31 de agosto de 2010

Alegrai-vos! - Livro de Rafah - Cap. 12

1. Alegrai-vos sempre, pois sobe um renovo sobre tuas mãos,
e os sussurros dos acontecimentos medem tua trajetória.
2. Alegrai-vos quando tudo parecer contrario, e a dor tentar roubar teu sorriso,
permaneça de pé, ruja velozmente e ponha teus inimigos pra correr.
3. Alegrai-vos se não tiveres o pão sobre a tua mesa, saberás então a importância de dar graças sempre,
e que no dia mal terás em dobro.
4. Alegrai-vos, pois as lágrimas que descem dos teus olhos são águas que regam o interior seco,
e saberás que terra molhada é sinal de vida.
5. Alegrai-vos, mais uma vez digo a todos ... Alegrai-vos.
6. Alegrai-vos pois dos céus descerá chuva, a temporã e a serôdia
7. Alegrai-vos, a viúva se alegrará, dançará como a virgem e a mãe de filhos.
8. Alegrai-vos, os teus ossos se fortificaram, ficaras de pé, a coragem é o teu manto
9. Alegrai-vos sempre... sem cessar, sem cessar!
Todos vós que sois de espírito nobre.
10. Alegrai-vos a cada novo dia, a cada dia de trevas, a cada dia de vergonha
11. Alegrai-vos, por que a mão estendida se faz presente, pois sobejará o azeite,
a medida transbordante viverá em tua casa.
12. Alegrai-vos, papai vem te buscar... repousarás em braços quentes
13. Alegrai-vos, haverá um dia que acordarás em casa, perceberá que não haverá dor, nem angustia
14. Alegrai-vos, vós que sois órfãos, tua redenção nascerá com triunfo, ao som de trovões, o relâmpago será tua espada.
15. Alegrai-vos mesmo sem razão, mesmo sem ter motivos aparentes, mesmo que o vento tenha levado a tua habitação
mesmo que tenhas perdido teu filho... Alegrai-vos.


16. Alegrai-vos... em paz!
pois os céus se alegram ao teu favor...



30 de agosto de 2010

-Sintomas.

O incurável está perante mim, me afogo em meus oceanos

Cativo nas lembranças não concluídas

Fragmentos do medo se estilhaçam em meio ao caminho

se eu pisar vou me cortar, machucar o único membro que me põe em pé...



Cego, a luz não chegou em meu quarto escuro

grades me deixam dividido por dentro, não consigo esticar meus braços

O refrigério está na última página do livro, mas ainda estou no índice.

estou julgando o livro pela capa!

28 de agosto de 2010

Árvore.

Andando pela rua observei, que uma árvore estava prestes a perder todas as suas folhas, era uma árvore grande de uma sombra incrível.
O vento forte contribuía com sua perda de folhas, mesmo assim continuei meu caminho. 
Com o passar dos dias ,passei novamente enfrente a majestosa e magnífica árvore.
Ela tinha perdido seu encanto. Ela tinha perdido sua incrível sombra.
Ninguém olhava com brilho nos olhos para aquela grandiosa árvore.
Então, pensei logo, apesar das rajadas de vento,as grandes tempestades e chuva,as podas de seus galhos e uma série de acontecimentos naturais, sem falar as pouquíssimas folhas.
Ela permanece intacta e inabalável.
Assim somos nós, raizados no solo da atitude, recebendo ventos do medo, perdendo as folhas dos sonhos,recebendo os raios de sol da esperança.
Sendo regado pelas chuvas das adversidades.
Nos tornamos inabaláveis ,convicto que a próxima estação virá e com ela o repouso, a recompensa, a primavera.
 Nós percebemos então que as folhas começam a crescer novamente e que tudo foi apenas um momento. E continuaremos firmes e ofereceremos nossa sombra ao cansado.




Lembre-se: Você é assim.

27 de agosto de 2010

Pedaços de mim...




Sons, gestos, abraços.
Sussurros que invadem a alma, tudo ocorreu em uma noite, em um sonho ou em uma partícula do ontem.
Expectativas, sua voz faz bater veloz o coração,
Por que? Como? Respostas?
Não sei, apenas sei que estou sintonizado... Uma parte do meu Eu está em ti,
estou preso o bastante...
Não quero fugir!

