24 de maio de 2012




Conhecer é libertador!  E absoluto na nascente da curiosidade infanto-juvenil que todos nós carregamos; que todos nós temos. É um descobrir inusitado que dá gosto à vida, não passa de preces de crianças a procura do invisível, já que lhes disseram que o papai do céu mora longe, e por isso as orações deveriam ser longas para serem escutadas por ele. Por isso se não conhecemos as verdades nos tornamos escravos de uma ignorância mesquinha e envelhecida aguardando a morte chegar. Que dó. Que dó me diz. Deveríamos sempre dizer a verdade e não enganarmos a nós mesmos com rótulos, pois orações curtas também têm seus efeitos, e esses feitos nos salvam em tempo oportuno, em revoltas, em beira de rio, em curva de rio, muita coisa nasce pra todos, o absoluto é um deles, a água que banha teu corpo nu, a sensação que arrepia a pele, o sopro no pescoço, a fusão do querer e do está perto. Pois, eu já tenho o divino que cuida de mim, agora preciso da presença humana, o cuidado, a pele morena.  Sei que é difícil encontra-lo, mas sei que ele existe, almejo encontra-lo nos lábios de uma prostituta ou em algo profano, tudo o que eu quero é a verdade, tudo que eu quero é a oração curta.
Precisava fazer uma ligação, tal ligação poderia de fato me salvar, dizer pra mim mesmo o meu valor. O peso da minha vida.

23 de maio de 2012


Tal o infinito, como a nevoa dos adjacentes corria em mim o teu fulgor e já tínhamos muita coisa em comum, no contorno dos teus lábios os meus frutos de gratidão.

14 de maio de 2012

A tua cura é esta: Uma xícara de chá, beijos e um punhado de carinhos específicos...
Já nos satisfazíamos por instantes, imaginávamos os beijos, os toques, o respirar leve e intolerante. 





...Mas, a genialidade do Criador resolveu nos apresentar um para o outro, um matrimônio pessoal de saudades antigas, de passeios cotidianos que só eram interpretados pela nossa imaginação.




A viuvez da solidão deixa de existir, deixa de 
nos perseguir, virará retalhos, peça de uns 
vestuários antigos e sobrepostos no mofo da 
congelada falta de te perder novamente. 

4 de maio de 2012


Não tínhamos o tempo que os meus precisavam, o que eu tinha em vista era um rapto sem precedentes, ou infantilizava o que eu não tinha em mente do que fazer ou era cortado de vez de um projeto que nunca existiu. O bem falado em freses que o estômago da alma não digeriu isso esgota qualquer um que insista em tarefas angustiantes. A fuga repentina sempre fez de meus capítulos uma nova prosa pra se contar, pra se ouvir.

Vivendo a tal das palavras escritas, o que eu recomendo é um bom descanso comigo, uma boa conversa comigo, um bom sono comigo. 

2 de maio de 2012

Chão...






Não é que eu tenha um coração fraco, na concepção da boa escrita eu fico sem chão. Há ninguém devo satisfação de mim mesmo, acredito, mesmo que temporário nas indiretas dos teus olhos, nas curvas dos teus cabelos, no molejo da tua dança, na promiscuidade dos teus beijos, todos esses detalhes são ruas de alguém que anda e não encontra nada, andarilho de quem já fui levado pelo estado de aceitação, uma neura-sentimental que só encarece meu estado de espirito, deixando-me só. Meu eu no espelho.