31 de março de 2011

[E porque as notas musicais não param de tocar, não se calam.
E a voz embargada na poeira da sala, não te diz nada?]

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Afirmo pois que os retalhos de lado são as figuras dos pensamentos vãos, das calamidades do querer. E na angustiante procura pelo anseio duradouro, eu desfaleço no obscuro - lá onde o peito se afoga. 
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30 de março de 2011

Fragmentos do hoje...

Escuro,

O bastante para não se ver a luz, o teu sorriso.

Fato,

O recorte do que aconteceu, o que já está concretizado.

Olhar,

Habitável na imensidão do ângulo, na dimensão do visível.

Já,

O acontecimento já vivenciado no instante.

Caneta,

A alma escreve, a tolice rabisca, a espírito grita!

Pen Drive,

Guardando todos os arquivos pessoais, deletando jamais.

Caixa acústica,

Pra ecoar no teu ser minha vontade, meu desejo selvagem, meu anseio ardente.

Claridade,

Nas idéias, nos romances já escritos, no roteiro as frases de inspiração.

Meu Eu,

Que se reconstrói se moí, se vivifica, se ressuscitar, na tinta, na ponta da pena.

Cantarei para uma nova realidade.
Cantarei em finas sinfonias, em uma reviravolta.
Cantarei nas cordas, que ligaram a minha melodia ao Eterno, ao imortal.
Lá viverei em dó,ré, mi, fá, sol, lá, si...
Cantarei com voz erguida, e ecoarão nas extremidades do peito, em sintonia com as batidas do coração.
Cantarei ao pé do teu ouvido, de dia serei os solos de piano, a noite os solos de baixo. Um Blues!
Cantarei a música em ti, lerei em teus lábios os acordes, e dos teus ouvidos os sons perfeitos...

Entre o bastante e o oportuno me refugio em tempestades. 
Escondo-me dentro da caixa d'água, lá eu me sinto refrigerado interiormente, lá não escuto nada, apenas as batidas no peito, no silêncio.
Entre o meu esgotamento e a vontade de pecar, escolho um xícara de café, daí então me justifico, me exploro, me contagio com as falas.
Entre a reza e o palpite, o real entre o fato já escandalizado, já se fez presente, já se fez carne.
O meu espírito, minha verdade.

28 de março de 2011

E seguindo-o,
 sua respiração o levou. O calor o atraía, e o tédio se revelava.
Não havia livros, o que ele possuía eram suas revistas, seus recortes de jornais do ano anterior, do passado. Ele vivia do que já passou, pois dizia pra si mesmo: 
"É melhor viver de um futuro passado, do que do futuro do amanhã!"
Ele vivia assim, seguia assim, se realizava. Em suas histórias ele colocava ponto final.

26 de março de 2011

[...] E os resultados serão respondidos há seu tempo,  

conforme o eixo dos lábios, e se encontrarem na troca de saliva, no código decifrado do saborear.

Dirão entre os refrões, queremos mais uma rodada de conversa fiada, de leves e comparativos feitos de seres que se deslocam um para vida e outro para a morte.

Repetiram as frases corretas, queimaram teses que um dia fizeram um apelo discreto.

Eu cairei em minhas próprias promessas. Cairei no “não cumprimento delas”, viverei o meu engano, o que eu plantei pra mim mesmo. 




25 de março de 2011

Prece

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Hoje a noite conversarei com Deus á teu respeito, vou dizer pra ele que você me ama com amor infinito, e que me abraçará com calor intenso.
Tenho a plena certeza que ele abençoará nossa união, nossa escrita.
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Fugir de casa por uma noite, não é fugir pra sempre. 
                                                Ter o cotidiano impresso no braço, não quer dizer que teremos a eternidade.

Sil^ncio...

[...] E naquele silêncio todo eu existia, eu era feliz.
Ao som da valsa meus pés se movimentavam, eu dançava, estava realizado.
E tinha todas as possibilidades, porém não lutei.
Fugi. 
Apaguei-me com o derredor. 
Preocupando-se apenas comigo mesmo, e o pulsar queria sentir, vivênciar autômaticamente no "play", no ingerir.
E no silêncio eu recitava poesias para que viesses a me ouvir. 
De longe, bem perto. 
Mas não sentia resposta alguma, pois eras apenas um desenho, os meus rabiscos.
Mas, havia em mim esperança suficiente no silêncio, eu insistia no ouvir [...]

