30 de setembro de 2011

Control yourself.


Por: Dan Novachi




'Take only what you need from them'.






Que a gente quer ser sempre o melhor da gente, o melhor do que nossas mãos poderiam um dia fazer. Nos alongarmos mais do que os braços e pontas das unhas permitem-se: crescer, crescerrrrr! Então você se alonga e estrala todo - advertências corporais. O mesmo da personalidade, do coração que adoece e entristece, do cérebro que 'incha' e nem sabe mais para que direção comandar o corpo. Enchemo-nos de teorias e arbitrariedades para poder afirmar positivamente 'Tenho noção do próximo passo a ser dado', mas esticar a perna, AH, você nunca estica.


Sempre critiquei os que nunca pensavam sobre, e que apenas respiravam. Está certo que eles sempre machucam os outros, de modos parvos, mas olhe só: também machuco. E machuco-me, o que na meu egoísmo vital dói demais. Pois que fechei os olhos e me arremessei, estou na vida desde então, fazendo o máximo do que jamais poderia. Sendo-me, ainda que impossibilitado por mim mesmo o tempo todo. AH, a ficção. Pois que 'ficcionamo-nos' até o desconhecimento.


Ainda não devo fechar meu livro, terminarei-o no meu para sempre. Apenas quando ele chegar e quando eu não mais esperar por 'minha própria vinda'. Quando for possível tornar-me eu que não seja outro, mas o mim mesmo.




BRAINSTORM, so I'm so sorry.







29 de setembro de 2011

Vai passar

Por : Caio F. Abreu


 Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloquentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicídio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituímos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.
Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente - e não importa - essa coisa que chamarás com cuidado, de "uma ausência". E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.
Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.
Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa.
Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim:
- ... mastiga a ameixa frouxa. Mastiga , mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca ...

26 de setembro de 2011

tempos...

É um tempo de alegrias incríveis, de sopros envolventes. 

São acontecimentos duradouros, coisas que antigamente não se via. 

Um ensinamento sagrado, um bem maior, coisa que o sentimento aprecia claramente em devoção, em banho quente.

É um tempo de leitura, pois ler as tuas estações é benefício específico. 

Contágio.

 O levantar das mãos é inevitável, leremos juntos, todos juntos essa nova canção que o céu escreve, sempre escreveu pra gente...

Melodiar... sem restrições, Melodiar pessoalmente a ti.


Obrigado, meu Papai do céu...
Muito Obrigado.






A gente sempre escreve nas nuvens, no peito, na alma, no coração...



Voltar para as flores

Por : Carla Reichert

Me visto dos vestidos de flores
espadrilles e pulseiras prateadas.

Anéis que brilham
colares de vidro.

Brincos como Nefertite
me cerco de modices.

Passo como rastro e me encaixo
no lugar de origem.

Blush só para corar
pele dourada e macia ao luar.

Água fria da montanha faz bem,
já sinto até saudades daquele "meu bem".

Tive medo do passeio na cachoeira,
no meio do mato me senti bem.

Quem sabe moro lá um dia,
como a boba que nem sabe que já foi hippie.

Calça jeans rasgada não me diz muita coisa,
talvez que não seja "tapada".

Pego minha bolsa de pano e meu chinelo havaiano...
Compro velas cheiro de canela.

Enfeito a sala, com cortinas transparentes,
uma cadeira no canto, dessas de balanço.

Abro bem a janela e deixo entrar o cheiro da primavera.
Até os tempos mudaram, o inverno não quer deixar o planeta.

O que nos espera no amanhã, só nos resta nem pensar.
Só desejar acordar.

Pego as crianças pela mão, passeio de bicicleta no domingão,
ainda prefiro do que ver um tal de faustão...

Ah canais que me matam, o mundo não deveria ter tv.
Deveriamos assistir a vida, a natureza, plantar, colher e sorrir.

Seres emburrados jazem sentados em seus sofás...
esperando passar um tempo...que eles pensam aproveitar.

Mal sabem que aproveitam-se deles, de sua atenção
e a mania de injetar em suas veias a felicidades...

Acho que hoje ela vem em comprimidos,
mas metade da humanidade, já se dá conta disso.

Estamos querendo amar, voltar para um lugar onde crianças,
brincavam e sorriam rolando pela grama...

Hoje ela sorriem em frente a uma tela de computador,
conversando com quem nem sabem.

Queria ter um botão,
um botão para retornar...

O mundo tão grande que pertencemos
e ficamos tão fechados nos mesmo lugar...

Na busca, em busca...de que mesmo será?



23 de setembro de 2011

THE X FACTOR 2011 - Melanie Amaro - Audition 1

Balada dos garotos afogados.


