30 de outubro de 2012

Incandescente






























Ali, bem em ti, repousava minha fragrância, o cheiro dos teus cabelos encaracolados, da tua saudade predadora. O inconfundível néctar que produzia em meu lençol os teus gestos, o teu anonimato. Em nossa superfície um mistério incandescera nos fazendo perder os limites do tempo. Outrora, poderíamos navegar por horas, nos foi dado o direito de absorver o horizonte, de pintar as estrelas, de soprar no infinito. Éramos gente grande, gente sonhadora, pôr do sol incandescente. 


4 comentários:

E essa passagem te eternizará...