...é uma relutância e concretizada ao mesmo tempo em que
caminhamos juntos em meio a uma descalça amplitude de não fazer absolutamente
nada contra o nosso querer, envolve-se num dilema, em uma pergunta, e nessa
insignificância toda a gente se perde por não ter muitas escolhas ou pelo
simples fato de só se ter uma – apenas uma. Daí... Nós não vemos o Sol, nem se
quer a possibilidade de existir, e nossas mentes não escrevem mais nada,
nenhuma frase é completa... Nós nos sacrificamos por nada. E esse nada é “O Vazio”.
E “O Vazio” só é completado pelo sagrado. Pelo sopro de Vida que só o Divino
pode nos proporcionar.
27 de abril de 2012
O meu
Em vista pelo não se ter, o meu ver não é mais predestinado, é empurrado por água a baixo, sem ao mesmo eu querer, sem ao mesmo os pulmões se encherem de ar.
26 de abril de 2012
22
22 de cima pra baixo, e de lado não tem conversa. Dia do
Santo Rafael, dia que eu mesmo rotulei sem Beatificação, pois pra ser Santo não
precisa de permissão, precisa apenas querer, e assim o fiz sem restrição.
Dia de dupla tarefa, de se esconder sem regra, de se
entregar sem reserva, um acolhimento de dois números, distintos, porém iguais.
Vida dividida em duas, uma no raiar da trombeta, já a outra
do esconderijo provisório.
O realismo de tudo isso é manifestado em gente de ânimo
dobre, animo salgado.
Um dois que precisa de outro dois para se completar uma
dualidade percebida de longe, um massagear de ironizarão que não vejo como
alguém consegue se corroer tanto.
Ele/ Ela são uma
mudança de cores, que vai do vermelho e preto, como variar de cinza para branco,
tudo depende de como o dia nasce, de como as pessoas reagem, de como o cordialíssimo
do alheio é absorvido pelo autocontrole de alguém que está cansado demais para
não notar que está sendo vítima de uma rotina que sufoca, que seca os rios
pessoais que desaguam por dentro de mim, que enfraquece e não dá mantimento.
O 22 é o vermelho dos lábios dela, é o preto do terno dele,
pode ser a cor cinza do temperamento dos dois, o branco que os distancia ou o
que não se percebe, o que se fratura com a queda de ambos.
Desfaço-me em um ressecamento único, porém mortal, acabo-me.
Sem o outro dois o vinte e dois não é nada, será apenas um
número qualquer, mas pelo que notei mesmo sendo apenas um dois, é necessário
ter mais um número para formar um dois, então o dois que eu preciso está
amarrado dentro dos dois, sufocado, apertado em circunstâncias incomuns de uma
condição que não lhe dão nem se quer uma admiração por ser um dois na homogeneidade
do 22, e sempre que há uma difusão de pensamentos entre os dois, a minha ardência
se divide, enfarpelando o que costumo
dizer, o que eu não disse ou o que irei dizer em um futuro que não clareia os pés
do meu presente assustador, porém dissoluto.
O número da raça, do contentamento abreviado, da moradia de
todos, do pai que não vê o filho há anos, do sagrado que não chegou a ser
revelado, do ar, do apego, do atrito, da manifestação o 1 sem o zero que
procurava, do surgimento do golpe que mortifica a ideia, do rápido demais que
não se dá conta do bem estar do próximo, do enveredado caminho que duas almas
se cruzam, de 2+2 que será um 4 futuramente.
24 de abril de 2012
já sei...
...Aí percebo que sou a preciosa forma de enxugar as
lágrimas, e que sou a porta de saída de muita gente, sou um salvador temporário.
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