7 de dezembro de 2010

Como se nada tivesse acontecido.

Passei pela mesma rua do "Ontem", e lá continuam pelo chão as mesma pétalas da relação terminada.
O dia cinza, deixa tudo sem cor, o alegre entre meu eu e você ficou de lado, com o descaso da palavra.
E tudo chegaria ao fundo do poço com uma pequena frase - " Eu não quero continuar a o seu lado" 
Eu estou na mesma rua, na mesma amargura, como se a alma estivesse envolta por ataduras, na realidade sou uma múmia, mumificada pela paixão acabada, pelo elo quebrado e pela atormentada saudade, que me fecha em um cruzamento sem me deixar partir.
Só estou vivo, pois há sobras.
Só caminho, pois sou arrastado, levado pelas cordas do adeus fora de hora, da precipitação angustiante.
Só me machuco porque ainda acredito no novo.
O que me sobrou foi o hoje, sem causa, sem efeito na rua do medo, com a esquina das pétalas deixadas no chão, sem convicção, sem atração.
Um dia eu aprendo, um dia eu ensino, e no tempo presente, vivo como se nada tivesse acontecido.  

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