25 de agosto de 2010

Uma dica:

 
Nada como um amanhecer pra trazer novidades e expectativas positivas em um novo dia que acaba de se iniciar.
Que hoje esse amanhecer traga abundância de alegria, que seus fardos fiquem pra trás com a noite fria que se foi, que lembranças sem reflexo e flash sem luz fiquem longe dos seu pensamentos.
 À medida em que você prossiga neste dia, teu ser consiga desfrutá-lo de forma plena.
Torço pra que você também se apaixone pelo belo, pelas coisas insignificantes, pois essas pequenas partículas de existência fazem toda diferença na história do nosso minuto presente. Sendo assim,


Se apaixone pela pergunta, ela trará respostas.
Se apaixone pela covardia, ela trará coragem pra enfrentar,
se apaixone pelo incerto, ele trará algo novo e inesperado.
Se apaixone pela boa companhia, ela com certeza trará uma boa Amizade...que consequentemente poderá despertar uma paixão...

Minha dica pra hoje é:
“Se Apaixone !”

24 de agosto de 2010

O amor sela.
O amor une.
O amor deixa claro quem manda.
O amor é puríssimo em sua essência.
O amor não é contaminável por ciúmes.
O amor não despreza o próximo.
O amor não é carcereiro de prisão.
O amor é extremamente humilde e simples como um amanhecer que se levanta sem pedir licença...

Por isso, quero um amor pra vida toda!

A origem do começo.

A Origem do começo, uma realidade que castiga.
O inocente em minha presença, não sou nada, apenas grito: redime a minh'alma!”



        Tenho você em meus sonhos. Sua personalidade habita lá, nas tardes de Verão, brincávamos como crianças em um campo coberto pelo trigal, seu sorriso continua sendo o mais bonito, reflete luz, a segurança é ponte entre eu e você. Entre gargalhadas e corre-corre, meu pesadelos extinguiram-se do presente, deixando em paz minha alma, meu ser, minha vida. Percebi que estou sendo refém da paixão incontrolável e do amor incondicional, apesar dos obstáculos a nossa frente, e de muros altíssimos entre nós, olhando a frente eles não existem mais, são fragmentos do passado sem paz, que foram jogados e expulsos dos meus Sonhos.
___Estou com Você! - Exclamou a presença inocente.
___Acredito fielmente em Ti - respondi rapidamente. - surpreendentemente a presença respondeu:
___Eu sempre te amarei, nosso elo já estava previsto nos pergaminhos da eternidade insondável. Naquele momento meus olhos de encheram de oceanos, lágrimas, águas salgadas. Pedi para que a presença relatasse a mim sobre o passado, sobre a história da sustentação dos céus. Ela prosseguiu:


     No inicio. Na presença do Espírito Imortal que veste-se de Linho fino. No berço da Eternidade foi gerado um ser perfeito, naquele exato momento os céus presenciaram a Luz, glória pura.( Pedi para que ela prosseguisse) Nem que se juntasse milhares de estrelas solares, se compararia ao fulgor do nascimento da criança, do inocente. Sua Mãe era a “Origem do Começo” e seu Pai era o “Eterno Infinito”. Aquele nascimento alegrou o céus de tal madeira que as lágrimas que caiam da face tornaram-se cristais nos lençóis negros do Universo. Seres angelicais, escreveram uma melodia em partituras sublimes, cujo o arranjo era magnifico, uma obra prima, uma sinfonia jamais criada e inesquecível. Notas de puro ouro, douradas ao extremo fluíam em direção ao quarto da recém -nascido. O Sistema Solar escondeu-se do brilho da criança. O Eterno alegrou-se de tal modo que o chamou de “A Essência da Glória, Minha destra!”
Os anciãos que habitam no Infinito da extensão da magnitude do começo, lançavam suas coroas diante do berço, diante do inocente, pois aquele que acabara de nascer era digno de receber toda honra, toda glória pelos Séculos dos Séculos. Com o passar das Eternidades, a criança cresceu, se fortificou no poder, seu nome era conhecido em todo o território do invisível. Todos tinham que o respeitar de forma soberana, Ele é o Príncipe dos Céus Eternais, e a esperança da Glória para os homens.”



