É preciso colocar pontos finais em verbos nunca conjugados, e por mais que essa divagação me retenha eu grito, dou pulos, e tento me jogar em
alto mar longe daquilo que já se foi. coloco meus pontos finais em meus amores passados em histórias nunca vivênciada.
Acorda! acordo sim, do terrível sono da depressão que me persegue há alguns anos, fujo de tudo, fujo dos retalhos...
Depressa não tenho rapidez, se desfaleço é onde me encontro, no meu leito, na zona norte...
Adimiro meus pontos. Mesmo que ele sejam colocados contra a minha vontade - Eu nem sei porque eles estão lá. E eu lá sei?
O sufocante ponto é um dilema para minhas conficções, é estadia para pensamentos vãos, coisa de gente que quer um monte de coisas e acaba caindo em frustações, acaba caindo em incêndios. O amigo do ponto é obscuro, é lento, já atribui isso ao excesso de bagagem em minhas mãos, e colocando a culpa um poucos nos fulanos eu consigo justificar um pouco da minha louca e confusa confusão mental e ao mesmo tempo letal para o meu peito.
Já tive pontos, porém faço questão de deixa-los no bolso da calça, já preparados pra hora certa colocá-los na ponta da língua alheia, da língua que porfere palavras venenosas. Pontos no cordão umbilical da alma. Pontos no ligeiro e contante pulsar das veias. Pontos em todos os sentidos, onde julgo ser necessários.
E é pra lá que vou, rumo ao caderno, a arrumação involuntária dos laços de família, do que já aconteceu e já não me serve mais. Ah! passado idiota te darei uma rasteira em breve, um tiro certeiro, irei no teu velório!
Com escapatória dirijo meu carro imaginário, onde alugo meus freios, onde escondo as curvas, de lá tenho visão do mundo a volta, veloz e mediocre. Quer ser feliz? Ponha pontos nos lugares certos. Pontos nas vidas certas, pontos nas atitudes curtas e invioláveis, pontos no liso,no mácio.
Há momentos que colocamos reticências no final de promessas nunca cumpridas proferidas da boca pra fora e nos orgulhamos de tal prodigío. Na verdade devemos aprender com os pontos...os pontos.
Os pontos acabam com um mundo de frases como estas, é enchente em vales esquecidos, é criança com fome, é sussuro maldito, é reza contrária. Pontos acabam com assuntos cansativos, quando o outro esquece que bom censo é fundamental, e quando é bom calar a boca de vez em quando.
Pontos... Pontos e mais pontos, tenho uma caixa de pontos esperando serem inaugurados.
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E essa passagem te eternizará...