
Unidos edificaremos altos murros, concreto de paz, blocos de esperança. Projeto escrito, nas páginas do céu, para que o dedo humano não apague. Unidos na lágrima, quando o reservatório do ser explodi, e o lenço chega a hora certa para controlar o vazamento contínuo, do sufoco.
Não precisas caminhar sozinho, não precisas carregar teus fardos sozinhos. Abraço sem ninguém do lado não é abraço, tente entender. Precisas de "mim", precisas das pessoas ao teu lado, e permanecer sozinho apenas engrossará a solidão que coroe sem reservas o molde dos teus sentimentos mais nobres, do teu sorriso.
VEM,  minha mão está estendida pra ti, há esperança. Deixa eu te mostrar a saída. ainda dá tempo!
E nunca mais andaras sozinho, contra o vento, com as ondas. Não se conquista um coração sozinho...

2 de fevereiro de 2011

Paro



enfrente a simples porta, minha mãos vão em direção a massa neta,


abro-a, ouvi atentamente que era o som de acordes de piano, que por


sinal eram belos, eu nunca tira ouvido acordes tão belos e tão


preciosos, me levavam rumo a sensação de pureza total. À medida em que


eu caminhava, em direção ao centro da sala onde estava um piano de cauda


com detalhes em ouro, meu coração pulsava, a emoção tomou conta, não


conseguia me conter, e voltava a dançar… Livremente dançar. Notas


limpas e reluzentes enchiam o ambiente.
Danço

como nunca dancei antes, é como se eu estivesse livre dos olhares, das

aflições, dos falsos elogios. Observo dentro de mim que o salão é

extenso, dá pra mim passar a noite toda em movimento, pois a melodia que

irradia é realmente incrível, nunca ouvida antes. Caio em si e vejo que

estou dentro do meu ser, naquele lugar que só nós conhecemos.
“Ao som do piano meu coração acelera, Ao som da melodia meus pés se movimentam, ao som dos acordes, eu danço…”


O incurável está perante mim, me afogo em meus oceanos,



Cativo nas lembranças não concluídas.

No escritório da mente.

Tenho que dar uma ajeitada por aqui. Estes arquivos estão fora do lugar : Levantando-se, erguendo-se, elevando-se.  Arquivos de  características do ser pequeno, do grão de mostarda, da raiz nobre. Meus arquivos  as vezes me pega em constante pensamento, em constante retrocesso ao passado, e aprendo muito com tudo que passou. utilizo meu porta-canetas, e acumulo tudo no mesmo lugar, de cores variadas, de tamanhos diferentes, e a poeira cobre tudo incomodando o nariz de gente que não tem nada haver com os fatos.
E nestes jogo de arquivos empoeirados a melhor coisa e pegar a experiência adquirida e fazer com que tudo seja proveitoso, vire papel reciclável. Vire adubo.
Mas antes, precisamos ler tudo de novo antes de jogar fora ou reaproveitar, segue abaixo um trecho:

"Diz pra mim onde foi que te perdi? Eu não sei! Fui deixando tudo pra depois, mas agora o que eu sinto é maior, é destaque, é blocos de papéis ao lado da memória. Diz pra mim, fala pra mim, teu silêncio me conrroe as pernas, e isso não me deixa em pé, sento na cadeira. Pra ver se digito um novo texto, pra ver se me recomponho por inteiro. Pra ver se vai sair ideias."

 ...e nos arquivos do "Diz pra mim" é relatado protocolos e mais protocolos, uma sequência numérica infinita de petições vãs. abra e leia por você mesmo o índice:

1.Diz pra mim, e levanto em ti.
2.Diz pra mim, e exorcizarei meus fantasmas.
3.Diz pra mim, e correrei pra teu favor.
4.Diz pra mim, e tentarei ser feliz.
5.Diz pra mim, e estarei tanto em ti, pra alicerçar em mim.
6.Diz pra mim. e não vagarei mais, serei vaso nas mãos do oleiro.
7.Diz pra mim, onde foi que te perdi.

Pelo visto neste escritório, é na sala da alma, na divisão de funções mal resolvidas. Em cima de cada mesa, acumulou-se tudo em anos, tempo inumerado.
É melhor deixar pra lá, tudo isso, tudo que vivemos e cair em mim pra vê se acordo.
Pelo que nunca terei. pelo buraco na parede do temperamento incomodado. Pelo levado com o vento. Pelo que bóia no mar. pelo que desliza no gelo do inconsciente. Pelo tragado pela fumaça da cobiça.
Já não adianta mais lutar por coisas que nunca poderiam acontecer, por amores que me levaram á um patamar de sofrimentos e ansiedades, de caixotes de madeira. Não é bem assim, serei feliz como o sol, serei refrescante como a chuva, serei saciável como a água. Mesmo conectado o programa falha, o mouse não obedece perde sua função, não temos como clicar na opção vida, aí o jeito é desligar no botão certo, e reiniciar, e podemos perder tudo que já foi salvo, arquivos e mais arquivos.
Nos arquivos do "Diz pra mim" é de se esperar muitos argumentos, e nessas pastas saturadas de sílabas o que mais impressiona é a falta de atenção, de relacionamento, de direção.
E tudo se perde, se conquista novamente, se arquiva. Não dá pra colocar tudo em ordem dá noite para o dia. Na luta, na alegria, na euforia.

1 de fevereiro de 2011

... e estarei lá...

Tire o sapato e faça silêncio...
"Respire fundo, no final do corredor olhe para a direita... estarei lá no quarto, no cheiro do cobertor, no suor dos leiçóis, na tua cabeça, fixado em tua Vida...
Você me levará consigo, não tem como apagar, já foi escrito no capítulo passado, porém se faz presente no roteiro do hoje, do instante, do que já aconteceu...
E estarei lá."