É a mesma rua solitária que a garoa umedece.
São as mesma fotos envelhecidas guardadas numa caixa de sapatos, em algum lugar do guarda-roupa.
Em um tom entristecido é minha curiosidade querendo explorar a tua camisa xadrez, o teu perfume de fundo amadeirado de exageros e fobias, ai está o renascimento das lembranças antigas e bem presentes, nunca esquecidas, jamais apagadas.
A lágrima abre a porta e decide descer a ladeira do rosto, do peito, do coração. Molhando a palha. Deslizando no ser pensante.
O amor e a saudade caminham juntos. Quem sofre mais é o amor, as vezes entro no quarto e o vejo chorando, ele diz que não é nada, porém eu sei que a saudade incomoda e aperta.
Nessa mesma rua o amor é capaz de morrer. A morte do amor é um mistério profundo, pois até a morte pode ser revogada se o motivo for por uma morte voluntária à favor de alguém que ama.
Eu sei o que é morrer de amor, já fui amado ( muito bem amado) e sei como é difícil e penitente achar um ser que se entregue plenamente, e em êxtase se jogue em um relacionamento duradouro e perpétuo. Sei como é difícil se amado, ser enjaulado, preso em um livro de ficção.
O coração aprende...
Que amor não pode ser guardado em uma caixa de sapato.
Que fotos, com o tempo se perde o seu valor.
Aprende que:
O amor as vezes chora...
O amor as vezes se mata!
O amor é um sacrifício existente em cada um de nós.
O amor é uma ligação santa.
O amor as vezes se cala para o mundo, e grita pra si: Eu não desisto, não me calo, eu abraço.
O amor as vezes afoga a saudade em um balde de água do esquecimento.
Só que volta e meia a caixa de sapatos se abre e tudo começa novamente. O amor as vezes chora. E a saudade contamina.
Saudade de coisas que já passaram
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