Já me deixei levar pelo vento dos teus lábios, por cada risada tua, pela tua face.
Já escondi a timidez levemente demonstrada na hora errada, no bolso a deixei, lá no fundo, bem guardada.
Já dormi entre os lírios da tua presença, sob as rosas do teu paladar.
Já anunciei nas plataformas que és especial.
Já denunciei a tua prisão em mim, e não sairá de lá, joguei as chaves fora do meu ser, estando preso... você não pode me deixar.
Já caminhei entre o jardim tentando te decifrar entre as folhagens, entre o ar puro. No código do outono.
Já me recostei, no teu peito.
Cheirando os teus cabelos adormeci, não me acorde - Te quero pra sempre...
Já é pra ontem, no presente do segundo, no piscar dos olhos, na flecha do agora.
O "já" é bem elaborado, acontece rapidamente, quando se vê se perde a vez, no cochilo, nos braços tranquilos.
Já era tempo de me amar, o "já" amadureceu, que ser colhido, que ser provido.
E tudo que "já" era se pode ter de novo, na faciclo, no fichário do peito.