19 de janeiro de 2011

Um pouco sobre a solidão

Já tenho tudo guardado no meu ser, na história, no compasso aleatório que não me deixa parado por um minuto. Sabendo disso ligo minha câmera e começo a gravar o hoje em minha memória de longo prazo para que no futuro eu venha me lembrar da tua face, do mesmo sorriso que perdeu em algemas a minha atenção. Pego-me distraído com dor no peito, com uma saudade danada de te ter por perto e caminho no vale da decisão, entre querer compartilhar uma vida ou renunciá-la como se não houvesse amanhã. Neste fantástico ritmo sem pausa minha vida se vai, em completa sede do ainda não provei.
É um turbilhão de cenas e ações que não me deixam em paz, que não me deixam tomar um decisão convicta, eu então me aproximo do talvez e com ele piso no terreno da insegurança que me deixa cair em trevas, em um lugar onde só tenho tua imagem isolada de tudo e de todos. As vezes penso que estou ficando louco, porém firmo meus pés no chão sem chinelos e sinto que o frio é uma opção que me deixa lúcido. 
Já não possuo vontade própria. É corte, é veneno, é tudo em folhas de sulfite, apenas grafite.

3 comentários:

  1. É incrivel o poder das palavras, como elas podem nos alegrar e como podem nos entristecer, fazer pensar e esse teu post post me fez refletir sobre aquilo que realmente importa, aquilo ou quem amamos é o que importa, na luz ou an escuridão, belíssimo post . :D

    Viste-nos tbm . :}

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  2. Essa imagem que fica eternizada - que é perpétua na lembrança mas que nos foge das mãos, por bem ou por mal - é talvez uma das partes mais dolorosas da vida.

    Um beijo

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  3. Belo texto, você conseguiu transmitir emoção nele.

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E essa passagem te eternizará...