Hoje estou com saudades de mim mesmo, absolutamente de mim,
de minhas lembranças profundas, de meus sonhos insofismáveis, das lágrimas que
acreditavam no nascer do sol, do entusiasmo prematuro que me acolhia em
fantasias infantis, de afagos desejosos por um alento teu, de esquinas que se
encontravam em tuas avenidas largas e iluminadas, de acreditar acreditando, de
ventos tempestuosos que me garantiam a sobrevivência bastarda que outrora me
jogava contra as marés de um questionamento que não me alegrava em nada.Saudades
vindouras, uma corrida em pastos verdejantes, águas tranquilas. Consolo
mediador entre eu e mais ninguém. Se encontrar consigo mesmo não é fácil,
encarrar o próprio olhar sangra! Não escrevo isso porque estou triste, muito
pelo contrario, estou esperançoso por me conhecer, saber quem eu sou, se sou eu
mesmo, se minhas intrigas pessoais com minha alma são fantasiosas ou não,
preciso saber em mim, preso em mim, abraçado em mim. Só assim, matarei a saudade do meu eu.
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E essa passagem te eternizará...