     Naquele momento percebi que a presença tinha compartilhado segredos escondidos. Mas por que a mim foi revelado tais segredos? Por que eu tinha que saber sobre o infinito? A presença apertou minha mão e apenas me disse:
__Tu mereces saber, és escolhido!
     Cai em choro pois o inocente estava a minha frente, estava em minha mente, estava em meus sonhos. A presença que brincava comigo pelos campos de trigais, fez eu ver quem eu era. Eu não era um grão de areia na praia da existência, eu era a razão pela qual a existência existe. Tinha uma identidade: O meu Eu, tinha uma essência: a sensibilidade, Tinha uma doença: o mortal. A presença avisou-me que eu sou da linhagem do castigo, da decisão do casal do jardim, sou o fruto que eles comeram, sou a resposta que penetrou no coração deles. Sou um homem, que apenas leva consigo o desejo, o prazer, os frutos da carne.
     Encontro-me diante do inocente, meu egoísmo perdeu lugar, cedeu na presença da verdade, não sou nada, sou erva do campo, sou capim parado na estrada, sou o Joio. Sendo assim, apenas grito:

___Redime a minh'alma!



23 de agosto de 2010

Ame...

Ame cada dia mais.
Ame ao levantar.
Ame ao deitar.
Simplesmente ame.
 Ame incansavelmente.
Ame ligeiramente.
Ame fortemente.
Ame, por favor!
Por gentileza ame,
Por compaixão ame,
Com um abraço ame!
Puramente ame,
Sem restrições ame.
Incondicionalmente ame.
Com falhas ame.
Timidamente ame,
Triunfantemente ame!
Ame beijando.
Ame sorrindo.
De uma piscada e ame.
Ame sem frustrações.
Ame adequadamente,
Aliás, ame!
Sem dúvidas ame!
Etc. Etc. Etc...
Agora sei que o amor é um vício, sem cura... Uffa! Ainda Bem... rsrsr

21 de agosto de 2010

Mente !

Cada pedaço do meu ser foi martirizado por minha consciência, apesar de minha relutância comigo mesmo, estou humanamente só, sem graça, com mordaça.



A briga constante com minhas decisões me deixa muito debilitado, sem ação, em prisão.



A fuga seria a saída, a depressão seria esconderijo, me esconder debaixo de vários cobertores, talvez ofuscasse a culpa que dilacera minha mente e causa uma dor cortante.



A cama temporariamente nutriria minha preguiça momentânea, deixando meu eu sem opção para escapar da martirizante decisão futura:



-Agora você tem que ir - Eu não tenho que ir pra lugar algum - Vai você!



-Me deixa em paz - Não deixo, vou te perturbar - Eu não te aguento mais - Vou ficar ao seu lado mais um pouco.



-Vou sumir... Vou me esconder... Vou para a sala de porta azul... Lá eu tenho paz.



-Quando você sair de lá, eu vou te seguir, talvez as situações piorem ou quem sabe, eu te afogue no mar das precipitações passageiras, a tua dor permanecerá, o ódio crescerá... darei risada de Ti perpétuamente...



-Cala a boca! - voz da noite, voz sem destino, não permanecerei assim pra sempre, serei amigo do sol e as trevas jamais virão me abraçar.



-Cala a boca! - Víbora! – Voz traiçoeira do jardim, estais condenada... E Eu estou livre!



********



Corro então rumo a sala de porta azul... Estou ouvindo os acordes... Meus pés dançam ...



Se precisarem de alguma coisa estarei lá,
me esperem sairei de da sala em breve...

20 de agosto de 2010

O JardiM...


...Estou em um jardim. Prefiro chama-lo de “Jardim da Inocência”, é meu lugar secreto. Escondo-me do mundo e corro pra lá, meu lugar perfeito. Meu lugar aconchegante. Meu lugar de céu puríssimo.

