2 de abril de 2011

Buscamos pelo novo. Buscamos pela necessidade aparente além da visão, exaltivamente buscamos palitos de dentes. Sujos, porém necessários.



O vivo é buscado pelo morto, a angustia é buscada pelo de coração nobre. Entusiasmado com o excesso de água no copo ele derrama tudo. Quem derrama? – A busca.


E a mão não freia, estupidamente aconselha, distrai com a chave na maçaneta, com o buraco na porta.


[...] Na verdade a vida busca sem razão de se buscar, se corre atrás do vento, procurando ansiosamente o “por que” e na seqüência, permanece o pó do giz escrito na lousa do cotidiano rotineiro, daí a vida se trava e de longe vaga pela trajetória, pela utopia da busca.


A busca é vaidade, um excesso de beleza impar, um relato no hoje que futuramente trará a ruga da borracha, e o extinto do vira-lata.


O que a busca realmente precisa é o encontro, é o suprimento de sua carência, o preenchimento dos focos, dos orifícios da atenção. O buscar por algo que realmente não encontramos gera frustração, pois é incerto no ponto de vista de não poder experimentar o realizável. E não se tem noção nenhuma de qual chão pisar.


Então a busca se deita, em sua rede, em casa do tédio. E espera, e cai no sono. Buscando o nada, a fatia de pão que não está na mesa.

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