20 de agosto de 2010

O JardiM...


...Estou em um jardim. Prefiro chama-lo de “Jardim da Inocência”, é meu lugar secreto. Escondo-me do mundo e corro pra lá, meu lugar perfeito. Meu lugar aconchegante. Meu lugar de céu puríssimo.

As flores são infinitas e os campos belos no seu resplendor. O Sol é eterno, há uma grande árvore no centro do jardim, sua sombra é majestosa e sublime, todos os visitantes á elogiam por ceder gratuitamente bons frutos. Quem prova dos seus frutos, jamais esquece do ocorrido. Por que isso ocorre – perguntei ao guardião do jardim. Ele me respondeu soberbamente: - Uma vez que ingerido o fruto, ele gera a verdade. Logo á diante fui perceber que o fruto gerava no individuo a real necessidade de arrependimento. Descobrir então que estava diante da árvore do arrependimento. Sendo assim, uma vez que era gerado arrependimento os habitantes do jardim não precisariam permanecer lá e simplesmente deixavam de existir.
O jardim da inocência era o tipo de lugar que ninguém gostaria de ir embora. Lá, não á Limites de tempo, o relógio da preocupação nunca foi fixado na parede que cerca o jardim. O guardião era uma especie de presença. Ele refletia luz. Ele refletia sabedoria. Falava com muita exatidão em suas palavras. Não havia falhas nele, olhar para o seu rosto era praticamente impossível, pois, a verdade era o seu manto, de linho fino era confeccionada sua roupa e não havia marca de costura. Definitivamente eu não conseguia olhar para o seu rosto.
Amo me esconder no jardim. Fico pensando na vida. Fico admirando o horizonte, na realidade não quero sair. Não provei ainda do fruto da grande árvore. Estou preço neste lugar perfeito. Os dias não passam. Ainda não conheço tudo o jardim, parece ser muito grande, quanto mais caminho mais cansados permanecem os meus pés. Agora que percebi que estou sozinho! O silêncio me cerca por trás e por diante, o guardião não está mais presente. Percebi atentamente que meu amor não estava no jardim, estou sentindo-me sozinho aqui. Cadê meu amor? Onde foi que o perdi? Onde o guarde? Ele partiu? As lembranças machucam meu peito, provocando angustia e dor, sei agora que a saudade é álcool sobre ferida, é corte inesperado, é uma pancada na cabeça. Machuca muito!
Vem pra mim, venha com carinho e saberás que te amo incansavelmente, saberás que meu colo é quente, que meu abraço é suave, que minhas palavras são doces. Venha me visitar no jardim, á espaço de sobra, sobre a sombra da árvore. Ficaremos unidos pra sempre ali. Fixados. Raizados. Te abraçarei tanto que me perderei em Ti, eternamente será nosso momento no jardim...

Continuará!





Um comentário:

  1. Luz, muita luz.
    Paz a quem cultiva esse jardim intangível dentro de si.

    Um abraço!

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E essa passagem te eternizará...