As flores são infinitas e os campos belos no seu resplendor. O Sol é eterno, há uma grande árvore no centro do jardim, sua sombra é majestosa e sublime, todos os visitantes á elogiam por ceder gratuitamente bons frutos. Quem prova dos seus frutos, jamais esquece do ocorrido. Por que isso ocorre – perguntei ao guardião do jardim. Ele me respondeu soberbamente: - Uma vez que ingerido o fruto, ele gera a verdade. Logo á diante fui perceber que o fruto gerava no individuo a real necessidade de arrependimento. Descobrir então que estava diante da árvore do arrependimento. Sendo assim, uma vez que era gerado arrependimento os habitantes do jardim não precisariam permanecer lá e simplesmente deixavam de existir.
O jardim da inocência era o tipo de lugar que ninguém gostaria de ir embora. Lá, não á Limites de tempo, o relógio da preocupação nunca foi fixado na parede que cerca o jardim. O guardião era uma especie de presença. Ele refletia luz. Ele refletia sabedoria. Falava com muita exatidão em suas palavras. Não havia falhas nele, olhar para o seu rosto era praticamente impossível, pois, a verdade era o seu manto, de linho fino era confeccionada sua roupa e não havia marca de costura. Definitivamente eu não conseguia olhar para o seu rosto.
Amo me esconder no jardim. Fico pensando na vida. Fico admirando o horizonte, na realidade não quero sair. Não provei ainda do fruto da grande árvore. Estou preço neste lugar perfeito. Os dias não passam. Ainda não conheço tudo o jardim, parece ser muito grande, quanto mais caminho mais cansados permanecem os meus pés. Agora que percebi que estou sozinho! O silêncio me cerca por trás e por diante, o guardião não está mais presente. Percebi atentamente que meu amor não estava no jardim, estou sentindo-me sozinho aqui. Cadê meu amor? Onde foi que o perdi? Onde o guarde? Ele partiu? As lembranças machucam meu peito, provocando angustia e dor, sei agora que a saudade é álcool sobre ferida, é corte inesperado, é uma pancada na cabeça. Machuca muito!
Vem pra mim, venha com carinho e saberás que te amo incansavelmente, saberás que meu colo é quente, que meu abraço é suave, que minhas palavras são doces. Venha me visitar no jardim, á espaço de sobra, sobre a sombra da árvore. Ficaremos unidos pra sempre ali. Fixados. Raizados. Te abraçarei tanto que me perderei em Ti, eternamente será nosso momento no jardim...

Continuará!









_________________Apenas tenho um pedido, uma prece...
Me perdoe... 
Eu tentei!_________________________

19 de agosto de 2010

Ouvi...

Ouvi dizer...

Ouvi dizer,que o mundo pode acabar
Ouvi dizer,que talvez eu não chegue aos 100 anos


Ouvi dizer,é melhor plantar uma árvore do que destruí-la
Ouvi dizer,que temos que amar o nosso próximo


Ouvi dizer,que quanto mais se ganha, mais se quer ter
Ouvi dizer,que não devemos matar


Ouvi dizer,que o temor é o princípio da sabedoria
Ouvi dizer,que quando se guarda mágoa, faz doido o coração


Ouvi dizer,que nem sempre o feliz ganha a corrida
Ouvi dizer, que a excelência do triunfo nos coloca no pódio


Ouvi dizer,que estender a mão ao próximo é gratificante
Ouvi dizer,que no país dos fracos o que desenvolve o exercício da superação vence

Ouvi dizer,que quando plantamos uma rosa no interior de uma pessoa. Ela corre o risco de se machucar com os espinhos
Ouvi dizer,que a melhor forma de superar limites é amando. Pois sem amor eu nada seria...Ouvi dizer...

18 de agosto de 2010

 
Inaugure um novo tempo / inaugure espectativas/ inaugure uma personalidade marcante/ inaugure uma escada rumo ao alvo pretendido/ inaugure um afeto/ inaugure um abraço/ inaugure um gesto inesperado/ inaugure um beijo/ inaugure um novo projeto/ inaugure o que não aconteceu/ inaugure a capacidade de amar/ inaugure férias para os pensamentos/ inaugure um “Spa“ para o seu estresse/ inaugure um mergulho profundo/ inaugure o fim da tristeza derramada em lágrimas/ inaugure um abismo para o fracasso/ inaugure a praia do descanso/ inaugure as algemas para a preguiça/ inaugure o sorriso marcante/ inaugure a casa das realizações/ inaugure a temporada da “mão estendida”/ inaugure uma prisão para os sentimentos ruins/ inaugure a espada da esperança/ inaugure sempre um recomeço/ inaugure a simplicidade/ No entanto, aprendemos que  arrepender-se de erros passados, gera em nós nobreza o suficiente, característica essa que nos diferencia dos insensatos... Hoje inaugure acontecimentos!

17 de agosto de 2010

"Ande com o frustrado e jamais realizará seu sonhos,
                               Ande com o egoísta e jamais repartirá o pão da  generosidade,
Ande com o aprisionado e jamais conseguirá quebrar suas algemas,
                                                 Ande com as Sombras e jamais descobrirá os raios de Luz,

Ande com o triunfo e jamais perderá suas batalhas..."






