27 de maio de 2011

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| Ligeiro |
rápido no que diz respeito ao toque.
Imaginável,
Onde os pensamentos não tem limites, onde o peito fala por si só.
Voz,
brisa e fôlego: mistura de pó do Eterno com a presença já vivida.
Altura,
crescente no monte da solidez do afeto.
Saudoso,
longe das mãos, longe de tudo, longe do tangível.
Acariciar,
saber a temperatura da pele, do rosto sereno.
Sugar,
com canudo o refrigerante da tua felicidade gaseificado na garrafa da tua vida.
Luz,
sem fragmentos de trevas, apenas os farelos da eternidade.
Presença,
carinho constante que envolve o bem amado e a insubstituível nobreza que abraçar, de cheirar e grudar pra sempre ao lado do ser amado.

26 de maio de 2011

E são esses dias que me acordam  pelas manhãs, e os gritos do peito agitam-me de tal modo que acredito estar vivo por alguma razão.


 E esse desprendimento de ações divulgam em mim uma reflexão já vivida em outro pesadelos, em outros abraços.


Na imensidão de gotas, o meu copo é salvação, o meu copo é absolutamente necessário!

25 de maio de 2011

...Foram todos estes fatos que me somaram por completo,
foi essa razão tola que me deportou para o sozinho...

24 de maio de 2011

...Ultimamente não tenho muitas declarações, nem amores para compartilhar, posso confessar ao sagrado que essa paz interior que sinto hoje é liturgia passiva no que diz respeito ao meu pulsar, a minha brisa suave.

Confesso que ando com vontade de dançar uma música nova, porém tem um grande detalhe notório – dançar sozinho não dá. Não sentir teu corpo quente e suado é amargo demasiadamente! Tenho pensado de forma penosa a teu respeito, meu encanto, minha respiração. E no trajeto da memória eu não te encontro devidamente com eu queria que estivesse comigo, pois uma vez era o ar fresco em minhas paredes, em minhas veias.

Hoje o espaço em branco, a rachadura.

Tu estavas revelada como figura, uma espécie de comida caseira sob o qual eu me nutria, e essa veneração que me possuía nutria de certa urgência a vontade de te tragar absolutamente. E dava-me a sensação de saciedade predestinada. Já pensei em tom de loucura como tê-la em meus braços de contínuo, como voto, como doce, como água na boca. Pressionei a garganta e extrai o suco de tuas delícias. A ligeira e veloz “apegozidade” as coisas boas da vida me direcionaram a tua virgem aparência. Eu só sei dizer palavras que atropelam a visão no sentido que se tem é porque as lágrimas já banharam aos montes os vales e as diretrizes da vida a dois, de um único sentimento da saudade inferna, do amor mumificado. O pó. Essa é a razão da paz que sinto incondicionalmente, o rio tranqüilo eleva-me significada mente, é por isso que continuo no caminho reto, no caminho. E tudo isso é como ultimamente.
E dentro desse recipiente habitava a vontade de te experimentar, tê-la no gosto, na língua. Experimentar o que ainda é um desperdício, eu imagino que ainda terei de levar a boca a tal das colheradas, saber diferenciar o salgado, o azedo, a tua presença, essa náusea toda – Ela me causava o mal.
E por me perder em tempestades, e sentir a real necessidade de um dia ter que correr atrás do passado angustiante, eu não tinha opção, eu com minhas mãos só me restou o partir do pão – Mas como despedaçar um pão duro? Um pão envelhecido?
Cabe a eu descobrir essa atormentante resposta, esse sacrifício. É sacrifício, pois se perde constantemente, é sacrifício, pois é lamento em cemitério, é sacrifício, pois o peito foi cenário do rasgado, juntamente com a língua, com a vivência.

21 de maio de 2011

...em muitos e longos traços a vaidade é alongada, não digo plenamente em questão da fantasia, expressamente afasto com minhas fábulas a demora prevista em dizeres cansativos que me trazem a memória uma lembrança boa, uma gota capaz de matar a sede.
Busco-me em mim mesmo e não entendo o porque de tanta coisa guardada, de tantos móveis empoeirados, de tanta roupa suja. Admiro-me por idiotice, sou eu mesmo que bagunço tudo...

15 de maio de 2011

Veio sobre mim um elogio arrebatador, de carisma ímpar, um refúgio transparente ao olhos teus.
Como não caio em qualquer ladainha, eu absorvo a sinceridade por menor que la venha ser, e acredito no sorriso.
Eu precisava naquele instante demais de mim, a ficha tinha que cair; que pela primeira vez o coração do menino estava alegre de fato, aproximadamente no ocorrido, o elogio.

O elogio veio como carta endereçada ao meu olhar, como rugido de leão, como comportamento acelerado, então o menino que de fato era gritou: Seja Bem-vindo! - O Elogio assentou-se no sofá, na lareira do aconhego, onde tudo era muito quente, muito feliz... e de fato pela primeira vez era.

10 de maio de 2011

Chris Tomlin - I Will Follow

...E olhar, a diante, e ler o que cada frase quer dizer.



...De vez e nunca os olhares falam comigo, e são textos enormes, muitos relatos expressados em olhadas vivas e embriagadas pelas minhas. Muitas vezes perco-me em esgotamentos por não atender a compreensão dos olhares.
O medo grita no olhar.
A fala se some diante da multidão.