Algumas vezes eles se afogam sim, e é incrível como jamais conseguem voltar. O beijo sufocante da morte os leva, as pálpebras cerradas, e a dor continua restante. Muita dor. Isto é injusto, deveria ser acordado, anteriormente ao trato, que quando não mais vivessem a dor deveria cessar, proporcionalmente aos batimentos. Seria o mesmo acordo da rosa em botão que leva consigo o perfume.

Mas estes garotos continuam flutuantes - o coração de suas mães transborda e seus pais perdem o prumo. A dor continuará; é nauseante, é nauseante. Afogaram-se, mágoa, dor. Como os garotos sofreram, como! Tudo continua escuro, como um barco na ressaca, sem rumo em uma noite escura. Isto é errado. Os garotos deveriam descansar.

Ainda não se sabe muito bem e nem nunca se saberá; são esperanças eternas, cortadas na raiz, de maneira silenciosa...

Não há som, não há ar, nem há luz. Não existirá o amanhã, apenas a balada dos garotos afogados, flutuantes...

Deus os salve.

God save them.





"Porque a força de dentro é maior. Maior que todos os ventos contrários."


[Caio F.]



Agora sei que terei sorte no amor.




Pois que a freira estava com os dedos todos envoltos em esparadrapo, ao que me confidenciou: fruto de uma suposta alergia nos ossos. - ‘Pois você consegue acreditar que o médico ainda queria operar-me os olhos com catarata?! Ainda mais com esta alergia. ’ – e eu que fiquei sem entender a relação entre uma coisa e outra, os ossos e os olhos. E ela que quase não me enxergava. Era a irmã Lorença - ‘poucas têm esse nome’, demonstrando- se - me única. E eu que há alguns minutos lia 'O Príncipe', de Maquiavel, dedicado a Lorenzzo. Fiz questão de lhe contar a coincidência!
Lorença dedicara toda a sua vida ao convento, desde os 19. Foram 67 anos, de modo que agora possuía 86, derrubando óculos e botões no chão – era a alergia que afetava os dedos. E falava tão baixinho que eu sempre precisava tirar a alma do corpo para poder ouvi-la. A minha vontade de ‘puxar conversa’ concretizara-se justamente quando ela derrubou a lente de um óculos antigo (suponho que fosse desastrada além do problema nos ossos)... Conversa vai, conversa vem, estávamos em uma rodoviária e eu me preparava para o feriado e a volta ao lar, cansado que estava da cidade grande e das mazelas do mundo. Ela, toda indignada, além dos disparates do médico, que queria operar-lhe, desacreditava de uma informação sobre os ônibus que certa atendente lhe dera: - ‘Pois você acredita que ela disse não haver vagas nos ônibus até o dia 18? Isso nunca aconteceu, esses ônibus foram sempre vazios, jamais se encheriam do nada!’. Estive incerto novamente sobre o tempo em que ela não utilizava daqueles ônibus. Viera do Espírito Santo (uma coincidência metafórica) e fora viver em Santa Catarina, ‘uma viagem que durou 11 dias’. Entendi como uma procissão.
Disse-lhe que eu procurava acreditar nas pessoas e não questioná-las muito, assim como não questionamos o Deus. Ela parou, pensativa: - ‘cada um do seu modo!’. Contou-me então de um fato que considerava estranho: sua vontade de nunca casar. Nunca quis casar aos 19, gostava dos rapazes, mas nunca quis casar, então quis ser freira. Houve um rapaz: ‘porque naquele tempo as coisas eram diferentes, ele ter falado com meu pai já era meio caminho andado’; ‘eu não poderia dizer não, se ele quisesse, que fosse lá em casa, mas eu não queria conversar, ficava mesmo era jogando baralho com meus irmãos mais velhos!’. Lorença partiu o coração do moço e foi embora de casa. Passaram-se 67 anos desde então.
A idade em que ela não quis casar e coincidentemente (novamente) a minha própria idade, onde procuro um amor. Confidenciei-lhe, inclusive minha desesperança, de nunca encontrar alguém; de querer ter filhos; ter casa; casar aos 30; amar e amar e amar. Ela achou bonito: ‘cada um do seu modo!’. Perguntou meu nome: ‘Vou rezar, eu sempre rezo, é minha obrigação!’. Logo em seguida disse que me esqueceria o nome: ‘mas só de olhar sua feição, sim, me lembrarei do seu rosto e o Pai, sim, o Pai saberá, e eu sei que dará tudo certo!’. Então agora eu sei que terei sorte no amor!
Vou rezar também por ela! Ainda que não por costume ou obrigação, vou rezar para que sua ‘alergia nos ossos' sare e para que ela encontre médicos ‘mais sensatos’ (veja só!); também para que seja muito feliz, e para que não se esqueça de pedir por mim e por meu amor, que não sei onde está. Mas eu sei que ela vai se lembrar de mim: olhou fundo nos meus olhos, ainda que pouco enxergasse. 




domingo, 24 de julho de 2011

22 de setembro de 2011


...É espantoso é admirável enxergar a verdade nos furos de tuas mãos... 
e receber a vida da morte revogada.