E nesse encontro de ouvidos a sensação que eu tinha era que se pudesses me compreender, você teria tudo.
Teria a distância, o manto constante do satisfazer, do engrandecer. Faríamos preces juntos, conversaríamos uma noite toda, e riríamos de tudo. 
Estaríamos realizados, no silêncio, na valsa.
As ligações do telefone seriam apenas um elo. 
A importância seria te esboçar em meu bloco de papel A3, o meu domínio estaria em ti, estaria em nós, na velocidade, nas carrentes sanguineas [...]

24 de março de 2011

Desconfigurado.

...Sozinho. 
No vazio do que já existiu, 
em ruínas outrora erguidas, 
hoje o pó. 
As pedras do medo.

No teu cântico encontrei as notas perfeitas, que me transformavam de contínuo. 
E teus gemidos agudos rasgava meu íntimo, a divisão da minha alma, meu estômago.
O catavento, o ar que sopra em mim, em ressonância com a medida da tua régua, da tua estrutura.
Deixa-me sem jeito, abobado.

...Eu sou apenas o punhado de sonhos nunca realizados, o manto deixado de lado, a relva colhida agressivamente.

A nota Fá# dessa tua tão extensa partitura, da tua visão, sem foco, no esquecimento.

Ofra Haza Yerushalaim Shel Zahav (Jerusalem of Gold) subbed

A gloriosa arte da espontânea motivação pra me conectar com o realizado. 
Motivação pra escalar, motivação para existir.

23 de março de 2011

No teu sentido...

Em uma praça de sentimentos eu te localizei a dedo. Escolhi-te entre os olhares. Eu te busquei. Achei - te.
Conduzir-te junto a mim, e nas conversar nos encaixamos lentamente o coração foi cedendo espaço, no hoje, no agora.


E nesse tempo presente o peito implora e ao mesmo tempo sussurra – que bom que te encontrei.


Naquele parque não havia tempo o suficiente para expressar o tamanho da satisfação do coração, da alegria e expectativa.


Era como no primeiro encontro que de fato era. As tintas se misturaram, o pintor estava inspirado. Não tinha se quer um contorno aparente, um rabisco se quer, era tudo de primeira, as pinceladas, os beijos sinceros.


Notei então, que tinha você em meus braços, na pintura certeira, na ponta do pincel tinha você no peito, guardado nele, num cantinho que só a gente sabe que tem.


E lá no profundo fixei teu pôster em minhas paredes, pra te ter bem perto, pra te abraçar quando a saudade apertar.


Escondo-me em baixo do cobertor e em meu sonho tranqüilizante te encontro perfeitamente, no lugar apropriado, na realidade escondida.


E em cada cena um novo acontecimento, uma lata de refrigerante aberta, um gás pra alma. Nas diretrizes eu caminho com você nesse teu jeito divertido, no sorriso, em cada traço teu.


Faze-me feliz de vez, nesse compasso, lado a lado com a vida, do lado que a gente gosta. Do lado da paixão fumegante, dos lábios que se encontram no escondido, nas preces, dos esboços!


A tua fumaça me consome e ao mesmo tempo me retém, me aprisiona mais e mais na tua figura, no teu entusiasmo característico teu, em forma de livro, em forma de “novo”.


Em cada chocolate ganhado uma emoção, são pontos que você adquire do meu Eu, da minha vontade.


Eu apenas te peço uma coisa, me ame mesmo assim, me ame com o teu amor, me ame como nunca amou outra pessoa, me ame com respeito, me protegendo. Pois pra te ganhar tenho que ter teu coração, e pra ter teu coração eu preciso ter o teu afeto, tendo o teu afeto, terei simplesmente você, no mesmo parque, no mesmo banco, no meu ser.











22 de março de 2011

Mais blá-blá-blá!

