2 de fevereiro de 2011

No escritório da mente.

Tenho que dar uma ajeitada por aqui. Estes arquivos estão fora do lugar : Levantando-se, erguendo-se, elevando-se.  Arquivos de  características do ser pequeno, do grão de mostarda, da raiz nobre. Meus arquivos  as vezes me pega em constante pensamento, em constante retrocesso ao passado, e aprendo muito com tudo que passou. utilizo meu porta-canetas, e acumulo tudo no mesmo lugar, de cores variadas, de tamanhos diferentes, e a poeira cobre tudo incomodando o nariz de gente que não tem nada haver com os fatos.
E nestes jogo de arquivos empoeirados a melhor coisa e pegar a experiência adquirida e fazer com que tudo seja proveitoso, vire papel reciclável. Vire adubo.
Mas antes, precisamos ler tudo de novo antes de jogar fora ou reaproveitar, segue abaixo um trecho:

"Diz pra mim onde foi que te perdi? Eu não sei! Fui deixando tudo pra depois, mas agora o que eu sinto é maior, é destaque, é blocos de papéis ao lado da memória. Diz pra mim, fala pra mim, teu silêncio me conrroe as pernas, e isso não me deixa em pé, sento na cadeira. Pra ver se digito um novo texto, pra ver se me recomponho por inteiro. Pra ver se vai sair ideias."

 ...e nos arquivos do "Diz pra mim" é relatado protocolos e mais protocolos, uma sequência numérica infinita de petições vãs. abra e leia por você mesmo o índice:

1.Diz pra mim, e levanto em ti.
2.Diz pra mim, e exorcizarei meus fantasmas.
3.Diz pra mim, e correrei pra teu favor.
4.Diz pra mim, e tentarei ser feliz.
5.Diz pra mim, e estarei tanto em ti, pra alicerçar em mim.
6.Diz pra mim. e não vagarei mais, serei vaso nas mãos do oleiro.
7.Diz pra mim, onde foi que te perdi.

Pelo visto neste escritório, é na sala da alma, na divisão de funções mal resolvidas. Em cima de cada mesa, acumulou-se tudo em anos, tempo inumerado.
É melhor deixar pra lá, tudo isso, tudo que vivemos e cair em mim pra vê se acordo.
Pelo que nunca terei. pelo buraco na parede do temperamento incomodado. Pelo levado com o vento. Pelo que bóia no mar. pelo que desliza no gelo do inconsciente. Pelo tragado pela fumaça da cobiça.
Já não adianta mais lutar por coisas que nunca poderiam acontecer, por amores que me levaram á um patamar de sofrimentos e ansiedades, de caixotes de madeira. Não é bem assim, serei feliz como o sol, serei refrescante como a chuva, serei saciável como a água. Mesmo conectado o programa falha, o mouse não obedece perde sua função, não temos como clicar na opção vida, aí o jeito é desligar no botão certo, e reiniciar, e podemos perder tudo que já foi salvo, arquivos e mais arquivos.
Nos arquivos do "Diz pra mim" é de se esperar muitos argumentos, e nessas pastas saturadas de sílabas o que mais impressiona é a falta de atenção, de relacionamento, de direção.
E tudo se perde, se conquista novamente, se arquiva. Não dá pra colocar tudo em ordem dá noite para o dia. Na luta, na alegria, na euforia.

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