___Jenuíno!

16 de agosto de 2010

Serei.


Serei manto sobre ti/ serei sua água/ serei suas lágrimas/ serei teu sol / serei teu caminho/ serei teu espinho / serei pétalas de flores / serei as batidas do teu coração/ serei sua prece/ serei teu destino/ serei o pão em tua mesa/ estarei tanto em ti, que encontrarei -me em você sempre.../

Serei o sorriso em tua face / serei a chuva sobre ti/ serei teu calor/ estarei em sua respiração/ serei tua direção certa / estarei na frase “ Eu te amo” que sairá de teus lábios...

Saudades.


Olho para o meu interior e vejo você. Sua imagem está fixada em mim. Anexada de tal forma ao meu lado que reflete carinho concentrado. Pego-me distraído pensando na possibilidade de te encontrar. Poderia ser mais fácil, mas não é. Vejo seu rosto refletido sobre as águas, vejo você em forma de palavras descritas em papel. Admito que sem você meu mundo ficará vazio. Perco-me no cenário de hoje. Perco-me nos dias revelados no calendário. O itinerário da minha vida mudou, pois você chegou na hora certa. Sem falar, que nosso elo está firmando dia após dia. 
O teu abraço deve ser quente, ainda não o senti, o seu olhar deve ser o mais penetrante, pois arrepio-me por dentro, quando falas no meu ouvido tenho a sensação que o instante se paralisou. Sua presença deve ser excelente, pois a vilã distancia insiste em nos deixar longe um do outro, ela insiste em nos deixar ansiosos ao extremo, de  forma plena nos prende em sentimentos demonstrados em gestos. Chego a seguinte conclusão:



...Se tu és sol, então aqueça-me,
se tu és luz, ilumina-me,
se tu és ternura, olhe pra mim e sorria,
se é presença, abraça-me. E certamente me esconderei em Ti...









Pensamentos...


________“Considero-me um oceano, poderás mergulhar para descobrir as profundezas do meu ser... Em algum lugar acharás uma ostra e contida nela, uma pérola...
 Minha personalidade!”__________


Apenas meu gosto...



Pão com margarina,
jornal na mesa, meu Eu sozinho,
um lugar sem ninguém!

Leite com chocolate,
biscoito de maisena,
só minha presença, com frio, com calor,
sem medo e pavor!


Gosto do meu jeito bagunçado de ser/ gosto de abrir a janela pela manhã e ver a diferença do ontem pra hoje/ gosto do meu Allstar/ gosto de está/ gosto da minha calça jeans/ dos meus cds/ dos meu livros na estante/ do meu quarto/ do celular/ das mensagens instantâneas/ do mimo/ do carinho/ as vezes da solidão/ da multidão/ gosto do cantar/ gosto da melodia/ gosto do Violino/ das notas fusas/ do repertório/ da graça/ do barulhos da crianças brincando na rua/ gosto dos acenos de mãos simples/ sempre foi assim/ completamente tomado pelo gosto/ pelo diferente/ pelo feio/ pelo belo/

Pra cada gosto uma atitude/ uma bala perdida/ um coração alcançado/ marcado/ dilacerado/ gosto do envelhecido/ gosto do vinho/ do pão/ da união/ gosto da estampa/ da tranca/ gosto da Gabriela/ gosto do cravo e da canela/ gosto da amizade verdadeira/ do sorriso companheiro/ na face/ gosto da mão no ombro/ gosto da luz de vela/ gosto do jantar à dois/ gosto do olhar penetrante/ misterioso/ cativante/ surpreendente/ gosto da surpresa divertida/ das brincadeiras/ das conversas/ das distrações/ das gargalhadas/ dos verões/ das estações/ do copo de refrigerante/ do açaí/ gosto da vontade/ de nadar/ dos gritos da galera/ das viagens intermináveis/ do sono/ do descanso/

Gosto, gosto, apenas gosto . Não sei se irá agradar a todos. Só sei, que o gosto é meu e de mais ninguém!


__Jenuíno!

13 de agosto de 2010

Agora tenho a plena certeza que sou o sabor em teus lábios.
A cobertura da sobremesa que teu querer saboreia, um compasso de colher, após colher, o teu desejo me consome.
Bem estar deveria ser o seu nome, completamente derretido, na língua, no extremo da alma, na divisa entre querer e estar.
Sem par, mas com impar, absolutamente com rima, na vontade no canto da boca.