Ocultado, lado do amargo. 
Lá... bem além mar, o único suspiro de viva, de agonia, de inocência.
negociando valores, atribuindo o aconchego ao lado de fora, no frio da neblina, na atmosfera falante que cospe palavras.
Eu o vejo na planície dos acontecimentos os murmúrios, quando falas gera e no meu eu atitudes - terremotos.
Lapidando como madeira o inconsciente, garantido vida própria, livre do medo, agarrado na mordaça, nos vidros já estilhaçados das vidraças.
Vejo-me trancado, lá em baixo, no sótão, na caixinha de cartas, entre as folhas emboloradas, amareladas da velhice, do passado.
E lá está o contrario, faiscas das notas que nunca foram usadas, já condicionadas com a ternura envolvente, que nos arremeça lentamente ao ar livre em pretensão, no esgotamento extinto, verbo deixado de lado, no artigo indefinido.
Entre a multidão o corpo soa, se ilude tempestuando a agora a insatisfação, canalizando os ritmos da revolta, e nos tambores o som ecoante da liberdade, do fluxo constante do cárcere.
A liberdade é atitude - é terremoto.

21 de março de 2011

Eu me perdi, me distanciei de verdades absolutas e cai em uma verdade "presente" sem fita, sem laço.
E nesse embaraço eu te encontrei, nas aspas do "viver".

18 de março de 2011

El Gibor v'El Elyon by Karen Davis (w/ lyrics+translation)

[A batida] do coração é flecha.
É uma única parede.
Estandarte de veneração, do [Eu] já cansado, do beco, do atalho.
Já temos um frasco de perfumes pra espalhar, no lençol, na prateleira, no meu porta-retratos.
A realização é convite para a vida levantar as mãos e dizer:
Simplesmente o tenho em mim, como vela, como pedido de cair em um estado de felicidade!
...Era a medida certa que me arremetia em uma grande soma de sons, burbulhentos sons que trazem a intenção flutuante de "Já tenho", é um buraco tampado com terra molhada das noites passadas, das nuvens que choram durante o dia.
Na beira da porta o ser que me traz alívio, o sorriso, os chocolates que aliviam minha ansiedade de te ter embrulhado em embalagem de presente.
Bem na beira do meu intimo, pra cair lá dentro no escondido, pra te ter no arrepio, no doce do chocolate, minha fruta, meu cacau...

- Reflexos de nós

17 de março de 2011

tocastes
em
mim
o
necessário
para
saber
que
o
tempo
é 
a
razão
de
tudo.

16 de março de 2011

Pedaços do querer.


Absolutamente,
na frieza que desagua, no refrigério transparente.
Captar,
as onda e guardá-las na garrafa, em minha geladeira interna.
Sugar,
tuas mãos, tua camisa preta, tua calça jeans.
Fé,
pra ir além, acreditar muito em você, tocar tua face.
Realmente,
granpear tuas páginas, cada script teu, pra não esquecer tua voz, teu canto, tua suavidade.
Mapear,
nas costas do amanhã as perspectivas de um futuro só nosso, entre eu, entre tua existência em meu sofá.
Comprar,
todas as revista, tudo que possa soar teu nome, já tentei, porém não consegui.
Experimentar,
incansavelmente teu beijo, teus lábios, tuas respiração ofegante.
 Ter,
você preso em meus braço, no chocolate, meio amargo.
Repetir,
Tudo de novo e querer mais, muito mais!

15 de março de 2011

Já...

me deixei levar pelo vento dos teus lábios, por cada risada tua, pela tua face.
escondi a timidez levemente demonstrada na hora errada, no bolso a deixei, lá no fundo, bem guardada.
dormi entre os lírios da tua presença, sob as rosas do teu paladar.
anunciei nas plataformas que és especial.
denunciei a tua prisão em mim, e não sairá de lá, joguei as chaves fora do meu ser, estando preso... você não pode me deixar.
caminhei  entre o jardim tentando te decifrar entre as folhagens, entre o ar puro. No código do outono.
me recostei, no teu peito.
Cheirando os teus cabelos adormeci, não me acorde - Te quero pra sempre...
é pra ontem, no presente do segundo, no piscar dos olhos, na flecha do agora.
O "já" é bem elaborado, acontece rapidamente, quando se vê se perde a vez, no cochilo, nos braços tranquilos.
era tempo de me amar, o "já" amadureceu, que ser colhido, que ser provido.
E tudo que "já" era se pode ter de novo, na faciclo, no fichário do peito.
...e terás em tuas veias o tanto que me absorver!

13 de março de 2011

...Até quando vc entenderá que...
eu não posso me calar, eu não posso parar de escrever.
Se caso isso ocorra, EU PARO DE EXISTIR!
Lembras que um dia, muito bem presente ainda em minha memória, me destes o teu coração?
E eu o ingeri por completo, o meu estômago o absorveu por inteiro.
Agora tenho tanto você em mim...
que sinto você correndo em minhas veias, na coagulação do meu íntimo.
Não tem como fugir, tua necessidade se agarrou a mim...

