6 de abril de 2011

Margathmah.

O cordão não quebra, a ruína aparentemente acelera, ela não possui forças, a mente estufa, ideias caem ao chão. Por um momento assim, o nada ganha vida, a poeira se modifica, com sentido agonizante se prepara para o ataque, a luz ofuscada debilitadamente se esconde trás da vidraça, do lustre de "Margathmah".
A jovem Margathmah é o resultado do julgamento alheio, do beijo perdido, do perdão guardado na caixa de ferramentas. Margathmah é a descida da Rua 22, de um desleixo intrigante entre o manifesto do "possuir" e o "Jenuinamente", e nesse combate de palavras a confusão está armada, como tenda, como enxurrada, corrente fortíssima, o laço.
Ela expôs tudo de si, seu arrotos, seus arrepios.
Margathmah, uma expressão fora de foco, um borrão, o grafite do lápis, uma tenaz. Tudo que ela faz é a vontade de sumir ganhar vida. Ela era uma construção de colunas de paradiguimas, do contrário, do exposto, do livramento. Longe de uma realidade apagada pelo suor da lida, do corte da cana de açúcar, das queimadas, tudo que ela tocava queimava.

Ela era o oposto do sono tranquilo.
O calabolço recém inaugurado.
A pedra certeira.
Uma floresta se erguia dentro do seu ser, mistériosa fundia realidade com ficção, seu rosto era a escrita, suas mãos a destruição!
[Ela era o meu veneno...]

"Jenuinamente" Margathmah!

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