Aprendi uma lição...




Não  toque se você não terá coragem de cultivar. 
Não corte se você não terá o curativo.
Não pise se você está descalço.

[ Não temos o direito de profanar "o sagrado" de ninguém! ]








Obs.: Desculpe-me, eu quebrei as regras...

19 de setembro de 2011

Andei lendo...






"Um mestre da mística mulçulmana disse:

__Teu Espírito se misturou ao meu, como o vinho se uniu com a água. Por este Espírito, quando uma coisa te toca, me toca a mim também. Tu és eu em tudo. E basta de separação."



Trecho do livro: A águia e a galinha - uma metáfora da condição humana.
Leonardo Boff | Ed. Vozes 2a Edição 1997



Imagem: Flickr.com

16 de setembro de 2011

Plumb - "Drifting" Lyric Video


Eu tinha restritamente em mim um copo de suco doce. 
Derramei-o em mim mesmo. 


Semana de Publicidade na PUC - SP

 
 
 
 
Fundada em
2000
Localização
Descrição
Realizada desde 2000 pela AgênciaPUC Comunicação junto com a PUC-SP, a Semana de Publicidade da PUC-SP é um evento gratuito e aberto a todos os estudantes e ao público em geral que se interesse pela área de Publicidade e Propaganda. Todo ano, profissionais renomados e experientes do setor compartilham suas experiências com o público, promovendo um debate saudável e que melhora o conhecimento de todos sobre um mercado tão amplo e concorrido como o mercado publicitário.
Informação Geral
Caso tenha dúvidas sobre o evento, entre em contato conosco por esta página ou pelos seguintes meios:

No Twitter: @semanapp e @agenciapuc
No Facebook: facebook.com/polvilhopolvo (Perfil da mascote da Semana) e facebook.com/agenciapuc

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12ª Semana de Publicidade da PUC-SP
De 19 a 23 de setembro de 2011
Auditório 333 - 3º andar do Edifício Reitor Bandeira de Mello no Campus Monte Alegre da PUC-SP.
Endereço: Rua Monte Alegre, 984, Perdizes - São Paulo-SP
Entrada gratuita.

(Haverá distribuição de certificados para aqueles que participarem de, pelo menos, 75% das palestras. Os certificados valem como horas complementares)
Ver mais
E-mail
semanapp.pucsp@gmail.com




De um sopro de fantasia era algo que meu espírito ansiava inesgotavelmente, estava cansado de tanto diálogo insosso sem proveito nenhum. Os meus ouvidos precisavam ouvir uma nova canção, um canto sagrado, que me motivasse. Colocando-me de pé.
Eu tinha restritamente em mim esse copo de suco doce, que para o sedento é o paraíso inatingível em doses eternas.
Fugir nem sempre é necessário. Coloco-me em dia com café quente sem deixar a prosa protestante me engolir, diverte-me.
A minha mente nem sempre tem noção das coisas, principalmente do maléfico. Esse veneno tenta trazer uma doença mortal ao meu espírito, luto sem reservas diariamente contra o mortal. Quero viver pra sempre.
Já disse aos céus: Quero viver pra sempre! É essencial pra mim, como a pressa de apagar o fogo de uma casa. Ardendo-me em chamas. Descubro que essa novela não terá um fim apreciado pelo público, e nem quero. A minha vida comum diz respeito a mim, e acabo caindo em mascaras, fantasias desnecessárias que não me farão deixar de crer nos céus. Escondo-me.
Revista-me de sonhos. De uma inocência genuína, algo inesperado. Peço-te que sopres em mim a fantasia de uma criança, das brincadeiras, dos sorrisos de verão.



 Imagem : Flickr.com









Belo recado: eu sou refém das palavras, das poesias, dos cânticos de livramento.
Ganhastes minha atenção com um verbo...
“Unir-se-á”






O realce da pintura, uma janela para algo longínquo, de se perder de vista.
Não tinha reparado nos teus rios, e as correntes límpidas são a tua agitação.
Uma coisa pede sem restrições: Quero o teu beijo, o adocicado é melhor que a respiração!
Reservo-me em compreender o teu ser essa correnteza plena, força incomum que castiga minha vontade, minha essência. Dirijo-me a tua imagem inaudita. Consagro-me.
Já não tenho a penumbra das colisões, das pinceladas arrogantes, poderio instigante me sufoca. O teu rosto me eleva. Eu tenho salvação?


Um Sopro de Vida - Clarice Lispector

15 de setembro de 2011



...Pra que falar, se hoje tenho certeza?
Sou a sinceridade, o gosto de mel do teu doce veneno, um vento impetuoso.