11 de agosto de 2010

Um som - A porta Azul - Eu danço.




Ao som do piano meu coração acelera, Ao som da melodia meus pés se movimentam, ao som dos acordes, eu danço...





Danço como nunca dancei antes, é como se eu estivesse livre dos olhares, das aflições, dos falsos elogios. Observo dentro de mim que o salão é extenso, dá pra mim passar a noite toda em movimento, pois a melodia que irradia é realmente incrível, nunca ouvida antes. Caio em si e vejo que estou dentro do meu ser, naquele lugar que só nós conhecemos. Nitidamente a luz encontra seu alvo, fui direcionado há um lugar dentro de mim, vi setas me guiando até o final do corredor das emoções, logo após desci a escada da renuncia, na primeira porta a esquerda de cor Azul está meu esconderijo, notei que de lá que vinham as notas musicais que faziam meus pés se movimentarem. Queria sair daquele lugar, mas não podia, havia um propósito em tudo aquilo, naquele acontecimento. Meus pés não me obedeciam, lutavam contra mim, estavam tomados pela força da canção inaudita que vinha da porta de cor azul, da alma.
*****
Paro enfrente a simples porta, minhas mãos vão em direção a massa neta, abro-a, ouvi atentamente que era o som de acordes de piano, que por sinal eram belos, eu nunca tira ouvido acordes tão belos e tão preciosos, me levavam rumo a sensação de pureza total. À medida em que eu caminhava, em direção ao centro da sala onde estava um piano de cauda com detalhes em ouro, meu coração pulsava, a emoção tomou conta, não conseguia me conter, e voltava a dançar... Livremente dançar. Notas limpas e reluzentes enchiam o ambiente.

*****
De repente ouve uma pausa, meus pés pararam, a dança foi extinta por minutos. Vi que atrás do piano havia um ser, um velhinho, de cabelos e barbas brancas. Era Ele quem tocava dignamente o piano, com o controle de minhas pernas, eu caminhei para perto do Ancião. Havia um partitura. Não sabia se olhava para a partitura ou para o semblante amável do velhinho, que sorria pra mim de forma angelical, a calma transcendia dele e dominava meu interior, meu próprio ser. Por um instante olhei para a partitura, notas musicas estavam coloridas com tinta dourada, uma preciosidade, não me foi revelado quem foi o compositor da bela obra, só sei que, de forma honrosa foi escrita. Estava anestesiado. Voltei os meu olhos para o velhinho cheio de vigor, e de estrutura nobre, notei que ele estava vestindo com um terno de Linho Fino, de branco branquíssimo, sem costura. Sem me dar satisfação voltou a tocar. Meus pés continuaram a dançar a canção, no ritmo da Liberdade. Dessa vez ele tocava sem parar, toques delicados faziam com que minha alma esquecesse o mundo lá fora. Deixando - me liberto de minhas mazelas interiores e mágoas do passado, o perdão pairava sobre nós, e eu dançava... Dançava...
*****
Eu dancei, alegremente dancei a valsa da aurora. Quando fui ver, me perdi em mim mesmo, em minha lembranças, em meus anseios, nos meus romances já vividos. Percebi então que nada se comparava a melodia incessante que tocava o Ancião de barba branca e de sorriso sublime. Ao som da canção, eu perdi o controle, cai no chão, o som do piano mudou de tonalidade, os dedos corriam em cima das teclas de forma veloz. O choro tomou conta de minha face, de meus pequenos olhos, gota após gota caía sobre o chão duro do meu interior, naquele exato momento eu era a criança, o inocente ser pequeno que estava experimentando o livre arbítrio, meu interior reconheceu na hora, meu choro, minha perdas. Ao som das notas veloz eu estava sendo redimido, estava sendo mudado por completo. Então novamente chorei... Como um desgraçado, me arrependi, ali não existia mais o meu querer, o meu Eu estava submisso a vontade da melodia nobre, o ritmo purificava meu interior, neutralizava minha trevas, meu rumores de guerras. Não existia horas, nem mudança de tempo, tudo ocorreu no espaço entre a divisão da alma e do espírito.
*****
Levantei do chão aliviado, quando percebi, não existia mais lágrimas em meu olhar, pois o Ansião tinha enxugado dos meu olhos todas as lágrimas. Sorri. Caí em um sono profundo. Quando acordei, já não existia a sala de porta azul, o som do piano havia se silenciado, meus pés imóveis já não dançavam mais, os acordes já extintos pelo som turbulento da vida, das circunstâncias. Estava no mundo real, no meu quarto, paralisado em minha cadeira de rodas... Quem sabe um dia volto a dançar sobre a planície da Eternidade, ao som do Piano eu dance novamente...