12 de março de 2011

Sulic Hauser- Smooth Criminal

...Me reconstruo lentamente,
os olhares não percebem,
mas lá estou eu me erguendo,
bloco e mais blocos,
tijolos da superação.
No cimento da alegria, debaixo do teto da sabedoria...
"A chuva fina que molha o meu ser
                                             é a mesma que alucina minha estrutura, meu ego, minha folia..."

11 de março de 2011

Coisas do amor...

Poderia está frio o bastante, o ar poderia até faltar, me sufocar.



Não teria por que não perder minha cabeça por você, minha paixão,
meu anseio particular.


Secreto assim, guardado em mim. Na procura costumava te observar de longe e sonhar com você bem perto, do me lado, no sentimento uníssono, na reverberação da sinfonia leve.


E dos flocos de neve a melodia que falta, que completa no silêncio de duas vítimas, eu e você.


Já esqueci tua chave no sofá da memória repentina, já ilustrei em teu caderno de desenhos os meus afetos por ti, já sorri.


Na covardia me recompus, introduz a aquarela, a macha de molho de tomate, apreciei tua convivência, a inadimplência da solidão, do par, do padrão.


O teu gosto, nos lábios, em cada célula, em cada gemido, no atrito, no lugar correto.


Em mãos o pulsar, cada Tum-tum, cada fragmento eternal de vida, de capacidade, de ter.


Já evoluiu. Já se ampliou. Já musicalisou...


E se derreterá, e cairá gota após gota, na pele, no tic-tac do relógio.


Mas isso não interfere em nada, nenhuma escada, nadinha.


Pois tudo que tenho, já possuo, já confeccionei em minha tolha, em cada centímetro, de cada linha, das agulhadas um ponto, e de cada ponto uma figura, o amor!



Manoela




Menina de vestido de renda

Da renda a menina cirandava

Livre, leve e solta

No ar

Nas folhagens

O mundo perfeito a espera

Na página

Na figura

No entusiasmo

Na corrida

Os seus cabelos se entrelaçam, na cortina do talvez

Na

Esperança que se refez

O chão é alicerce

Não cai de jeito nenhum, nem param

Nem caminham

Ficam juntos

No

Vestido

Na vida contida nela

Na menina

Menina sapeca

Minha Manoela

No apelido de hoje

Na mulher de amanhã

Nas vírgulas

Nos espaços

Cada passada da borracha

A chama

Que liberta

Que permite a menina girar

Pra ganhar

Pra perder

Se esquecer do mundo

E

Viver pra ela.

10 de março de 2011

...Areia o bastante pra erguer meus castelos.
Ondas para não  deixá-los de pé.
Um equilíbrio justo, se vemos pelo lado da experiência, ou pelo exagerado luto, do mastigável, já produzido, porém nunca experimentado.  
O que subtrai não é o mesmo que soma é preciso um resultado perfeito, ligado, com incógnitas pra complicar, com equações pra misturar na essência do cálculo.
O manuscrito de minha alegria é fracionado com suor e uma toalha ao lado pra secá-lo pingo à pingo, na fronte exausta, no fluxo passageiro, no sangue derramado.
Castelos não permanecem de pé eternamente, nem muito menos as ondas, elas sempre ficam na questão do vaivém, sempre diferente, sempre modificado. Sempre levadas pelas rimas mais absurdas. 
Na iluminação um caldo de ideias, de estradas já trilhadas, de mochilas nas costas do esforço, que não dorme, que medita, que reconhece.
Não me apegar ao enferrujada, já desgastado pelo vento, pelo frio, pelo desejo de querer e jamais sentir a pele umida, os lábios ressecados.
Então espero, me resseco.

Passei no vestibular de Verão da PUC SP


Muito Feliz com essa nova fase da minha vida, começarei a cursar Comunicação Social - Publicidade e Propaganda, ou seja mais um na família, já que minha irmã tbm está cursando. Tô sem palavras hoje, porque será... néh? rsrs

Apenas Feliz pois tudo dá certo no final.
Obrigado Meus Deus!



8 de março de 2011

Selos, grandiosos selos!!!