12 de setembro de 2011

"As aspas deveriam te cobrir em noite fria, meu acompanhameto deveria ser necessário sobre teu peito..."

8 de setembro de 2011

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[...] A infinita vontade dos capítulos escritos no por mim, são reflexões de paixões influenciadas, coisas que só o platônico pode explicar.
Consigo exatamente eliminar as provas que corrigiram, notas em vermelho, que me julgam ser menos inteligente. Hoje prefiro borrar a folha em branco, escrever agressivamente em folha A4 meus piores gritos. 
Dessa vez me liberto de meus medos primogênitos de uma vez por todas.
Respirarei fundo sem intenção  de me afogar, minha âncora já está em terra, minha respiração se desgasta, se dilui.
A infinita vontade dos capítulos já escritos me fazem caminhar por ruas estreitas, ruas parecidas, pra me dizer que tenho que viver mais um pouco, que devo desenhar mais uma vez a paisagem cubo-futurista que sem significado esbanja um excesso de cor, e isso não prende minha atenção. O capítulo já apresentado é ilustrado por pessoas, e quase todas estão em transe, manequins supostamente feitos para distração agressiva, prefiro não continuar olhando para eles. Eles não são vivos...


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Vontades...


...Vontade de ser eu e você, nós dois.
Vontade de sentir eu e você, cumplicidade apaixonante.
Vontade de nascer eu e você, balbucios de uma canção qualquer.
Vontade de dançar eu e você, os pés nos direcionam ao ritmo certo.
Vontade de beijar eu e você, os lábios são atraídos por uma força incomum, privilegiada.
Vontade de casar com você, seria uma eternidade de envolvimentos. 
Seria um tom, uma semifusa na aceleração da alma, uma sinfonia tocada pra sempre! 


6 de setembro de 2011

Acordes... sonoros para os que buscam repouso, abstratos para quem quer ver para crê. 
A sala está intacta, o coração também!
A riqueza não importa -  O material é consumido pelo tempo...
O que construimos interiormente é o que importa, seja uma direção boa, como o caos. O que vai responder ao questionamentos é o teu olhar, ele fala muito.
Lamento pelo que ocorreu a algum tempo atrás no alto da colina da aventura, eu estava fora de mim, eu não te queria. 
Eu queria uma pausa em minha partitura pessoal, meus olhos precisavam de uma bússola, de uma vitrola para tocar meus discos empoeirados pelas paralisia permanente e cativa.
Eu usei você. Eu suguei você!
Naquele momento que aparentemente se realizou, eu fiz o ponteiro do relógio parar - eu tinha esse poder.
Não percebestes?
Eu ia te matar aos poucos, com meus gritos, com o meu sufocamento. Com o meu poder eu ia te apertar até o último suspirar de vida que lhe restava.

Um sufocamento. Uma bala perdida. A mentira.

Eu direcionei meus atributos para o meu jeito negativo, minha patrulha discaradamente na cara limpa que a princípio era o prato que a tua boca cuspiu. Saliva venenosa.
...Engraçada e ao mesmo tempo ingrata, minha caixa de recordações, esse vamos vê no que vai dar, e indecisões que sufocam o sorriso espontâneo. Hoje a tarde me deparei com uma vontade, uma vontade desumana, algo crucial do querer e o realizar. O aliás poderia ser uma condição aceitável, porém, a brisa executou esse papel, essa tinta que mancha. O vazio silencioso pretendia ser preenchido até a boca pelos acordes. Por que dizia a lenda que tocarias para mim todas as tardes de Outono, e que o fascínio seria discreto, transparente como a água, e vc seria um riacho sobre mim...

5 de setembro de 2011



Na ponta de uma caneta, em um arquivo de pendrive, em um esconderijo de letras.
Um labirinto se erguia, da maneira, do exagero, do tudo ou nada.
Na tecla do teclado, ou no abraço amigável, na latinha de ervilha, uma queimadura de panela.
No frio la fora, as colheres que lambuzam a face, no brigadeiro caseiro, no doce mais doce,

Eu tinha você... eu tinha exatamente VC...




PS22 Chorus "ROLLING IN THE DEEP" Adele

2 de setembro de 2011

foi...



Eu soprava em teu pescoço o sopro da vida, me perdia em tuas raízes sempre que precisava. Tentava pegar em minha caneca todas as gotas de chuva que fossem possíveis, tanto o meu agonizante censo de altivez, como minha humilde bobagem cauterizaram em mim o sufocamento da razão. Então, o jeito era cavar minha própria cova - e assim o fiz.

Eu abraçava teu corpo por uma razão - tê-la no peito, tê-la em meu calor, no cheiro.
Podíamos recolher todas as sensações, as eloquências, as reviravoltas. Mas, de nada adiantaria...

O que sempre resta é o "Ontem" e o que "Já se foi".