10 de agosto de 2010

Quando...

Quando o pulsar do coração toma conta da vontade.

Quando a palavra “Adeus”é mencionada, fazendo com que os olhos liberem o nobre líquido chamado lágrima.
Quando o nome da pessoa amada faz com que você perca a direção.
Quando um bilhete deixado na cama é sua única prova, e a lembrança é o amigo do presente.


Você pode ter certeza:


É hora de esquecer, se vestir da experiência amarga e seguir enfrente, pois a vida sempre nos reserva uma grande surpresa...

Diálogo – O Beijo

-Posso te dizer uma coisa?

-Claro que pode... (risos)

-Quando toco suas mãos, minhas pernas tremem e palavras me faltam...

-Você sente tudo isso quando está perto de mim?

-Sinto! Não consigo me controlar.

-Então não se controle...

-O que vai fazer?

-Feche os olhos...

-O calor dos meus lábios se encontra ao seu...


(Não sei se permaneceremos unidos pra sempre, só sei que não depende só de mim!



Não é?)

7 de agosto de 2010

O Talvez - A Mão - A Ilusão



Talvez eu coloque tudo no lugar e sopre para que o pó saia completamente, deixando tudo limpo, um verdadeiro espelho, novinho, novinho. Com o passar do tempo o relógio continua a dar passos lentos, impedindo que o tempo ande, permanecendo intacto, paralisado pelas atitudes errada, tola e inesperada, criando um ambiente de impaciência que incomoda a mão que escreve...A mão precisa de silêncio para se concentrar. O sofá já virou esconderijo. É caverna. Poderia ser eterno, mas não é.




Talvez a obrigação fosse encorajamento, mas já fugiu faz tempo, se perdeu no meio do caminho, do instinto. O copo de suco deveria ser a saída para a sede – já a boca decide pela água, pela sensação incondicional do primeiro gole. A caixa de chocolate se resume em pequenas embalagens amassadas pela mão, pelo desejo, que são reféns do passado, do estado. Está no ser compartilhado, no fruto paradisíaco, da voz enfeitiçada, de essência doce, prazerosa.


Talvez eu coloque a fatia do pão no prato, seria meu corpo fatiado, compartilhado entre si, ingerido pela vontade de se alimentar, ficando pra traz as migalhas. Restos de incentivos, momentos dilacerados pelos dentes, logo após esquecido pela arrogância predestinada em fatos. A mão vive de ilusão. A Coitada pensa que pode mandar nas pessoas! Ela não manda em nada... Nunca mandou. A mão tem que ser mais humilde para alcançar seus objetivos, subindo degrau após degrau, chegando então ao êxito.


-O que ficou?


- A mão presente na mesa, no presente - A mão é a vilã da história, do ocorrido. Talvez ela pare talvez não, ela é rebelde, compulsiva, pega o que não deve. A mão sempre foi rejeitada, deixada no escuro, sozinha tenta se levantar,dedo após dedo, está debilitada, sem direção. A ilusão é o escudo para que ela continue inspirada elaborando frases, escrevendo sem parar, canalizada dia-a-dia verbalmente, como uma bala perdida, sem foco, sem alvo pretendido.


Talvez a mão será heroína, talvez não, talvez escale prédios e chegue ao topo. Ilusão com suas frases, talvez tenha razão ,seja café quente ou não. Mas ela insiste, pois as portas ainda continuam abertas.

