Hoje sou um amador de mim mesmo, que ao contrário se adverte
com a própria fala, e com o número 22 conjuga os dois verbos ao mesmo tempo,
pois dentro de mim existe essa mistura de cores e diversidades que não consigo vivenciá-las
por completo, aí se explica o porquê de tanta oscilação abundante e a causa da
velocidade de ter o outro – ser o outro.
15 de julho de 2013
Opus #15
Dobra, se dobra.
Corre se discorre,
Viva, se vibra.
Chora se evapora,
Arrisca, se precisa.
Medonha, se toma.
Mentira se cansa,
Brinca se tropeça,
Vai, e relembre tudo ao seu tempo.
11 de julho de 2013
Tornai-o vento.
Convenientemente me dirijo ao
passatempo incorpóreo do ontem, revigoro-me das figuras coladas na parede, sou
eu mesmo. Falo sozinho. As palavras são cavadas no ar e isso me justifica e por
si só se tornaram testemunhal vívido do meu estado de espírito, e por esse
rompimento de dizeres, o café esfria, o silêncio se materializa na visão, ocultei-o
na intensão. A propósito pede, apenas peço que não me subestimes mais, já
retornei a ver a vida como ela é, e não preciso dos conselhos vãos e indecisos
que teces em tua forma de contemplar o amanhã, por isso sei que o saudoso
despertar, nos garante uma singela permissão de se encontrar com o fulgor
contido no corre-corre dos pés que não se omitem em correr na imensidão do
silêncio cretino e cara de pau. Permite-me assim, a ver o dia nascer de outra
forma, de um ângulo juntado com a espera de uma água fervida, do exalar do
aroma cafeeiro e rude de se estar certo – o que se passou não era digno de permanecer,
tornai-o vento.
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