Ruas...




...Queria andar em rua vazia,


                                rua deserta,
                       há ruas que quero pra mim,
                             coisa de gente egoísta, sabe...
E foram submersos em reprovações inéditas, o peito quase não agüentou – dessa vez quase foi “pro brejo”.
"Já do outro lado não caminharás nem por motivo de força maior, caso for preso em grilhões não me pesa ajuda, não estarei presente, não serei mais a chave – coisa que nunca fui."

Sabes...
que se esconderes o medo em algum buraco ele não ficará preso por muito tempo.
Minuciosamente corroerá todas as tuas idéias,
teu único fôlego,
tua
única
 rua.


...E em solo de gigantes qualquer objeto vira esconderijo para se avistar o monumento.

5 de maio de 2011

Pontos certos...

É preciso colocar pontos finais em verbos nunca conjugados, e por mais que essa divagação me retenha eu grito, dou pulos, e tento me jogar em

alto mar longe daquilo que já se foi. coloco meus pontos finais em meus amores passados em histórias nunca vivênciada.
Acorda! acordo sim, do terrível sono da depressão que me persegue há alguns anos, fujo de tudo, fujo dos retalhos...
Depressa não tenho rapidez, se desfaleço é onde me encontro, no meu leito, na zona norte...
Adimiro meus pontos. Mesmo que ele sejam colocados contra a minha vontade - Eu nem sei porque eles estão lá. E eu lá sei?
O sufocante ponto é um dilema para minhas conficções, é estadia para pensamentos vãos, coisa de gente que quer um monte de coisas e acaba caindo em frustações, acaba caindo em incêndios. O amigo do ponto é obscuro, é lento, já atribui isso ao excesso de bagagem em minhas mãos, e colocando a culpa um poucos nos fulanos eu consigo justificar um pouco da minha louca e confusa confusão mental e ao mesmo tempo letal para o meu peito.
Já tive pontos, porém faço questão de deixa-los no bolso da calça, já preparados pra hora certa colocá-los na ponta da língua alheia, da língua que porfere palavras venenosas. Pontos no cordão umbilical da alma. Pontos no ligeiro e contante pulsar das veias. Pontos em todos os sentidos, onde julgo ser necessários.
E é pra lá que vou, rumo ao caderno, a arrumação involuntária dos laços de família, do que já aconteceu e já não me serve mais. Ah! passado idiota te darei uma rasteira em breve, um tiro certeiro, irei no teu velório!
Com escapatória dirijo meu carro imaginário, onde alugo meus freios, onde escondo as curvas, de lá tenho visão do mundo a volta, veloz e mediocre. Quer ser feliz? Ponha pontos nos lugares certos. Pontos nas vidas certas, pontos nas atitudes curtas e invioláveis, pontos no liso,no mácio.
Há momentos que colocamos reticências no final de promessas nunca cumpridas proferidas da boca pra fora e nos orgulhamos de tal prodigío. Na verdade devemos aprender com os pontos...os pontos.
Os pontos acabam com um mundo de frases como estas, é enchente em vales esquecidos, é criança com fome, é sussuro maldito, é reza contrária. Pontos acabam com assuntos cansativos, quando o outro esquece que bom censo é fundamental, e quando é bom calar a boca de vez em quando.
Pontos... Pontos e mais pontos, tenho uma caixa de pontos esperando serem inaugurados.

4 de maio de 2011

Cavei minha sepultura,
Crucifiquei o meu passado,
Cuspi na minha hipocrisia,
Não vejo mais nada, apenas terra sobre mim...

3 de maio de 2011

Grampola...

Já existente, já corrente, és rio
No balbuciar de charadas, teu sorriso encanta, é simplesmente mágico
não tenho diretrises corretas, tenho funtamentos, teses próprias em forma de embalagens de balas
na tua dança menina, no loiro dos teus cabelos vejo uma saída, uma respiração
Na tua esquina uma espera, uma mochila, um palpitar
Na escala de dó, perco-me em teus tons, teus picicatos
Menina em teus seios encontro repouso, encontro com o sol, vejo a lua
Em tuas curvas a vontade de tê-la, de afogá-la, de posui-la, violar o teu sagrado!
Menina grampola, menina sufocante...

Stacey Kent - « Les eaux de mars » + / - sous-titres

2 de maio de 2011

Já tínhamos tudo em comum, e acreditávamos que opostos não se atraíam até que a chuva trouxe-me até você.
E por ser tudo tão comum, eu me distrai com o medo e escapei de tuas mãos de tua fragrância...
Esqueceram-se os lábios de te avisar que

sou

extremamente



 incomum!
No escuro seu brilho não existia, sua perna mancava sem igual. Atribuíram a ele uma forma cômica do medo, como se tal título pudesse fazê-lo rir de si mesmo. O ser preso em escuridão dizia a seu peito: Procuro e não me encontro, sou poça e logo evaporo...

Na realidade eu não sei se ali batia um coração por mais humano que aquele ser parecesse, ele era o medo. Caminhava pra lá e pra cá nas densas trevas, sem paz procurava um alvo – um coração para aliviá-lo do nada, da ruína.

De certa forma, esse seria seu passaporte.