Cada pedaço do meu ser foi martirizado por minha consciência, apesar de minha relutância comigo mesmo, estou humanamente só, sem graça, com mordaça.
A briga constante com minhas decisões me deixa muito debilitado, sem ação, em prisão.
A fuga seria a saída, a depressão seria esconderijo, me esconder debaixo de vários cobertores, talvez ofuscasse a culpa que dilacera minha mente e causa uma dor cortante.
A cama temporariamente nutriria minha preguiça momentânea, deixando meu eu sem opção para escapar da martirizante decisão futura:
-Agora você tem que ir - Eu não tenho que ir pra lugar algum - Vai você!
-Me deixa em paz - Não deixo, vou te perturbar - Eu não te aguento mais - Vou ficar ao seu lado mais um pouco.
-Vou sumir... Vou me esconder... Vou para a sala de porta azul... Lá eu tenho paz.
-Quando você sair de lá, eu vou te seguir, talvez as situações piorem ou quem sabe, eu te afogue no mar das precipitações passageiras, a tua dor permanecerá, o ódio crescerá... darei risada de Ti perpétuamente...
-Cala a boca! - voz da noite, voz sem destino, não permanecerei assim pra sempre, serei amigo do sol e as trevas jamais virão me abraçar.
-Cala a boca! - Víbora! – Voz traiçoeira do jardim, estais condenada... E Eu estou livre!
********
Corro então rumo a sala de porta azul... Estou ouvindo os acordes... Meus pés dançam ...
Se precisarem de alguma coisa estarei lá,
me esperem sairei de da sala em breve...
senti no osso essas palavras...
ResponderExcluir