10 de dezembro de 2010

Tão imenso em mim...

 O vício de te ter é tão imenso em mim, que perco a noção do tempo, das horas, das pessoas ao redor querendo me chamar a atenção para si.
Nesses acontecimentos do agora estou nem aí.
Quando estou preso nestes complexos não dou valor ao que está em movimento, ao que está acenando pra mim.
Vício: dependência intensa de ti, sem forças em mim. Algema que prende pra valer, ferrolho que tranca sem querer, que aprisiona meu grito, sufocando a garganta.
Loucura, ruptura, frações de segundos querendo teu cheiro, teu colo, tuas mãos.
Delírios que me trazem tua imagem intacta, imóvel.
Não posso te comprar, pois não está a venda. O teu valor é incontável. Não poso te ter. Jamais terei.
O que terei é o vicio de te ter tão imenso em mim. Incontrolável em mim.
Seca-me os ossos, perco-me em ruas da consciência pesada, escravizada por ti, apenas em te ter, longe e ao mesmo tempo perto.
Sugando-me...

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