Como é bom ser reconhecido...
Como é bom e satisfatório ganhar presentes e gerar presentes para as outras pessoas...
Sendo assim eu ganhei dois selos da Blogueira Roberta do Magnífico Blog rg queen. Fika aki minha gratidãoooooo!!!


Indico estes selos aos blogs que me emocionam:



...Concluir na ponta da língua todas as satisfações possíveis, e da orelha se ouve a palavra atenta, dos barulhos dos mormurios, um instinto que nos tira do perfeito estado de êxtase, no cumprimento da ação, no leito da sílaba.

Já li de tudo, já vivi de tudo, de embalagens, de aparência, de relacionamentos curativos que mexeram comigo de maneira extrema, deixando-me apenas a resposta ligeira, o vácuo de não ter.

4 de março de 2011

Evaporou a timidez contida, a solidão constante, o sopro da voz enganosa.
Já se foi o que nunca permaneceu, a língua.
As frases desenhadas no esboço do " Um dia quero te ter".

Bagunças do querer!

...Compromisso com a dor que não tem nada pra me oferecer além de pinicadas na minha liturgia infrutífera. Já nos balcões do privilégio o que nos atente é o apelo pelo comportamento descontente gerado pela vida, eu costumo dizer que sou sobrevivente de tudo isso que andam pregando por aí, dessa farsa, da preguiça da frenética riqueza que consome tudo e todos ao mesmo tempo, do embaraço que não absorve nada de proveitoso nas questões da vida, que arruína a família.



Quero o fulgor dos estrelatos da alma, o fulgor dos castiçais sobre a longa mesa da paz, da tranqüila e sublime paz. Querer é muito mais que possuir, é um longo e ao mesmo tempo curto, é compromisso separado, enjaulado em meio a leões da ficção medonha e superficial do tédio, gotejando no subsolo da arrogância, do desvio que esparrama contra o tempo presente, contra as gaivotas no céu.


E se jogássemos tudo esse querer em um vulcão, no poço do sono profundo onde memórias são fragmentos do hoje? Porque não tampar o sol com a peneira? Porque não sair do lado de lá das revistas em quadrinhos?


As respostas estão escondidas no subsolo do ser!


Na região que a luz não chega, é preciso lanterna, é preciso atitude. O cheiro incomoda. Tem mofo. É úmido. O querer está perdido, na janela que um dia foi aberta pela realidade presente em lenços, e internalizada por quem não tinha nada haver.


O melhor do querer é não ter, pois se temos não damos o valor merecido, jogamos tudo fora.


O querer é ladrão! O querer de não querer é injeção! No ato na contramão, é fugitivo de cadeia, é noiva deixada no altar, sem aliança, sem dignidade. Longe do destino, próximo o bastante de tudo que me afasta de ti.


No navio, na embarcação, no temporal, na catástrofe, no suavizar, no foco, na lentidão.


É um congestionamento fora do comum, pra lá de uma ligação, distante o bastante pra fazer o telefone do peito tocar, se agitar. Fazendo com que a mente junte diálogos, suba em arvores, colha frutos. Já que a existência nos faz pisar em cacos de vidro, eu prefiro usar chinelos, pra correr, pra me esconder!







3 de março de 2011

Eu
apenas
te
pedi
uma
bela
voz...

E tu me destes a melodia da Vida!
Já te amei tanto...sabia?
Já chorei tanto por você,
Mas só tenho você nas páginas dos meus livros empoeirados, na ficção.
No beijo roubado.

Em algum banco da estação...

...O sinal está aberto, posso seguir, atravessar para o outro lado dos sentimentos sinceros.
Poderei viajar o tempo que for preciso para tentar assim conquistar mais espaço, mais encontros, e sustentar meus argumentos em taças de vidro, cristais em mesa bamba, e corre-se o risco de se perder tudo, de não ter absolutamente nada de pé no dia seguinte.
Mas, se é preciso arriscar, vamos lá, vamos buscar, nos encostar de leve pra não alterar a trajetória, os fragmentos da história. Já que se tem tanto pra perder, vamos nos perder juntos, na estação, sem itinerário, sem nada, sem passagens de volta, sem direito de olhar pra trás...

1 de março de 2011

...Posso não ter tudo, todos os sonhos possíveis,

cada gota de chuva,

cada pedrinha de granizo.

Mas tenho as possibilidades existentes, na minha cama, no meu sono tranquilo, nas turbulências do peito, no incontido coração que acelera não querendo ficar quieto.