Não tinha o querer nitidez para sacrificar à inaudita permeabilidade
da carência, do vivido angustiando que desabrochou em rotina tempestiva. E de
agrado, achou melhor ser a maciez do carinho na pele morena e gélida da morte
serena. A mim você não engana, não evapora , nem se quer me compra, sou vivido
para neutralizar teu verbo fictício, tua lembrança mesquinha, já te absorvi e
cheguei à conclusão - meu baluarte é o vento frio. É devagar que se conhece o Gólgota,
e na subida do monte a consciência se regenera, se cria raiz onde não tem, uma
experiência é fundamental, e ao mesmo tempo em que caminhamos, ela se torna
fundamental nessa vivência, na nitidez dos dedos estalados. Achou de bom grado assegurar a fartura dos
teus seios, na pátria escolhida no ventre materno, uterino na magnificência das
roupas de linho fino e sem costura estilizada nos confins do teu universo
pessoal. O querer às vezes é necessário, é um cumplice de ações deslocadas, e
empurradas morro a baixo, pela chuva, pela tua lágrima no olhar. É tempestivo
demais, é sem saída o bastante, pois é casa da gente, um ambiente familiar, a
prisão fraterna da vergonha adquirida, porém não concluída em frases de cartas
antigas, e de papéis amarelados. O passado não mora mais aqui. É um endereço
findado em nostalgia, magia de viver melhor. Um cotidiano no querer, uma
fantasia no ocaso, na bacia de água limpa, o meu tempo nasceu.
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E essa passagem te eternizará...