De um sopro de fantasia era algo que meu espírito ansiava inesgotavelmente,
estava cansado de tanto diálogo insosso sem proveito nenhum. Os meus ouvidos
precisavam ouvir uma nova canção, um canto sagrado, que me motivasse. Colocando-me
de pé.
Eu tinha restritamente em mim esse copo de suco doce, que
para o sedento é o paraíso inatingível em doses eternas.
Fugir nem sempre é necessário. Coloco-me em dia com café
quente sem deixar a prosa protestante me engolir, diverte-me.
A minha mente nem sempre tem noção das coisas,
principalmente do maléfico. Esse veneno tenta trazer uma doença mortal ao meu
espírito, luto sem reservas diariamente contra o mortal. Quero viver pra
sempre.
Já disse aos céus: Quero viver pra sempre! É essencial pra
mim, como a pressa de apagar o fogo de uma casa. Ardendo-me em chamas. Descubro
que essa novela não terá um fim apreciado pelo público, e nem quero. A minha
vida comum diz respeito a mim, e acabo caindo em mascaras, fantasias
desnecessárias que não me farão deixar de crer nos céus. Escondo-me.
Revista-me de sonhos. De uma inocência genuína, algo
inesperado. Peço-te que sopres em mim a fantasia de uma criança, das
brincadeiras, dos sorrisos de verão.
Imagem : Flickr.com
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E essa passagem te eternizará...