29 de janeiro de 2013

Minuciosamente...





















Uma ressonância de sentimentos que aos poucos foi se diluindo com a água e açúcar de um copo em cima da mesa, que outrora foi dividido o pouco de carinho presenciado e apresentado na proposta de ser ter pra sempre a presença um do outro. Não foi isso que aconteceu. A mística do encantamento de se ter um ao outro foi se acabando minuciosamente, é coisa que a gente não percebe.
A pele esfria, a textura do toque dos dedos não se arrisca, tornando-se um descascar de tinta envelhecida de paredes que presenciaram os nossos afetos mais íntimos, observação que a escuridão do quarto guarda a sete chaves. Sabemos até que ponto é vivência arriscada ou é pura vontade de não emprestar o lençol.




27 de janeiro de 2013

Paternidade da melodia




















Meu despertar adorava o encontro de tua melodia.
Eu adorava como sagrado a tua canção matinal, eu escolhia de dentro de mim esse entusiasmo paterno.




24 de janeiro de 2013

Enlaces vindouros

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É inseparável tua distinção involuntária, e no envolvimento que castigo lentamente em meu vazio, acabo influenciando as ações que conjuguei no passado, porém não as vejo mais.
Pulo sem paraquedas.
Cavo profundamente.
Levo comigo todo o oxigênio possível.
E notei, que não conseguirei barrar essa vontade indomável de está presente eu teu porta-retratos particular, na memória predestinada do nosso encontro, do banco da praça, no olho no olho da intensão infame. E era nesse encontro de envolvidos que no final do horizonte pronunciei tua escolha, o verbo exato, a chave do peito aberto.
E descobrimos a incandescência de teu prazer bem vivido, dos enlaces vindouros e da permanência tênue de se está com a pessoa certa em tempo errado, de se escrever cartas apaixonantes e de analisar os atos ofuscantes, de se ter a taça sem ao menos provar do vinho.


17 de janeiro de 2013

Fragmentos do querer



























Caminhos, quero todos!
Entusiasmo, força particular
Diretriz, meus trilhos arrogantes
Prometer, ser como a água
Fluir, sobre tuas curvas
Pensar, Dimensão do existir
Derrubar, os meus pesos pessoais dos ombros
Meu mal, nossa pior face
Nosso bem, meu pedaço de algodão diário.
 


15 de janeiro de 2013

Códigos de um útero decifrável



























Não se sabia porque se tinha tanto que buscar, o que se tinha de fato que engolir as sílabas, empurrando-as garganta a dentro e nem o porque de se fazer isso. Olhar os códigos, um do lado do outro, porém, não dizer absolutamente nada. O que se tinha em vista era o diagnosticável e nas mão um pedaço de prece negada que pelo egoísmo não foi endereçada a conexão que busca algo, que busca atrás do vidro de uma garrafa o chamamento das gotas serenas de uma chuva, uma conversa alheia entre o peito nu e o céus. 
O chamamento é um segredo misterioso, uma capa que recebemos sobre si em tempo selado, uma resposta adequada e enfurecida com o fumo usado na angustiante e clandestina predestinação que me acolhia. Não dizer absolutamente nada me causará um sufocamento nunca vivido em mim. O que costumo captar é as formas dos olhares, do alargamento dos lábios, da coceira na face e do sentir do abraço. Confundo-me constantemente com os códigos que eu mesmo criei e o que me ajuda de vez em quando é o meu medo curioso de está arriscando e perdendo-se à medida que as ciladas me envolvem - enrijeço-me.
A resposta que tenho hoje é branda e madura o suficiente para para calar-te por inteiro, meu neurótico anelo, profundo em mim insiste em ser algema nossa, um enlace do útero com o prazer dos códigos decifrados. Faço-me de minhas fontes uma ingenuidade só, me debruço nos corrimões de tua paciência revelada e não me me preocupo, pois sei que estais ali. Refugio-me em teus processos de transformação e tudo o que eu quero é um repouso em tua espera anônima e castigada. Não são as escolhas dos códigos que me previnem e sim os teus questionamentos amadurecidos sobre a mesa de minha temperança rustica e apodrecida na fama de uma conversa contida e espalhada pelos sopros de tua vontade de está longe o bastante de meus suspiros, das graças, dos encantos que resolvestes escrever no término do decifrável dos códigos que eu mesmo permiti que os codificasses em prazer na taça de vinho tinto. 





11 de janeiro de 2013

Caos matutino


























E mais uma vez me encontro, estou perdendo-me em palavras e em cada verbo que pronuncio uma certeza que devo acreditar na tão sonhadora esperança, e maravilhosamente percebo a vivência de tudo isso, de cada lugar a mesa, de cada garfada, de cada traição.
 E isso tudo coopera para que eu durma de olhos bem abertos, para que ao mesmo tempo que  mergulhe em sono profundo, também seja eu capaz de me defender no desperta repentino de cada dia e não seja surpreendido com o caos de tua fala.