Eu sou esse desafio todo. Já fui a razão de uma briga alheia, de um comparecimento em causa permanente, o vinho na taça da luxuria, que pouco importa se já foi ou se estacionou na atmosfera da embriaguez insensata.
Eu não sei mais o que é ser base, o que é ser chão, já que prefiro o bem estar de flutuar nas nuvens tempestivas de tua ira, de tua cólera, dessa rapidez toda.
Sou esse grilhão, um aguilhão enfurecido. O mastigar repentino no matutino sentido de levantar anestesiado pela covardia de caráter duvidoso. Eu não sei o que é ser feliz há muito tempo. O contentamento da risada recheia o minha face, porém o escuro envolve meus pensamentos mais íntimos, mais sonhadores, eu prefiro não pensar nisso.
Já tive muita vontade de gritar – a boca não o permitiu – me calei.
Bofeteou-me a face – chorei.
Mas, nem sempre foi assim. Envolvo-me com as cantigas de roda, com melodia dos tambores afro, a percussão do infinito. Restauro-me.
Em tempo oportuno as ocorrências cotidianas não existem, a fé retorna, eu volto ao jardim. Uma inocência germina, a felicidade é uma lembrança, um conto infantil.
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E essa passagem te eternizará...