4 de agosto de 2010

O período eterno se faz presente, em meu espaço, em minha mente, em seu ser. Não consigo despertar do sono, que é presenciável, que é amável, que é ligeiramente correto. Declaro da seguinte forma:

... Meu amor por ti é vela acessa em noite sem luz, é multiplicável ao ponto de a pele se arrepiar. É velocidade em ladeira, sem freios, sem paradas. Sou seu porta-sentimento, pois já que estamos unidos, compartilhamos alegrias, lágrimas e ações. Sou objeto que apóia as mãos. Tuas Mãos.
Meu amor por ti não é castigo é mandamento, é legado. É atitude baseada em fatos, em ocorrências, em definições esclarecidas na alva, em manhã de sol ardente, em fazenda distante, no interior, na divisão da alma. Nas emoções...
 O remédio para a cura imediata é lenda, nunca explorada. É verso inspirado e escrito à beira do rio da consciência.
O período eterno, um dia passa, e com ele a saudade. Deixando marcas, cicatrizes no espaço da alma. No vazio. Mas já tinha de ter passado, já tinha de ter caído no esquecimento, uma vez que já passou.
A Coisa complicada! A Coisa do avesso! A Coisa incerta! Um dia o nosso amor será esclarecido. Talvez os ventos levem nosso aroma a terras do oriente, na parte sul da compreensão. Já que meu amor por ti é travesseiro em cama quente, que se levantará de seu repouso, levantará seus braços...
Despertará brevemente...

3 de agosto de 2010

A vela - meu Eu.


Em cima da mesa, descansa uma simples vela. Magrela ela espera sua chama incessante, mesmo pequena possui em si mesma poder de aprisionar as trevas ao redor, iluminado a mão que escreve, que insiste em escrever coisas da vida, da existência passageira que pune a alma arrojada, calibrada pelo ânimo acelerado. Causando um tremor no vale da sobrevivência.



Descubro então, que meu interior é a vela, a vela acesa, que derrete aos poucos, pela dor, pela raiva, pela indiferença. Sou a vela que rompe com a escuridão. A vela sincera. Pequena vela fina. Simples. Vela branca sem malícia, sem razão em determinados momentos para permanecer acesa.


-Como posso permanecer com minha luz acesa, se o sopro dos lábios anseia em apagá-la?


-Apagar quem?


-A humilde chama incandescente é amiga?


A chama que iluminou muita coisa, hoje já não existe, apagada pela força do sopro e muitas vezes pela frieza da porta aberta. A vela que um dia ficou acesa, espera ansiosamente pelo amanhecer, que ilumina a mesa, que traz a alegria e o sorriso na face. Quem sabe, a mão continua a escrever novamente sua trajetória. Quem sabe, ela conclui a frase, o instante da vida, a vela.







2 de agosto de 2010

Liberta-me!


Tranquilidade,
sons energizantes.
Aprendendo
a ser manso, humilde de coração.
Entregando
as cargas, os fardos,
as
águas quietas são mais tranquilas, acalmam o meu espírito com seu
cantar.”




       Ao som do
mar, ondas batendo sobre as rochas. Um detalhe, a praia está vazia,
sem ninguém, nenhuma alma presente, apenas a minha, o meu Eu. O
cinza colore ao redor, as gaivotas voam, à procura de alimento, não
encontram, desaparecem. Agora apenas Eu e o som das ondas, O Artesão
do céus olha pra mim, observa-me, de seu esconderijo de Luz,
chama-me, estou em sintonia com ele, conectado, ligado plenamente.
Uma corrente de amizade, de dias, de anos, de eternidade. À única
força que tem poder de levantar-me, de quebrar minhas algemas,
preencher vazios, neutralizar o escuro, vem Dele. Está Nele.


      Gestos,
preces, orações, porções de fé, fortificante, fonte de energia para a caminhada, na praia, no solitário,
eleva-me. Subo às montanhas, como pássaro livre, como águia,
forte, destemido. Vejo de lá de cima, olho a praia, as ondas, ouço
os sons energizantes, meu Eu está lá, aprendendo, alimentando-se do
escondido, do secreto, do sagrado. O Artesão dos céus. Decidi.
Determina em seu coração, abraçar-me com paz, com alivio,generosidade.
Salvando-me das trevas, do escuro, do vulto. Fardos levados pelas
águas, cargas retiradas, das minhas costas, dos meu ombros, dos meus
pés, do meu ser.
       Liberta-me,
liberta-me, liberta-me, vem sobre mim. Sempre tão manso, humilde,
amoroso! Essa é a declaração da minh'alma, sabendo eu que minha
vida pertence a Ti, de forma plena, de Corpo e Alma. Estou na Praia, na decisão, na ligação,
estou em mim...
       Liberta-me!