Preferiria a dormência de meu corpo
no sofá marrom aveludado de minha sala, e sem me entregar ao conteúdo cansativo
da televisão, procuro-me e enxergo-me nas páginas de um livro aberto no centro
do ambiente amarelado do presente, e desse entrosamento da visão com os verbos –
perco-me. O “tic-tac” do relógio
congela-se, tenho em mim o silêncio necessário para escapar do barulho covarde
que tenta penetrar em minha concentração, e nesse cenário a única coisa que desvia
meu olhar atento é o vapor tímido que flutua da xícara de chá que repousei ao
meu lado, e percebo que ela merece ser o meu único ícone apaixonante sob o qual
meus lábios irão experimentar de fato seu gosto, sua textura, seu aroma.
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E essa passagem te eternizará...