Algumas vezes eles se afogam sim, e é incrível como jamais
conseguem voltar. O beijo sufocante da morte os leva, as pálpebras
cerradas, e a dor continua restante. Muita dor. Isto é injusto, deveria
ser acordado, anteriormente ao trato, que quando não mais vivessem a dor
deveria cessar, proporcionalmente aos batimentos. Seria o mesmo acordo
da rosa em botão que leva consigo o perfume.
Mas estes garotos continuam flutuantes - o coração de
suas mães transborda e seus pais perdem o prumo. A dor continuará; é
nauseante, é nauseante. Afogaram-se, mágoa, dor. Como os garotos
sofreram, como! Tudo continua escuro, como um barco na ressaca, sem rumo
em uma noite escura. Isto é errado. Os garotos deveriam descansar.
Ainda não se sabe muito bem e nem nunca se saberá; são esperanças eternas, cortadas na raiz, de maneira silenciosa...
Não há som, não há ar, nem há luz. Não existirá o amanhã, apenas a balada dos garotos afogados, flutuantes...
Deus os salve.
Ainda não se sabe muito bem e nem nunca se saberá; são esperanças eternas, cortadas na raiz, de maneira silenciosa...
Não há som, não há ar, nem há luz. Não existirá o amanhã, apenas a balada dos garotos afogados, flutuantes...
Deus os salve.
God save them.
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